Silent Hill -The Cradle (By:MimiAnimeGirl)LE OU MORRE u_u ' -qq

Capítulo 1
À Brahms
I
Drake Gallagher coçou a barba rala e tirou a franja negra do olho esquerdo enquanto guiava o volante com a outra mão.Havia puxado um pouco da manga da jaqueta de couro marrom pra trás para facilitar na direção,coisa que realmente o atrapalhava sempre que entrava em longas viagens no qual ele guiava o carro por todo o percurso,sem revezar, pois estava sozinho.Era outono e por isso não podia viajar sem agasalho suficiente para aquece-lo e a jaqueta que tanto o atrapalhava era muito boa nisso,e ainda usava uma blusa preta por baixo dela pra complementar.O jenas escuro e quase justo era dos seus preferidos e o tênis,de modelo próprio para escaladas,também.
Silent Hill,seu destino final era realmente longe e Drake estava ansioso para chegar ao local e começar a investigar sobre sua vida e a de seus pais verdadeiros e o mais importante,o que os levou a colocá-lo na adoção.Sua mãe adotiva, Lilian ,amava-o como se tivesse saído de seu próprio ventre e obviamente Drake ainda a tinha como mãe de verdade pois ela que proporcionou o amor de que qualquer criança necessita para crescer.Depois do incidente trágico na delegacia,Drake questionou a Lilian sobre essas habilidades. No começo Lilian relutou, mas por fim cedeu e revelou várias histórias bizarras ao filho. Segundo Lilian, desde criança Drake apresentava estranhos feitos que a assustavam.Certa vez, o cachorro da família, um enorme e feroz Rotweiler escapou do canil e invadiu o quarto de Drake.Lilian ficara desesperada, decretando antecipadamente a morte do filho ao ver a poça de sangue na entrada do quarto.Mas quando ela adentrou o cômodo viu o pequeno e inocente Drake Gallagher de apenas um ano e meio de idade, sentado e olhando inocentemente para o cadáver sangrento e de abdôme rasgado do enorme animal.Drake ficou perplexo com o que ouviu de Lilian.E ela ainda disse que as outras crianças não gostavam muito de ficar perto dele quando brincava no Central Park.O que seria isso?
Lilian entregou a Drake apenas o nome de quem encaminhou sua adoção,uma freira de Brahms,cidade vizinha à Silent Hill.O nome era Amanda Rhymes.Drake já tinha em mente que a primeira coisa que iria fazer era ir ao hospital da cidade de Brahms e procurar pela tal freira.Mas claro que ele deveria ter que usar de influência por ser policial e obrigá-la a revelar os nomes de seus pais, que em processos de adoção eram protegidos por lei.
Drake olhou para a direita da pista e notou que Brahms estava próxima dali:
BRAHMS 25 milhas
SILENT HILL 80 milhas
Ainda dava tempo de organizar as idéias.Mas Drake não entendia o fato de poder fazer essas bizarrices. Ele sabia, agora, que tem poderes desde criança, mas queria poder entender como os obteve e provavelmente descobrir a história de seus pais esclareceria isso pra ele. A única coisa que Drake pôde listar entre suas "habilidades" era o fato de atear fogo à coisas se estivesse com raiva, no caso, à pessoas.Isso fez com que ele começasse a se sentir um monstro por cometer genocídio matando os quatro indivíduos que invadiram a delegacia há duas semanas atrás. Além da pirotecnia mental, Drake também notou desde sempre o estranho fato de ter uma força um tanto anormal já que certa vez nocauteou com um soco um assaltante de banco que tinha quase três vezes sua massa muscular de tão grande e forte que era. Obviamente, naquela hora, Drake apenas deu a isso o nome de "pura sorte".
O Maverick preto de Drake já se aproximava de Brahms e alguns prédios pequenos já eram parcialmente visíveis, já que a chuva fina e abundante daquela manhã dificultava em parte a visão de certas distâncias.O trânsito era abundante na cidade e não era pra menos. Em dias de chuva é mais do que normal que os moradores saiam de carro pra não se molhar àtoa. Na avenida que Drake se encontrava o semáforo fechou e o transito parou imediatamente.O policial pôde dar uma olhada na arquitetura da cidade enquanto esperava que o sinal abrisse. Brahms era como qualquer outra cidade pequena dos Estados Unidos,composta na maioria de casas bem conservadas e muito parecidas umas com as outras, muitas lojas de artigos gerais, alguns mercadinhos, Souvéniers Shops e raros prédios de escritórios de advocacia e outros gerais. Não era de se esperar nada que chamasse a atenção de um visitante sabendo-se que Brahms não tinha nada de especial ou fora do comum que atraísse pessoas de fora dali.
