Sombras da Noite parte 2
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Sombras da Noite parte 2
Foi numa radiosa manhã que Virgínia conheceu, aquele que seria o seu novo lar: um orfanato situado numa aldeia dos arredores de Lisboa. Era uma criança muito bonita. Tinha uns olhos azuis luzidios, e um cabelo ruivo e liso, que adornava um rosto afável e oval. Não costumava divertir-se muito com as outras crianças, pois achava-as muito “infantis”, principalmente quando brincavam às escondidas e tinham por habito esconder-se na dispensa do orfanato, que era muito escura. E Virgínia não suportava o escuro.
Virgínia não era a “predileta” das educadoras do estabelecimento de caridade, pois a inocente “carregava” com ela, uma história maldita, cuja ignorância das pessoas, levava-as a crer que a pobre criança ficara “possessa”, na noite em que o padre cessara a sua existência na terra.
A verdade é que Virgínia era uma criança muito diferente das outras, podendo considerar-se, estranha mesmo. E para que não restem suspeitas acerca desta minha afirmação, passo a explicar:
Enquanto as restantes crianças desenhavam casas, pessoas, e paisagens da natureza...Virgínia não desenhava nada. A sua folha de papel era inundada por tinta preta, ao que ela, lugubremente afirmava, serem os seus sonhos durante a noite; enquanto as outras crianças dormiam a tarde, Virgínia negava-se sempre a fazê-lo, e durante o repouso, várias vezes fora encontrada com velas acesas junto ao beliche, o que, numa certa noite, até causou um breve, mas desagradável incêndio.
Não havia explicação para estes desvarios da pequena órfã.
Numa tarde, todas as crianças brincavam no pátio com bolas e arcos, quando inesperadamente, todos pararam a olhar para Virgínia, que ficara paralisada nem uma estátua, com uns olhos gélidos e sem expressão, alvejando a rua em frente, abstraída de tudo o resto. Imprevisivelmente, escutou-se um chiar de pneus, e de seguida um grande estrondo de vidros a partirem-se, tudo com grande violência. Não restavam duvidas, um homem fora mortalmente atropelado, mesmo em frente ao colégio!
Prontamente se gerou uma grande confusão em redor do homem que morria ali no meio da estrada, mesmo em frente ao orfanato de onde as crianças foram logo recolhidas para dentro. Não tardou para que todas se lançassem a atirar as culpas do acidente à “estranha” Virgínia, que instantes antes, permanecera a olhar fixamente para o pobre homem.
Estranhamente, Virgínia não se lembrava de nada, aliás, ela nem sequer conseguia falar, e logo fora vista por um psicólogo, o doutor Carlos, que não lhe diagnosticou nada de anormal. “Apenas uma ligeira desordem no desenvolvimento cognitivo” escrevinhou ele, no relatório deixado nas mãos da directora do orfanato, que já se mostrava incomodada com aquela criança tão estranha.
A verdade, é que numa aprazível tarde de Maio, Virgínia foi adotada.
Uma família, da qual eu posso assegurar, que tinha algumas posses, levou-a com eles, e sob um semblante acolhedor, partiram no seu carro moderno e comprido.
Virgínia ficou deslumbrada com dimensão da casa para onde ia viver, e mais aturdida ficou, quando pôde observar o seu quarto, que era maior do que dormitório do orfanato de onde viera. O homem, que se tornara seu pai adoptivo, era um respeitado industrial têxtil, e a sua mãe adotiva, uma famigerada artesã e pintora de renome. Para perceber a história da adoção de Virgínia, recuemos dez anos atrás, quando o casal partilhava a sua imensa mansão com a sua filha biológica, de nome Isabel, que inexplicavelmente começou a sofrer de uma doença rara, que lhe paralisou todos os membros do corpo, incluindo a parte cerebral, que lhe levou a morte. Desde aí, o casal Aristides e Simone Fonseca não conseguiram enfrentar o vazio que lhes irrompeu pela casa, e lhes avassalou alma. Passado um ano, Simone foi informada pelo seu médico, de que não poderia mais ter filhos devido à depressão que sofrera, pela perda de Isabel, e foi então que decidiram adotar uma criança.
Todavia, o casal perfilhou uma regra para tal decisão. A menina que eles haviam de escolher, teria de se assemelhar à perecida Isabel.
