ENTERRADOS VIVOS

O plano era simples.

Bastava convencê-los a entrar no bar da praia, e ali seria executado o crime. Eu estava no Brasil e tinha conseguido convencer seis amigos Portugueses, a virem passar alguns dias comigo, aqui em Fortaleza. Eu sabia que eles vinham recheados de dinheiro, e com os seus cartões de crédito, também repletos; pois tínhamos combinado passar sete dias em plena euforia, dia e noite: Boa comida, mulheres com fartura, cassinos. Enfim, tudo!

Os “portugas” aterraram no aeroporto, numa sexta-feira de manhã, e logo nesse dia viajaram até ao bar “Vela lusa”, do qual, eu sou proprietário. Mas naquele dia, o bar encontrava-se “fechado para obras” – conforme se podia ler na tabuleta, lá fora. Assim que eles cá chegaram, foram logo recebidos por mim, mas não com a cerimónia que eles esperavam. Oh, não! Eu, e mais dois capangas que eu contratara, logo lhes apontamos as pistolas à cabeça, e exigimos todo o dinheiro, anéis, telemóveis, e que eles nos fornecessem os códigos dos seus cartões de crédito.

Vocês vão pensar que eu sou o mais perverso dos homens, ao cometer um acto desta natureza, contra seis homens que confiavam em mim.

Mas se esse é o vosso julgamento, então não existe julgamento possível, para o acto que cometi a seguir, e que vos passo a narrar.

Depois, amarramo-los e levamo-los para a casa de banho do bar, onde os esperava um grande túmulo, que fora anteriormente aberto, com o único propósito de os enterrar. E, um a um, foram empurrados lá para baixo. Observei com assombro os seus rostos possuídos pelo desespero e pelo terror, quando perceberam que iam ser enterrados vivos. Sim vivos! Não havia lugar a tiros, nem a qualquer tipo de chacina. Pois o sangue, e o barulho das armas são factores que nos incriminam com relativa facilidade. E assim... dificulta-se o trabalho da polícia.

Confesso que não tive coragem de assistir por completo àquele funeral macabro, mas ainda escutei um deles a suplicar pela sua vida, mas eu já não podia voltar atrás com a minha decisão. A parte mais difícil do plano estava prestes a ser concluída, e a seguir, bastava-me pagar o quinhão aos meus capangas, e fugir com a minha namorada para o interior. Oh, eu jamais seria descoberto. Nunca, jamais as autoridades fariam qualquer conexão entre mim e esses patetas portugueses.

Em conclusão, tapámos o sepulcro com seixos e terra, e cobrimos o “túmulo” com um forte revestimento de cimento, como se fosse um chão recente. Dividi a quantia combinada com os dois capangas, e pedi-lhes que aguardassem um pouco antes de abandonarem o local, pois ia buscar uma garrafa de espumante para festejarmos o sucesso do plano. Afinal, tínhamos concluído um grande golpe. Oh, mas não havia garrafa nenhuma! Eu nem sequer gosto dessa bebida amarga. O que eu fui buscar, foi uma Magnum de 9mm, com silenciador. Seguidamente, quando penetrei na sala do bar, onde eles aguardavam por mim, e preguei com vários tiros em cada um, como se fossem cães vadios. Vocês haviam de ver os seus rostos apavorados, enquanto colhiam as balas nas pernas, no dorso e por fim, na cabeça! O meu plano final, não visava ficar apenas com dois mil, mas sim, com tudo: três mil!

Faltava agora a parte mais sublime: voltar a abrir o túmulo, enquanto o cimento ainda estivesse úmido, e colocar lá mais dois corpos! Peguei numa picareta, abri um roço com um diâmetro de três metros, e comecei a cavar. Escavei até uma fundura de dois metros. Depois substituí a picareta pela pá e continuei a cavar, até que senti algo mole, sob a ferramenta. Eram os corpos dos desgraçados. Ali jaziam eles, tão inertes e falecidos.