O semáforo mudou de vermelho para verde e Drake passou a segunda marcha e saiu logo que o carro da frente fez o mesmo. Ligou o GPS que ficou desligado durante toda a viagem e procurou na pequena tela a localização e o trajeto até o Hospital Geral de Brahms. Encontrando-o,traçou uma rota com alguns atalhos pra chegar mais rápido pois a ansiedade era imensa e esperar mais do que já tinha esperado era quase impossivel para Drake.
Drake cumpriu o trajeto sem problema algum e logo se encontrava em frente ao hospital da cidade. Nada anormal, o hospital apenas tinha um enorme letreiro vermelho em cima da entrada principal, depois de um pátio que fora reservado para estacionamento de veículos de emergência. Logo, que entrou com o carro pelo outro pátio, o do estacionamento comum, Drake procurou a vaga mais perto da rua para que logo que terminasse o que tinha que fazer ali, pudesse sair depressa e sem confusão na hora de manobrar para sair na rua. Encontrou uma vaga no meio do pátio, entre uma moto,que era provavelmente algum modelo antigo da saudosa Panhead, e um Ford Mondeo cinza.
O policial desceu do carro trancando-o com a chave logo em seguida e correndo para a entrada do Hospital mas não conseguiu evitar que se molhasse, mesmo que sendo pouco. O local parecia calmo e silencioso, nada parecido com os hospitais de Nova York que eram sempre uma bagunça de gente gritando, chorando ou correndo pelos corredores e salas de espera. Drake entrou e deu de cara com a recepção e ali ao lado havia alguns bancos com estofamento para os aguardantes. Apenas um deles estava ocupado, por uma moça loira e bonita de no máximo trinta anos de idade. Apesar da beleza da moça, Drake não deu importância a isso,já que não era hora e nem lugar próprio pra isso. Desviou os olhares da loira e foi para o balcão da recepção. Um rapaz mediano, de jaleco branco veio logo atender Drake.
- Bom dia, amigo. Em quê posso ajudá-lo? - disse ele educadamente.
- Bom dia. Eu procuro uma freira, mas não sei se ela ainda trabalha aqui. - começou Drake. - Se chama Amanda Rymes. Conhece?
- Trabalha sim. Do que se trata? - indagou o rapaz.
- Eu preciso fazer umas perguntas a ela. - respondeu Drake tirando o distintivo do bolso e mostrando-o ao recepcionista. - Pode chamá-la por favor?
- Vou chamá-la sim, oficial Gallagher. Aguarde um minuto. - disse o rapaz dando as costas a Drake e tirando o telefone do gancho.
- Ok. - disse Drake dando-lhe as costas e olhando o ambiente.
Enquanto escutava o recepcionista falando com alguém no telefone, Drake olhou pela entrada do hospital a chuva que caía lá fora. Particularmente,Drake gostava muito de dias assim. Achava tão bom sentir o cheiro úmido nas manhãs , ouvir o som repetitivo das gotas nos telhados e nas superfícies onde batiam, ver o asfalto e a cidade toda molhada e cinza. Era algo tão surreal e calmo que o deixava com uma paz incrível. Mas ao mesmo tempo tão bobo por se tratar apenas de um dia de chuva e nada mais.
- Oficial! - chamou-o o rapaz da recepção. - Amanda disse que já vai atendê-lo. Se quiser se sentar num daqueles bancos e esperar, fique à vontade.
- Ah,claro. - disse Drake calmamente. - Obrigado.
- Disponha. - respondeu o recepcionista atendendo o telefone que começara a tocar.
Drake foi em direção aos bancos estofados e sentou-se longe da loira que esperava por atendimento. Nos minutos que se seguiram, o silêncio no hospital foi sobrenatural. O único som que podia ser ouvido por Drake era o da chuva caindo lá fora. Nada mais. A loira não demonstrava interesse em conversar já que olhava o tempo todo para o chão e mal se movia. Puxar conversa para passar o tempo enquanto esperava Amanda não era uma boa idéia.
