Você quer jogar?

São Paulo estava em um clima entediante.
Chuva, neblina, céu cinza, tudo para fazer seu dia piorar.
Michele, de dezesseis anos talvez estava mais entediada que qualquer um.

- Mãe, quando esse clima vai passar? - Dizia Michele para a mãe, Clara.
- Filha quer parar de reclamar?
- Não mãe, não dá. Olha esse clima, justo hoje, que eu tinha compromisso!
- Compromisso querida?
- Nada não mãe.
- Fiz nuggets e macarrão do jeitinho que você gosta.
- Ótimo, pode fechar a janela? Dá pavor de comer vendo o céu assim.
- A, falando sério filha, não está tão entediante.
- Mãe, desde que nos mudamos para São Paulo o clima continua o mesmo.
- E daí? Come logo e não reclama.

Michele reclamava todo dia pois não poderia fazer nada de legal.
Como assim? A sua vida era apenas se divertir com os amigos.

Depois de comer, Michele foi assistir televisão.

- Ó droga de vida nesse fim de mundo. O que me resta é ver televisão! - Pensava Michele.

Michele procurou em todos os canais e não tinha nada de bom, além de chuvisco na Tv.

- Nem para ter tevê a cabo serve, o inferno!

Michele não aguentou e dormiu no sofá.
Dali 1 hora e meia, acordou com o alto barulho de sussurros.
Olhou para a televisão e viu um comercial bem interessante.

"Esse jogo promete tirar seu tédio! É legal, interessante,
estratégico e muito mais! Compre logo, vem! Compre!"

O jogo vinha em um Cd para computador.
O que restava para Michele era comprar e ir em uma lan house.

- Manhê!
- O que filha?
- Me dá... Dinheiro?
- Vixe Maria, ó a complicação o que será que essa menina vai comprar? - Pensou Clara.
- E aí mãe, tem uns trocados?
- Para quê? O que você vai comprar?
- Um.. Jogo. Por favor, só pra tirar tédio!
- Você não é meio velha pra ficar jogando não? Vai ler um livro criatura.
- Não tenho livro!
- Ok, quantos que é?

Michele não sabia o preço, não deu muita atenção nesse detalhe.
Então, pensou em um preço.

- Vinte reais!
- Ok, pega na minha bolsa.
- Ok mãe, vou ir ver se tem por aí.
- Vai sair sozinha?
- Vou ligar para Mariana ir comigo.
- Ok filha, se cuida.
- Se eu demorar não liga ok?
- Vou tentar.

Mariana era a melhor amiga de Michele.
Michele pegou o telefone e ligou para Mariana.

- Alô?
- Oi Mariana, é a Michele.
- Michele? Oi, tudo bem fofa?
- Tudo sim e com você?
- Bem sim! Novis amiga?
- Não... Olha, vou ir comprar um jogo pra tirar o tédio, quer vir comigo?
- Claro Miche, vou me arrumar e já vou aí.
- Ok, te espero aqui. E, traz um trocadinho pra gente passar na lanchonete.
- Ok, beijos.
- Beijos.

Michele foi se arrumar também. Em casa, usava apenas seu pijama de ursinhos e sua pantufa de sapo.
Michele colocou um casaco rosa, calça jeans preta, tênis esportivo azul e deixou solto seus cacheados cabelos negros.
Pegou o dinheiro e colocou no bolso, junto com o celular.

*Tim Don, campainha toca*

- Deve ser a Mari... - Pensou Michele.

E era sim, a Mariana.

- Vamos?
- Claro, vou avisar minha mãe que estou indo, um segundo. Manhê, estou indo!
- Sim filha, se cuida em?
- Ok, beijos!

Michele morava na cidade, mais era longe onde vendiam jogos e outros.
Foi uma longa caminhada até uma loja onde tinha um cartaz que mostrava o jogo.
O jogo se chamava: "Caminhe pelo labirinto."
O jogo custava apenas dez reais e cinquenta centavos.