Assim, o casal Fonseca visitou vários lares de adoção, até que descobriu uma menina de cabelos ruivos e olhos azuis luzidios no meio daqueles miúdos órfãos, e assim que se entreolharam, não tiveram dúvidas de que, aquela seria a criança que havia sair da porta com eles.
A família Fonseca vivia num “cottage”, cuja moradia de estilo rústico era composta por dois andares, uma cave e um sótão. Na sua frente,um imponente e viçoso jardim.
continua...
Virgínia não era a “predileta” das educadoras do estabelecimento de caridade, pois a inocente “carregava” com ela, uma história maldita, cuja ignorância das pessoas, levava-as a crer que a pobre criança ficara “possessa”, na noite em que o padre cessara a sua existência na terra.
A verdade é que Virgínia era uma criança muito diferente das outras, podendo considerar-se, estranha mesmo. E para que não restem suspeitas acerca desta minha afirmação, passo a explicar:
Enquanto as restantes crianças desenhavam casas, pessoas, e paisagens da natureza...Virgínia não desenhava nada. A sua folha de papel era inundada por tinta preta, ao que ela, lugubremente afirmava, serem os seus sonhos durante a noite; enquanto as outras crianças dormiam a tarde, Virgínia negava-se sempre a fazê-lo, e durante o repouso, várias vezes fora encontrada com velas acesas junto ao beliche, o que, numa certa noite, até causou um breve, mas desagradável incêndio.
Não havia explicação para estes desvarios da pequena órfã.
Numa tarde, todas as crianças brincavam no pátio com bolas e arcos, quando inesperadamente, todos pararam a olhar para Virgínia, que ficara paralisada nem uma estátua, com uns olhos gélidos e sem expressão, alvejando a rua em frente, abstraída de tudo o resto. Imprevisivelmente, escutou-se um chiar de pneus, e de seguida um grande estrondo de vidros a partirem-se, tudo com grande violência. Não restavam duvidas, um homem fora mortalmente atropelado, mesmo em frente ao colégio!
Prontamente se gerou uma grande confusão em redor do homem que morria ali no meio da estrada, mesmo em frente ao orfanato de onde as crianças foram logo recolhidas para dentro. Não tardou para que todas se lançassem a atirar as culpas do acidente à “estranha” Virgínia, que instantes antes, permanecera a olhar fixamente para o pobre homem.
Estranhamente, Virgínia não se lembrava de nada, aliás, ela nem sequer conseguia falar, e logo fora vista por um psicólogo, o doutor Carlos, que não lhe diagnosticou nada de anormal. “Apenas uma ligeira desordem no desenvolvimento cognitivo” escrevinhou ele, no relatório deixado nas mãos da directora do orfanato, que já se mostrava incomodada com aquela criança tão estranha.
A verdade, é que numa aprazível tarde de Maio, Virgínia foi adotada.
Uma família, da qual eu posso assegurar, que tinha algumas posses, levou-a com eles, e sob um semblante acolhedor, partiram no seu carro moderno e comprido.
Virgínia ficou deslumbrada com dimensão da casa para onde ia viver, e mais aturdida ficou, quando pôde observar o seu quarto, que era maior do que dormitório do orfanato de onde viera. O homem, que se tornara seu pai adoptivo, era um respeitado industrial têxtil, e a sua mãe adotiva, uma famigerada artesã e pintora de renome. Para perceber a história da adoção de Virgínia, recuemos dez anos atrás, quando o casal partilhava a sua imensa mansão com a sua filha biológica, de nome Isabel, que inexplicavelmente começou a sofrer de uma doença rara, que lhe paralisou todos os membros do corpo, incluindo a parte cerebral, que lhe levou a morte. Desde aí, o casal Aristides e Simone Fonseca não conseguiram enfrentar o vazio que lhes irrompeu pela casa, e lhes avassalou alma. Passado um ano, Simone foi informada pelo seu médico, de que não poderia mais ter filhos devido à depressão que sofrera, pela perda de Isabel, e foi então que decidiram adotar uma criança.
Todavia, o casal perfilhou uma regra para tal decisão. A menina que eles haviam de escolher, teria de se assemelhar à perecida Isabel.
Assim, o casal Fonseca visitou vários lares de adoção, até que descobriu uma menina de cabelos ruivos e olhos azuis luzidios no meio daqueles miúdos órfãos, e assim que se entreolharam, não tiveram dúvidas de que, aquela seria a criança que havia sair da porta com eles.