Instantes depois Amanda apareceu na recepção e logo que falou com o recepcionista,foi em direção a Drake.
- Você é quem quer falar comigo? - indagou Amanda.
- Sim senhora. Espero não estar atrapalhando seu trabalho. - disse Drake levantando-se devagar. - Como vai?
- Bem na graça do nosso Senhor. E você,rapaz ? - disse ela amistosamente, com um sorriso contagiante no rosto pouco enrugado, demonstrando possuir por volta de uns quarenta cinco ou quarenta e seis anos no máximo. Os olhos azuis davam a ela uma aparência mais jovial.
- Pode-se dizer que estou bem.- respondeu Drake. - Importa-se em me responder algumas perguntas senhora Rymes?
- Claro que não. Mas seria mais adequado em algum lugar mais reservado não?
- Tanto faz. - disse Drake indeciso.
- Me acompanhe. - disse Amanda caminhando em direção a um dos corredores do hospital.
Drake simplesmente seguiu a freira pelo percurso que ela fez. Finalmente ele iria poder saber coisas sobre sua adoção, coisas sobre seus pais biológicos, coisas sobre si mesmo que ele certamente desconhece. Amanda parou em frente a uma porta, abriu-a e esperou por Drake com um leve sorriso no rosto, O policial sabia que finalmente saberia a identidade de seus pais e em seguida poderia finalmente seguir para Silent Hill e terminar sua busca e tudo seria dentro daquela sala. Passou por Amanda, entrou na sala e ouviu a porta bater atrás dele. Era a hora de saber de algumas coisas.
Continua no capitulo 2 - Aglaophotis
^^

Capítulo 2
Aglaophotis
II
Drake mal entrou na sala que Amanda escolhera para conversar e logo a porta se fechou quase em silêncio atrás dele.Era uma espécie de sala de consulta onde havia uma mesa grande ao centro, ecnostada na parede à esquerda,uma cama de exames ao fundo sob a janela, um armário antigo e conservado com medicamentos e estranhos vidrinhos com uma substância vermelhanos quais Drake ficou realmente intrigado. O líquido era vermelho como sangue ou um pouco mais claro,mas não parecia ser realmente sangue e Drake sabia muito bem como o sangue era.
- Sente-se. - disse Amanda gentilmente puxando uma cadeira pra ele num dos lados da mesa.
- Obrigado. - agradeceu ele sentando-se enquqanto Amanda se acomodava numa outra cadeira do outro da mesa,de modo que ficasse de frente pra ele.
Notando que Drake fitava as garrafas insistentemente,Amanda puxou conversa.
- Aglaophotis. - disse ela.
- Desculpe-me? - respondeu Drake surpreendido pelo que a freira disse.
- Aquele líquido. É de uma erva encontrada aqui em Brahms e em parte nas florestas que ficam no caminho para Silent Hill.- começou ela- Alguns dizem que ela pode exorcizar demônios. mas não foi comprovado que funciona de fato.
- Então porque a têm? - indagou Drake.
- Por que fica bonito nos frascos. É bom para a decoração e chama a atençaõ.Funcionou com você, rapaz. - disse Amanda com um leve e amigável sorriso.
- Ah,sim. - Drake sorriu - São bem chamativos mesmo. Parecem sangue.
Amanda assentiu com a cabeça. Drake não se conteve e disparou:
- Vim saber dos meus pais biológicos.- soltou ele bruscamente.
- E porque eu saberia sobre eles? - indagou Amanda nem um pouco perplexa.
- Minha mãe passou férias aqui em Brahms em 85. Ela trouxe meu pai ao hospital quando ele passou mal e ela me disse que quando passou pelo berçário não quis sair deste lugar sem mim nos braços.- explicou Drake. - Ela me disse que foi com você que ela começou o processo de adoção.
Amanda fez uma cara de "lembrei" e encarou Drake com firmeza.
- Lilian Gallagher. - disse Amanda. - Eu me lembro sim. E também me lembro de você.
Drake se sentiu muito aliviado por isso. Ele realmente achava que seria mais difícil conseguir . Mas ainda não era cem por cento. Precisava dos nomes.