- Nossa, mais barato que eu pensava. Mari, você trouxe quantos reais?
- Trouxe trinta.
- Ok.

Michele entrou na loja e falou com a atendente.

- Oi, eu queria aquele jogo... Como é o nome dele mesmo?
- Você está procurando "Caminhe pelo labirinto"?
- Sim, esse mesmo!
- Esgotou querida. Todos vieram loucos para comprar. Volte amanhã!
- Poxa, que pena, não tem nenhum mesmo?
- Não. Vieram jovens de todas as idades comprar. Veio até um velhinho aqui.
- Tenso. Ok, tudo bem, obrigada.
- De nada, tchau!

Michele saiu inconformada. Talvez aquele jogo seria a salvação para acabar com o tédio.

- E aí amiga, comprou?
- Não tinha, a atendente disse que esgotou, mais o jogo começou a ser vendido hoje...
- Bando de malucos! Hum, vamos ir comer depois passamos em outra loja.

Michele e Mariana foram para uma lanchonete.

- O que você vai querer?
- A Miche, vou querer um pastel e carne com bacon. E você?
- Vou pedir um X-salada.
- A, e um suco de laranja natural, certo?
- Sim, vou pedir coca-cola para mim.

Michele foi até o balcão e fez seu pedido.

- Um X-salada, suco natural, pastel de carne com bacon... Mais alguma coisa moça?
- Não, só isso mesmo.
- Ok mocinha. Pode sentar lá na mesa que eu já levo o pedido.
- Obrigada.

Mariana notou que um homem que estava sentado atrás de sua cadeira estava comentado sobre o jogo.
Mari ficou com os ouvidos bem abertos para ouvir a conversa.

- Então Jorge, meu filho viciou naquele 'caramba' de jogo.
- Nossa, deve ser ridículo, é apenas um labirinto!
- O pior Jorge: Meu filho trancou a porta e não me deixa ver o jogo.
- Que estranho!
- Ele comprou hoje cedo e está até agora lá! Não levantou um segundo se quer.
- Mais que menino viciado!
- Ele parece que está enlouquecendo, eu não sei bem o que é! O menino não come, nem vai ao banheiro!
- Ixe Maria ó pai de santo Jesus! Tu precisa fazer algo com esse menino se não ele vai morrê!

Mariana tomou um susto. Morrer? Viciado? Talvez o jogo não fosse bom para Michele.

- Oi Mari, já fiz o pedido.
- É, rs. Que legal não é?
- Você está estranha!
- Não compra aquele jogo não!
- Por que?
- Só não compra!
- Vou comprar sim!

O pedido chegou, Mari e Michele comeram. As duas não trocaram conversas, Mariana estava muito estranha.

- Acho que vou passar amanhã na loja novamente...
- Não compra aquele jogo!
- Ele vai ser a solução para acabar com meu tédio!
- Vamos embora!
- Vamos.

As duas seguiram caminho para casa. Quando estavam quase chegando, um homem para na frente delas.

- Olá meninas, tudo bem? Eu vendo jogos pirateados ou até originais. Quer dar uma olhada?
- Uh, quero sim moço! Tem aquele "Caminhe pelo labirinto"?
- Ó minha santa! Claro que não, o joguin do dêmonho!
- Por que?
- I, nem comento!
- Que bobagem! Viraram contra esse jogo!
- Ó moça, na verdade o nome desse jogo aí é "Escape do labirinto"
- Nossa, e por que? Pensei que era Caminhe.
- Ô moça, tu tá muito mal informada! O jogo é de escapar do labirinto, se não tu morre!
- Hum.

Michele puxou Mariana e saiu.
Na verdade, o homem não quis dizer que ela morreria no jogo, e sim de verdade! Será que ela escapa?

Mariana insistiu para Michele não comprar. Tarde de mais, Michele está decidida!
Mariana teve que ir para casa, deu tchau e foi embora, bem preocupada.