A família Fonseca vivia num “cottage”, cuja moradia de estilo rústico era composta por dois andares, uma cave e um sótão. Na sua frente,um imponente e viçoso jardim.
continua...
Última edição por jennyh! em Qua 08 Set 2010, 15:25, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : coloquei o título errado =D)
jennyh!- Número de Mensagens : 103
Idade : 26
Localização : onde eu moro
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Data de inscrição : 01/09/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Gentee... se ninguem comentar eu faço greve de post!!!
jennyh!- Número de Mensagens : 103
Idade : 26
Localização : onde eu moro
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Data de inscrição : 01/09/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
continua..............
achei bakana!!!!!!!!!!!
achei bakana!!!!!!!!!!!
ricardo.llima- Número de Mensagens : 61
Idade : 32
Localização : sao luis - MA
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Data de inscrição : 27/08/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Nota 100000000000 até parece que estou vendo tudo acontecer, esta espetacular jennyh beijos querida, vou a parte 3 imediatamente, pois essa história fantastica e não da pra deixar pra depois.
Karla Francesca- Número de Mensagens : 1214
Idade : 45
Localização : Recife Pernambuco
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Data de inscrição : 29/06/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
gente coment's
jennyh!- Número de Mensagens : 103
Idade : 26
Localização : onde eu moro
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Data de inscrição : 01/09/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Eu ja estou ficando horrorizada de nossos amigos nao ter lido uma histórinha que vc fez, pois é a mesma coisa de ser convidados pra um aniversario e ninguem comparecer, quero uma explicação porque eles nao leram sua historinha, nao quero que fique triste amiguinha beijos.
Karla Francesca- Número de Mensagens : 1214
Idade : 45
Localização : Recife Pernambuco
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Data de inscrição : 29/06/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Jennyh,você inventou ou copiou,de qualquer jeito tá boa de mais!
.::Zayon::.- Número de Mensagens : 185
Idade : 26
Localização : Florianópolis.
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Data de inscrição : 12/04/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
to adorandoooo !!
Jú- Número de Mensagens : 278
Localização : Em um lugar que todos conhecem . . . mas poucos foram
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Data de inscrição : 27/04/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Nossa que história grande
Chris- Número de Mensagens : 91
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Data de inscrição : 15/04/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
amor,
sua história é perfeita, ou melhor, todas as suas histórias são perfeitas.
Não fique triste,amor.
Lerei e comentarei a parte 3 dessa historinha emocionante e linda!
Beijos,amor. Tchau!
sua história é perfeita, ou melhor, todas as suas histórias são perfeitas.
Não fique triste,amor.
Lerei e comentarei a parte 3 dessa historinha emocionante e linda!
Beijos,amor. Tchau!
Master_Mackenzie- Número de Mensagens : 5284
Idade : 24
Localização : Na minha ksa O/
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Data de inscrição : 14/06/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
adoorei!
Vou ler a parte 3
Vou ler a parte 3
Bianca Amato- Número de Mensagens : 6417
Idade : 24
Localização : Bh :3
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Data de inscrição : 24/08/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Maraviiiiilhoso, deviia escrever um livro assim, amr! uahsuahs
Não sério, você pode publicá-lo!
Não sério, você pode publicá-lo!
*Rafa*- Número de Mensagens : 168
Idade : 25
Localização : MuNdOuo ImaGiNAriO
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Data de inscrição : 25/06/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Perfect.
òtima,
òtima,
Wrttyn Williser- Número de Mensagens : 387
Idade : 30
Localização : Campinas / Sp
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Data de inscrição : 04/08/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
lgalll msm
parabens
parabens
xXMatheusXx- Número de Mensagens : 638
Localização : Raccoon city
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Data de inscrição : 21/04/2010
Re: Sombras da Noite parte 2
Garotaaaaaaa'
Tá FANTASTICOOOO!
Ainda nao acredito que é você que ta escrevendo.
Acho que tá boum de mais pra ser verdade!
Tá FANTASTICOOOO!
Ainda nao acredito que é você que ta escrevendo.
Acho que tá boum de mais pra ser verdade!
Srtª Milena- Número de Mensagens : 224
Idade : 28
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Data de inscrição : 21/08/2010
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