- Poderia por favor revelar os nomes deles? - disse Drake. - Aconteceram algumas coisas que me levaram a querer saber sobre eles.Acho que é direito meu.
- Claro que sim. Espere aqui ,vou buscar os documentos. - disse Amanda levantando-se da cadeira e saindo da sala.
Drake ficou lá sentado sozinho e voltou sua atençaõ para os frascos novamente. Olhava-os com uma obsessão impressionante.Eram tão vermelhos e chamativos.Pareciam perfeitos.Até brilhavam.
Ele estava tão obcecado nos frascos que nem viu quando Amanda entrou na sala.
- Você gostou mesmo deles, não? - disse Amanda.
- Eu...é, pode ser.- disse Drake olhando agora para os papéis na mão esquerda de Amanda.
A freira foi até o armário, abriu-o e pegou um dos frascos do Aglaophotis. Em seguida ela foi até Drake e entregou o frasco a ele.
- Fique com este, nunca se sabe se será útil. Bom,espero que não seja necessário. - disse ela.
- Obrigado senhora Rymes. - agradeceu Drake. O frasco era até pequeno . Era do tamanho de sua mão e Drake podia escondê-lo se fechasse-o na mão. Guardou-o no bolso de dentro da jaqueta . Mal sentia-o lá.
Amanda sentou-se e entregou os papéis a Drake . O policial imediatamente examinou-os. Lá havia os nomes de todos os envolvidos no processo. Mas ele apenas quis os nomes dos pais e logo os encontrou. : Claire e Jacob Baumgard.
- Eu e Claire éramos muito amigas.- disse Amanda. - Mas depois que ela te trouxe aqui, nunca mais a vi.Espero ter ajudado.
- Agradeço mais uma vez. - disse Drake.
Ele ficou olhando os papéis durante algum tempo e em seguida levantou-se e cumprimentou Amanda.
- Foi bom vê-lo. - disse Amanda. - Em pensar que era uma coisinha que cabia em meus braços e agora é deste tamanho..
- É.- disse Drake com um sorriso amigável no rosto.
- Boa viagem de volta rapaz..Ah! Claro! Como fui esquecer disso? Espere aqui. - Amanda saiu da sala quase correndo. Drake mal pôde esperar e ela retornara um pouco afobada. - Claire havia deixado uma carta pra você caso viesse a aparecer por aqui,mas não a encotrei.
Drake realmente achou uma pena e ficou um pouco decepcionado com esse fato.
- Esqueça disso. Agora preciso ir, pretendo estar em Silent Hill antes de anoitecer. - disse Drake.
Amanda simplesmente não pôde no que acabara de ouvir. Arregalara os olhos e percebendo que Drake notara tal comportamento,contornou-o.
- Oh,claro...sim. - disse ela.
- Adeus senhora Rymes. Obrigada por em ajudar. - agradeceu Drake indo em direção à porta.
- Adeus meu filho. Vá com Deus. - disse ela. - Que Ele o abençoe.
Drake apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala.
Amanda esperou um tempo e depois saiu da sala. Ao ver que Drake deixara o hospital, foi até a recepção e pegou o telefone. Ela não podia permitir que Drake fosse à Silent Hill e já sabia com quem falar. Discou um número e esperou uns toques. Atenderam.
- Bennet,tem um rapaz num antigo carro preto indo à Silent Hill. Pare-o. - disse ela e desligou.

Capítulo 3
Bem-Vindo à névoa
III
Quando saía de Brahms pela rota que levava diretamente a Silent Hill,de modo que não pegasse congestionamento naquela manhã chuvosa,Drake foi abordado por uma viatura policial. Sendo obrigado a encostar, obviamente ele não gostara nada daquilo. Levou o Maverick para a esquerda da pista,em frente a uma loja de conveniência , e parou lá ficando quieto lá dentro enquanto alguém saía da viatura.
Logo bateram no vidro, do lado dele.
- Eu não vou abrir. Vai me molhar. - retrucou Drake.
- Então saia do carro, rapaz. É coisa séria. - disse uma voz feminina vinda de fora do carro.
Drake viu que a silhueta feminina se dirigira para a maquiz da lojinha para se proteger da chuva. De má vontade, saiu do carro e foi até lá rapidamente. Era uma mulher loira que o abordara, tinha por volta dos quarenta e sete anos e usava óculos de grau. Era bem bonita pra sua idade e logo percebera que ela deveria ser muito mais bonita quando era mais jovem. Ela não trajava farda, mas sim uma jaqueta preta e enveludada com touca parecida com de esquimós,jeans escuros e botas.