De repente, na hora que Michele ia fechar a porta, veio um entregador, um carteiro.

- Encomenda para... *Checa para quem é a carta* Encomenda para Michele Araújo.
- Moço, eu não encomendei nada.
- Aqui no envelope diz que é um... Presente.
- Presente? De quem? O que é?
- Aqui não diz de quem é! Mais é um jogo, aquele tal de "Caminhe no Labirinto"
- Na verdade o nome é Escape do Labirinto. Obrigada!
- De nada!

O carteiro deu o envelope para Michele.

- Quem era filha?
- Ninguém mãe!
- Atá. Comprou aquele jogo?
- Não, não tinha.
- A, deixa o dinheiro na mesa ali, depois vou no supermercado.
- Ok! Mãe, vou ir na Lan house, ok?
- Sim, volta logo!

Michele estava pronta para começar o jogo. Mais algo que não saiu da sua cabeça é: Quem lhe mandou o jogo?
Quem a presentou?

Continua.

Aquela pergunta não saía de sua cabeça.
Michele pegou dez reais e foi a lan house.

Chegando lá, ela notou que todos estavam jogando o mesmo jogo!
Concentrados, nem piscavam. Tudo bem, talvez ela não ficasse assim, tão viciada.

- Moço, tem um computador livre?
- Sim! Aquele lá, no lado direito, o penúltimo.
- Posso ficar com aquele?
- Claro!

O homem entregou uma ficha para Michele ficar duas horas lá.
Michele seguiu até o computador. Era confortável, e também não tinha ninguém espionando.

E aí, Michele colocou o Cd no computador para rodar.
Dali dois minutos o jogo já estava para iniciar.

- Será que eu jogo? Mariana me implorou tanto para não jogar,
acho que é só por que falam coisas do jogo mesmo! - Pensou Michele.

Tudo bem, aliás, o que faria de mal jogar?
Opa! Mais antes, Michele precisava de um fone de ouvido, aqueles grandes de computador.
Para sua não-alegria, seu computador não tinha. Teria que pedir para um 'vizinho' emprestar.

Perfeito! Tinha uma menina jogando o jogo, mais com o volume baixo, sem estar usando.
Michele, educadamente, foi pedir emprestado.

- O-oi, será que você pode me emprestar esse fone? Vi que não está usando e...
- Não, sai daqui, não me interrompa, caramba, sai logo! - Interrompeu a menina, que falou com uma voz rude, com expressão de maldade.

- Poxa, que menina mal-educada... - Pensou Michele.
- Liga não moça, esses aí estão puro de mal educados, já tentei falar com eles e recebi o mesmo! - Disse o dono da lan house.
- Pois é, só queria um fone, o que tem emprestar? Poxa em!
- Pode pegar um aqui! - O homem deu um fone para Michele.
- Obrigada!

Michele seguiu em frente, vamos lá, que comece o jogo.
Iniciar.

No início, aparecia para você escolher o personagem. Até aí estava normal.
Michele escolheu uma personagem de olhos azuis e cabelos encaracolados.
Depois, os elementos do labirinto. Estranho não? Era pra escolher do que as paredes do labirinto seriam feitas.

a) Fogo
b) Terra
c) Pedra

Michele escolheu Fogo. Adorava a cor amarelada e laranjada das chamas.
E pronto, começou o jogo.
Na hora que o jogo começou, ela tomou um susto.
A personagem era ela. Não era mais aquela bonequinha de pixel. Era ela, em imagem e cor, com as mesmas roupas que está usando.
O lugar é um tipo de inferninho, cheio de fogo. E agora? Ela continuava?
Aquilo era estranho. Talvez o jogo fosse bem avançado e pudesse tirar a foto através da webcam e...
Não tinha como.

Michele não deu muita atenção mais ficou assustada. Começou o jogo.
O labirinto era super complicado, ela não conseguia sair dali.
De repente, ouve sussurros, vozes gritando e ruídos.
Ouvia:
"- Sai daí agora, o mais rápido possível, você não quer morrer!"

