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Empresa Assombrada - Partte 2 (Demoreei um tempo pra escrever mas ttá ai '-')

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Mensagem por maycon33 Qui 27 Dez 2012, 15:13

No dia seguinte Denis chegou meia hora mais cedo para poder conversar com o guarda do dia.

“Bom dia Arnaldo, como vai?”

“Bem e você? Como foi sua primeira noite de vigia aqui?”

“Muito estranha, não quero que pense que eu sou louco, mas creio que vi coisas que não posso explicar.”

“Olha pode parar, o outro vigia noturno começou com essas histórias
até que um dia saiu correndo no meio da noite e não voltou mais para
trabalhar. Ligou e pediu que lhe enviassem os documentos assinar pelos
correios, imagina, ele nem aqui quis voltar.”

“Ele dizia que via o espírito do doutor Flávio assombrando o prédio.” – disse a faxineira que limpava o chão por perto.

“Quem era esse homem?” – perguntou Denis.

“Para de colocar caraminholas na cabeça do Denis dona Maria, espíritos não existem.”

“Doutor
Flávio era um dos donos da empresa, junto com o Maurício. Ele se
suicidou aqui mesmo, as pessoas dizem que era porque a mulher o estava
traindo, mas ela negou tudo. Maurício então tomou conta dos negócios até
o filho do doutor Flávio, o Rodrigo, se formar e vir trabalhar aqui.
Agora os dois gerenciam a empresa. Mas me conta, o que foi que você
viu?” – perguntou a faxineira curiosa ignorando o pedido de Arnaldo.

“Nada
de importante, deve ter sido impressão minha.” – respondeu Denis
olhando o rosto desapontado de dona Maria. “Quando foi esse suicídio?”

“Doze
anos atrás. Eu mesma limpei a sala depois do corpo ser retirado, eu
acho que nunca chorei tanto em minha vida. O doutor Flávio era um homem
generoso, foi ele que me deu o emprego e todos gostavam dele. Ninguém
imaginava que um dia ele poderia fazer isso.” – disse Maria.

“Olha
aqui a foto dos empregados na festa de natal do ano anterior ao
suicídio. Esse era o Flávio, esse o Maurício e esse bonitão aqui sou
eu.” Disse Arnaldo apontando uma foto.

Denis começou a tremer, observava a foto com terror, não somente tinha confirmado de que teria visto um fantasma, mas agora sabia da verdade sobre a terrível morte de doutor Flávio.

“Que isso Denis, parece que viu fantasma? Olha ai dona Maria, o homem esta pálido que nem papel.”

“Impressão sua e acho que já esta na hora de vocês irem.” – Respondeu Denis seriamente.

Ele
sentou em sua cadeira a observar os monitores, porém sua mente estava
longe, imaginando o que faria se o fantasma aparecesse de novo. E se
conseguisse provas de que Maurício tinha assassinado Flávio. Iria limpar
a imagem suja daquela família que a tantos anos vinha sofrendo com
aquela mentira.

Denis decide ligar o rádio que até agora estava desligado por medo. Se o fantasma do doutor Flávio queria ajuda talvez se comunicasse novamente pelo aparelho.

Quando
chegou a hora da primeira ronda, o vigia sentiu medo, estava
aterrorizado com o fato de que poderia novamente ver o espírito do homem
na janela, ainda mais com aquela ferida sangrenta na cabeça. Depois de
bater o ponto confirmando sua ronda voltou-se para o prédio e para sua
surpresa estava vazio. Ele sentiu um alívio, mas também ficou
desapontado. “Será que me mostrei muito medroso e afugentei o espírito
que precisava de ajuda?” perguntou a si.

Tentando tirar tudo da
cabeça ele voltou ao seu posto. Sentou-se na cadeira e se serviu um
pouco de café. Sentia-se feliz por não ter visto nenhuma assombração,
talvez agora sua vida voltasse ao normal.

“Denis...” – disse uma voz masculina sussurrando bem perto de sua orelha.

O
vigia saltou da cadeira deixando o café derramar em sua camisa. O medo
era tanto que ele nem sentiu o café queimando sua pele. Ele olhou em
volta, porém ali não havia ninguém. Os monitores e o rádio saíram do ar e
somente o som e a imagem da estática apareciam. Alguns papeis que
estavam por ali voaram de um lado para outro, uma sombra grande andava
em sua direção.

“Me deixa em paz, eu não fiz nada para você.” – gritou Denis desesperado.

“Denis...” – repetia a voz no rádio.

Ele
então correu para a porta tentando escapar do pandemônio que se formara
ao seu redor. A porta que certamente não estava trancada era mantida
fechada por uma força invisível. Tudo então se acalmou, Denis olhou ao
redor e apesar da bagunça formada ali não via nada sobrenatural.

“Seis direita, quarenta e nove esquerda, quarenta e sete esquerda, trinta direita, nove direita.” – dizia a voz no rádio.

Denis olhou para os monitores e todos mostravam a sala de Maurício onde havia um cofre perto de sua mesa.

“Seis
direita, quarenta e nove esquerda, quarenta e sete esquerda, trinta
direita, nove direita.” – repetia a voz destorcida rádio.

Depois
de ter anotado os números que possivelmente eram a combinação daquele
cofre, ele se colocou a pensar nos riscos. O que teria naquele cofre de
tão importante que um fantasma queria? O que faria se encontrasse algo?

Em
um impulso levantou-se, foi até o cofre e o abriu com aquela
combinação. Sentiu um calafrio e uma brisa leve passando por ele e uma
das pastas que estavam dentro do cofre caiu no chão. Na capa da pasta
estava escrito “Contabilidade Confidencial”. Voltando-se para a porta se
assustou ao ver que o fantasma do doutor Flávio
estava ali. Dando as costas o espírito saiu da sala, Denis correu a traz
dele e o foi seguindo até que desapareceu na porta de um dos
escritórios. O escritório era de Rodrigo, filho de Flávio. Ele entrou e
decidiu que seria melhor deixar a pasta em cima de sua mesa, assim ele
não teria que envolver-se quando a polícia chegasse.

No dia
seguinte, Rodrigo chamou a polícia depois de analisar os papeis que
comprovavam que Maurício havia roubado seu pai por anos e anos. Os
policiais, agora sabendo a verdade sobre seus negócios ocultos ficaram
desconfiados do suicídio de Flávio. Após horas de interrogatório e muita
pressão conseguiram a confissão do assassinato.

De noite, durante sua primeira ronda depois de ter ajudado o fantasma
Denis não sabia o que esperar. Quando olhou para o prédio viu o
espírito novamente, este lhe acenou adeus, uma luz forte iluminou o
lugar e foi diminuindo até se apagar. Denis entendeu que o espírito
atormentado de doutor Flávio finalmente tinha encontrado a paz.
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