- Tenente Cybil Bennet. - disse ela estendendo a mão direita e mostrando o distintivo com a mão esquerda.
- Cabo Drake Gallagher. - disse ele fazendo exatamente a mesma coisa que ela.
- Então somos colegas? - disse Cybil levemente surpresa.
- Indiretamente sim. - respondeu Drake ainda de má vontade. - Do que se trata essa abordagem,tenente?
- Vai achar estranho, mas não posso permitir que vá a Silent Hill. - disse ela, agora quase murmurando pois havia um caminhoneiro fumando ali perto.
- E porque não ?! - indagou Drake surpreso.
Cybil hesitou e ficou calada por um tempo alternando seu olhar de Drake para o chão várias vezes. Ela abria a boca para começar a falar quando a gritaram de dentro da loja.
- Bennet! Pode vir aqui um instante?! - era o balconista e provável proprietário.
- Claro John! - exclamou ela para o balconista. Em seguida virou-se para Drake. - Você espera aqui.
- Ok, tenente. - disse Drake com frieza.
A tenente entrou na loja de conveniencia e dirigiu-se ao balcão. Mal começou a conversar com John e ouviu o som de pneus cantando lá fora. O Maverick preto dispara pela estrada, deslizando os pneus trazeiros com violência.
- Merda! - exclamou Cybil correndo pra fora do estabelecimento.
Drake livrara-se da tenente. Sejá lá o que fosse que ela qeria dizer a ele, obviamente era algo de finalidade egoísta. Ou saberia ela sobre seus pais? Estava ficando claro que fora Amanda Rymes quem a contatara já que ninguém mais sabia que ele estava indo à Silent Hill. Drake atingia mais de cem por hora na pista molhada, querendo tomar a maior distância possível de Cybil e poder despistá-la em Silent Hill adentrando alguma avenida movimentada, que era o que ele esperava encontrar por lá assim como em Brahms.
À medida que avançava, percebia-se que a chuva diminuía e dava lugar à uma espessa camada de névoa que começava a se tornar chata, forçando Drake a diminuir a velocidade, caindo pra apenas sessenta por hora. A pista ficara seca e parecia estranho demais a chuva sumir tão rápido daquele jeito mesmo que estivesse correndo tanto. Realmente não era normal.
Logo Drake notou à esquerda da pista, uma fileira de grade que protegia um enorme rochedo que mal podia ser visto por causa da névoa que praticamente envolvia tudo e não deixava enxergar quase nada. Precavido, acendeu o farol de neblina que ele instalou no Maverick há alguns meses quando precisou viajar e não sabia se precisaria dele,não como está precisando agora. Assim que luz forte se acendeu Drake freou o carro bruscamente,fazendo-o deslizar alguns metros soltando fumaça pelos pneus. Logo à sua frente,obstruindo o túnel de acesso a Silent Hill havia uma gigantesca grade de aço,com chapas galvanizadas,atualmente enferrujadas, por toda a parte. Não havia maneira alguma de entrar na cidade. Não por ali.
- Que merda é essa? - indagou Drake perplexo.
Claro que a cidade estava cercada. Mas por que? Drake desceu do carro e sentiu um vento frio cortante. Ajeitou a jaqueta de modo a aconchegá-lo e foi até a grade. Olhou-a de cima à baixo e constatou que deveria estar ali já há algum tempo. Olhou para sua direita e notou algo . Foi verificar. À direita da pista havia um pequeno estacionamento, para o observatório que ali havia. Neste estacionamento havia um carro parado. Como a neblina ainda não havia embaçado a lataria, obviamente ele não estava ali há muito tempo.
- Tem mais gente aqui. - murmurou Drake. - Mas onde..?
Logo à esquerda havia um furgão branco parado ao lado de uma escadaria pequena que descia, levando para um caminho de terra por dentro de uma pequena floresta ladeada de árvores grandes e velhas. Quem chegou ali provavelmente usou aquele caminho pra chegar na cidade.
Drake desceu os degraus. Finalmente entraria em Silent Hill.