Os sons ficavam cada vez mais altos, mais perturbantes, mais... Horrorosos.
Aquilo parecia real, parecia real, Michele não aguentava mais, estava preste a enlouquecer!

- Moça?

Michele deu um grito apavorante. Saiu daquele terrível e perturbante pensamento.

- Sim?
- Você está pálida, quente, o que aconteceu?
- Nada...
- Olha, já deu sua hora, me desculpe. Volte mais tarde, daqui 2 horas, aí você pode jogar mais.
- Ok...

Michele retirou o cd e saiu pasma dali.
Talvez o que Mariana disse fosse verdade, ela não deveria ter jogado.

Os ruídos e vozes não saiam de sua cabeça.
Ela voltou para casa, pasma e pálida.

- Alguma coisa aconteceu filha?
- Não mãe, só estou cansada. Vou tomar um banho ok?
- Ok filha, a, vou sair, ir para o supermercado, hoje te promoção de frutas!
- A, sim...
- Filha, você está desanimada...
- Não é nada mãe...
- Ok filhota, se tiver algum problema é só falar comigo. Beijos, tchau!

Michele foi tomar um banho com água super quente. Talvez isso refrescasse sua memória, e a relaxa-se.
Depois de tomar o banho, pegou a toalha, se enrolou e foi até o quarto.
Vestiu um pijama rosa com bolinhas pretas e botões dourados.
Escovou seus cacheados cabelos.
Colocou uma meia, pantufa de gatinho e foi escovar os dentes.

Na hora que ela foi ao banheiro, sentiu algo queimando seu corpo.
Sentiu uma mão tocando sua barriga, começou a sentir uma forte dor de cabeça...
Depois, viu o chão cheio e fogo, igual ao cenário do jogo.
Aquilo parecia um pesadelo!
Uma menina estranha apareceu do nada e começou a gritar:
" - Fuja enquanto pode, fuja, fuja!"

Michele se sentiu tonta, começou a chorar de dor, aquela queimação em seu corpo...
Michele desmaiou. Estava fraca de mais, sua cabeça ardia e seu corpo queimava por dentro.

Continua.

Trinta minutos depois, dona Clara chegou em casa e viu sua filha desmaiada no chão do banheiro.
Ela pegou Michele no colo, e desesperada, leva até o carro para o pronto socorro.

- Doutor, é grave? - Perguntava dona Clara, preocupada com Michele.
- Bom, não é, mais aconteceu algo inexplicável em seu corpo.
- O quê?
- Ela teve queimaduras pelo corpo.
- Mais quando eu a vi desmaiada no chão do banheiro ela não aparentava queimadura nenhuma!
- Foi por dentro do corpo. Bom, a queimação é rara, tudo tem uma explicação, não é?
- E essa tem explicação?
- Não...
- Ela tem risco de vida?
- Não, dona Clara, se acalme, ela está em um estado bom e amanhã receberá alta.

Quando Michele acordou, estava sozinha no quarto do hospital, cheia de aparelhos ligados.
Ela olhava para as paredes, até aí tudo bem, mais entrou em pavor ao lembrar do labirinto.
Tentava gritar, mais saía apenas ruídos baixos.
Michele desistiu.

No dia seguinte, de madrugada, recebeu alta do hospital e foi para casa.

Foi tomar um banho quente, pois o clima de São Paulo continuava o mesmo: Entediante e frio.
Além de que estava chovendo.
Tomou o banho, vestiu um vestido de manga comprida, uma bota de salto baixo, meias e um colar lindo.
Michele estava com muita fome.
Dona Clara fez pão com manteiga e café quentinho, já era café da manhã, o dia já amanheceu rápido.

Michele voltou a ter a visão. Estava vendo ela pegando fogo naquele labirinto.
Estava naquele labirinto de fogo, vendo a menininha esquisita mandando ela se salvar.