Comecei a contá-los:

- Um, dois, três, quatro, cinco...cinco? – Grunhi eu, com o coração a espancar-me o tórax. Achei que estava a ser levado pela emoção, e talvez...pelo medo. Voltei contá-los:

- Um, dois, três, quatro, cinco... – Mas que raio, se passa aqui? – Guinchei, completamente borrado de terror. A situação não era para menos. Faltava um. Eram seis, e eu bem vi!?..

Repentinamente, senti a presença de alguém no meu dorso. Era um deles! O sangue enregelou-se nas minhas veias e nada consegui dizer. Senti o cano de uma arma apontada à minha cabeça, e de seguida, a mão no meu bolso, que me roubou os dois mil cruzeiros.

-Salta para dentro do tumulo! - A voz dele suou-me de uma forma espectral.

Completamente arrebatado pelo pavor, pulei para dentro do buraco, e comecei a receber grandes porções de terra na cara e no corpo. Os outros cadáveres, que afinal, eram mesmo cinco, jaziam ali, mesmo a meu lado. E agora, eu ia-lhes fazer companhia até ao fim da minha vida, que parecia estar próximo. Mas antes de me cobrir completamente, ele (o meu executor), fez questão de me contar tudo.

- O plano estava traçado – Sussurrou ele, apoiando-se na pá.

- Eu, e os teus dois capangas tínhamos combinado matar os cinco turistas com quem eu estava, fingindo que fossem seis. Pois sabíamos que tu não ias dar por falta de um, que era eu. Pois, eu escondi-me logo no compartimento, ali do lado. Posteriormente, eu acabaria contigo, e dividia o dinheiro com os dois capangas: mil para cada um! Mas tu foste muito rápido e executaste-os sem eu estar à espera. Mas ainda bem! Agora eu vou ficar com tudo:

Três mil, só para mim!

Quando ele se preparava para me cobrir com a última porção de terra, estoira um monumental rombo proveniente da porta da rua. E foi com satisfação que observei a policia a entrar pelo bar adentro, com as armas em punho, muito operacionais, imobilizando logo o meu opositor que obedeceu sem oferecer resistência.

Fui salvo por eles.

Soube, depois, que tinham sido alertados pelos clientes mais assíduos do bar, que tinham achado estranho o bar estar fechado há tantos dias sem um motivo aparente; ao aproximarem-se, acabaram por ouvir algo estranho, lá dentro!

Se vocês julgam que eu redijo estas palavras detrás de umas grades de ferro de alguma penitenciaria, estão muito enganados... Estou deitado sob uma breve palmeira, numa dessas ilhas do Pacifico. Oh, sim. Ele abarcou com todos os crimes. Eu fui a única vitima que me salvei daquele terrível assassino, que assaltou o bar onde eu convivia com os meus amigos, e os matou, roubou, e de seguida...enterrou!

Mas aqui entre nós, que ninguém nos ouve...ainda hoje, quando me volto, vejo, com horror a sua face pálida, com os seus olhos gélidos a olharem para mim!

Maneira

Obrigada pelos coments

Boa e Renata não cometa mais flood!
Bom voltando a hist, vc tirou a idéia do filme enterrados vivos não é?

nao tirei dum blog...

MEDOB?

fui tira-la a este blog: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

tem la bues

Pa quem nao sabe isto aconteceu de verdade um homem atraiu os seus amigos ate o brasil e ai os enterrou vivos... Se nao me engano ja passaram nove anos desde isto ter acontecido..
Ja viram o sufrimento dos homens meu deus....

MACABRO.....aconteceu mesmo???

Sim esta historia e verdadeira aconteceu mesmo...
So que acho que o homem que vez isto esta preso

hummm interessante tou a escrever uma nova historia comentem plese!!!

Ta bem..

Boa história...mas você é brasileira...só para saber...

Esquecime de dizer: boa historia...

eu ja vi essa historia la no mr malas, e nao aonteceu de verdade, isso é uma historia de terror fictissia.
mrmalas.com.br
letra E.

É verdade eu perguntei a minha mae e ela disse que era verdade...
Ate saiu nas noticias.............

Gostei!! muito boa a história xDDD

brigada nao nao sou brasileira
I am portuguese!!!