Capítulo 4
No silêncio do nevoeiro, o latido selvagem
IV
Drake caminhava já há algum tempo pela estreita estradinha de terra seca e começava a ficar entediado por tanto andar e nada achar. Passara por um pequeno cemitério com uma velha capela que mais parecia um mausoléu.Apesar de estar sozinho,no meio da névoa e num silêncio daqueles, o policial não deu a mínima para o cemitério e passou direto. Em seguida avistou uma caminhonete azul, passou por um tronco de árvore arrebentado por algo,provavelmente uma serra-elétrica, e alcançara o asfalto logo após passar por fora de um rancho.
Ele estranhara como a cidade estava vazia e silenciosa. A névoa já não o deixava enxergar muito bem mesmo estando menos densa dentro de Silent Hill. Não viu ninguém naquela rua. E com certeza já passava do meio dia. O policial tirou o celular do bolso da calça e este estava sem sinal e pior,não mostrava as horas. Drake ficou surpreso ao ver que o relógio no display do celular estava completamente zerado.Sem ter noção de hora,Drake resolveu não ajustar o relógio e guardou o celular de volta onde estava.
Pelo que Drake percebia a medida que caminhava pela rua silenciosa, Silent Hill parecia ser um lugar bem calmo e parado. Ninguém nas ruas,nenhum carro,nenhum ani...
- Que é isso? - murmurou Drake arregalando os olhos e abaixando-se.
À sua frente uma enorme mancha vermelha e deformada no chão. Era sangue e dava pra perceber nitidamente isso. Mas o que poderia ter feito aquilo lá? Se fosse uma pessoa ferida obviamente não teria ido muito longe.O sangue no chão era tanto que poderia ter causado hemorragia fatal na pessoa, caso fosse realmente de uma pessoa aquela mancha.
Drake ouviu sons rápidos e repetitivos. Pareciam passos rápidos. Alguém corria. O policial mal levantou-se e alguém avançou sobre ele com velocidade impressionante. Sem ter tempo de desviar,o policial esbarrou nesse alguém e ambos voaram para o chão com violência. Drake sentou-se rapidamente e viu que quem o derrubara era um rapaz assustado e horrorizado,graças às expressões de horror no rosto dele. Drake não pôde nem pensar numa pergunta pra fazer ao cara e algo surgiu da névoa,bem de onde o rapaz veio correndo. Drake sentiu seu coração disparar e via que o rapaz começava a levantar-se.
No meio da rua apareceu um cachorro deformado, sua cabeça se abria na vertical lentamente bem no meio revelando dentes em lugares impossíveis. O corpo do animal estava queimado e escurecido e parecia ter algo como limo ou musgo preso à sua pele. Seu abdôme estava aberto fazendo com que algo que parecia seu intestino arrastasse pelo chão deixando um rastro de sangue por onde passava. O cão-monstro latiu ferozmente e avançou com rapidez na direção dos dois. Drake imediatamente pulou do chão sendo acompanhado pelo rapaz.
- Depressa!! - berrou Drake.
Saíram à toda velocidade pela calçada,procurando fazer com que o animal trombasse nos bancos de madeira,nos hidrantes,postes e no que mais viesse pela frente. Ambos corriam desesperadamente e sem rumo,mas Drake queria logo um lugar para esconder ou perderia o fôlego e pereceria. Avistou à frente um prédio residencial com a porta da frente meio tombada. A única esperança poderia estar lá.
- Pra cá!! - ordenou Drake para o outro, sendo seguido imediatamente.
O cão já os alcançava e quando Drake olhou pra trás quase viu-o abocanhar-lhe o calcanhar. Os dois tomaram mais velocidade quase ao mesmo tempo. Drake mostrou a porta ao rapaz e ele assentiu com a cabeça. Atravessaram a rua rapidamente e com o impulso em que estavam, jogaram-se de ombro contra a porta do prédio, retirando-a do eixo e abrindo caminho para entrarem. Drake voltou a porta no lugar,já tremendo de desespero. O rapaz ajudou a ombrar a porta e segurar o cão que esta forçando a porta pelo lado de fora.
A porta tremia a cada golpe do animal corpulento. Os rugidos dele pareciam ser de fome se limites e o que a criatura mais queria era pegá-los e se saciar. Óbvio para os dois que seguravam a porta tremendo como nunca. Drake viu,atrás dos dois, uma cômoda velha e empoeirada. Logo resolveu dar utilidade à ela.