Michele começou a tremer e gritar.
Dona Clara, vendo aquilo, chacoalhou Michele até ela acorda daquela visão.

- Minha filha, o que aconteceu?
- Nada mãe, nada, por favor, me deixa!

Michele começou a beber o café nervosa.
Enquanto tomava o café, estava vendo o noticiário na televisão.
De repente, passa uma notícia de que uma jovem morreu tendo visões.
Como assim? Simples, enquanto a jovem jogava, dizia que tinha que sair do labirinto, tinha que escapar,
mais não conseguia. Acabou enlouquecendo, tendo visões, gritando e pulando da janela.

Michele ficou assustada e nervosa. E agora? Ela seria a próxima vítima?
Ela saiu do jogo, não jogou mais, talvez isso não a fizesse ser forçada a jogar mais.
Isso mesmo, ela não iria ser a próxima vítima!
Não, não não. Michele estava enganada, ela tinha sim que jogar novamente para sair do labirinto, se não, iria se suicidar
de tanta loucura ou nervosismo.

Continua. Olha gente, só continuo se pedirem, por que não gosto de escrever história em vão e ninguém comentar. Parece que nem gostam, nem querem continuação, sei lá, isso incomoda.

Chegou uma hora que ela não pensava mais nisso.
Michele estava sentada na mesa, esperando sua mãe preparar o jantar.
Enquanto esperava, assistia televisão. Ligou e na hora apareceu notícias
de jovens que se suicidaram. Michele mudou de canal e só aparecia isso.
De repente, não aguentava mais mudar quando algo chamou sua atenção.
Ela deixou no canal e começou a escutar o noticiário.
Ela começou a sentir que ficava surda, sabe? Aquele barulho apenas do ar,
você não escuta mais nada, Michele não escutava a mãe mexer nas panelas.
O volume da tv começou a ficar alto, e ela começou a ouvir somente aquilo.
O apresentador começou a olhar fixamente para a câmera, o que dava
impressão de estar olhando para ela. Seus olhos começaram a encher de chamas,
e ele começou a grunhir. Michele começou a se assustar quando a televisão começou
a pifar e a luz acabou. No silêncio da noite, ela se assustou. Começou a ouvir normalmente,
sua mãe ficou furiosa e foi pegar uma vela.
- Mãe, não me deixa sozinha...
- Hora, vem junto comigo medrosa.
- Você vai pegar vela?
- Acho que aqui não tem, vou pegar ali na vizinha. Vem comigo.
Michele tentou sair mais não conseguia.
Quando foi ver, sua mãe já tinha saído.
- Droga...
Michele ficou com medo e olhava para todo o lado.
De repente a tv ligou do nada. Só tinha chiados e ruídos.
Michele estava olhando paralisada para a tv,
quando a imagem voltou ao normal, só a imagem.
Como a tv ligaria sem energia?
Os canais mudava sozinhos, e foi até o noticiário.
O apresentador, um esquisito, olhou com o mesmo olho: Com chamas e vermelhos.
Começou a grunhir, aquele grunhido não saía da cabeça de Michele no mesmo momento,
o apresentador parou, olhou fixamente e disse:
- Vários jovens morrendo, se suicidando por causa do nosso jogo. Michele, você
será a próxima.
Michele começou a chorar, ficou pálida e o cenário da sua casa mudou:
O inferno.
Fogo, pessoas queimando e chorando. O cenário do inferno era igual ao do jogo.
Dentro daquelas pessoas sofrendo estava Michele. Também as pessoas que se suicidaram.
Apareceu a mesma garotinha dizendo:
- "Vamos, jogue novamente, jogue, você precisa escapar!"
Michele agora sabia que precisava jogar ou morrer.
E agora, ela escapará?

Continua.

Ai gente, obrigada por querer tanto a continuação,
não esperava que eu tivesse tantos leitores ^_^