- Ali! Arraste pra cá enquanto eu seguro a porta! Rápido! - exclamou ele recebendo os baques do cachorro que parecia adquirir mais força a cada batida que ele dava na porta.
O rapaz avançou sobre a cômoda,se posicionou e arrastou-a com as costas pois era muito pesada, e isso era até bom pois conseguiria aguentar as investidas do animal lá fora. Logo que posicionaram a cômoda em frente a porta, ambos soltaram-na e se afastaram. Ficaram olhando a porta chacoalhando com os ataques da coisa. Era tão forte que podia tremer até a cômoda.
Como no local havia uma escada que levava para o andar superior, o rapaz sugeriu que subissem.
- Vamos sair daqui. - disse ele já subindo as escadas trêmulo.
Drake seguiu-o e logo que chegaram no hall lá em cima,deixaram-se sentar em poltronas velhas pórém limpas que encontraram lá. Drake sentia as pernas bambas e percebia que o outro estava assim como ele.
- O quê era aquilo?! - indagou Drake perplexo.
- Não sei. Avançou em mim e nem vi de onde veio.Apareceu do nada. - explicou ele ainda amedontrado.
Ambos estavam ofegantes e assustados, mas precisavam sair dali.Por isso precisariam cooperar. E pra começar,claro, Drake se apresentou e estendeu a mão para o rapaz.
- Drake Gallagher. - disse ele.
- Sean Parker. - murmurou o outro pegando na mão de Drake amistosamente. Nesse momento Drake sentiu a tremedeira da mão de Sean.
Sean era de porte mediano.Tinha a mesma altura de Drake e provavelmente a mesma idade também ou próximo disso.Era loiro com corte em estilo repicado e atrapalhado,tinha olhos tão azuis que pareciam quse brancos,tinha porte atlético onde podia-se deduzir que praticava algum esporte.Trajava um AllStar branco,jeans justo e escuro e uma camisa branca debaixo de uma grossa jaqueta de moleton preto.
- O que faz aqui? - indagou Drake.
- É minha namorada,Alana. Sumiu de casa há alguns dias e só deixou uma nota dizendo que vinha pra cá. - explicou Sean. - Eu nem sabia que que tava acontecendo nesse lugar. Todos foram embora,vasculhei algumas ruas e não vi ninguém. - pausou. - E você?
- Vim saber sobre meus pais biológicos. Eu nasci aqui e só descobri há algumas semanas atrás. - disse Drake.
Sean apenas suspirou em resposta. As batidas na porta lá em baixo cessaram e logo precisariam sair dali pois agora,Drake precisava ajudar Sean a encontrar Alana.Seu dever como policial e seu idealismo lhe subiram à cabeça novamente e assumiu a responsabilidade na busca da moça. Drake notava que Sean estava um tanto desesperado por Alana estar lá fora à mercê daquela monstruosidade e provavelmente pensando no pior. Precisava agir.
- Vamos vasculhar a casa à procura de alguma arma. Temos coisas a fazer aqui nessa cidade,então precisaremos ajudar um ao outro pra sairmos daqui vivos. - disse Drake.
- Certo. - disse Sean sentindo-se mais esperançoso. A ajuda de alguém em sua busca aumentara e muito as chances de encontrar Alana entes de algo acontecer a ela.
Logo Drake se levantou e começou a vasculhar os armários e gavetas, Sean fez o mesmo.
Formava-se ali uma aliança.
Drake procura muito Alana,até que chega a escola de Silent Hill.E lá uma coisa acontece.Alana chega com o corpo sangrento e abraça Drake.
-Drake...-diz Alana quase morrendo
-Alana!Estás bem?-disse Drake preocupado
-Adeus...-se despede Alana
Sean mata Alana com um tiro.
-Você está--Antes que Drake consiga completar a frase algo corta a cabeça de Sean
Isso mesmo Filipe ¬¬' É o Pyramid Head
-Fudeu!-grita Drake
Drake corre mais que touro em tourada,até que ele chega aonde está seu carro,como a rua estava com um grande problema,ou seja,um grande buraco que impedia.Drake arriscou e conseguiu pular pro outro lado.Quando pulou ele disse:
-Adeus,Silent Hill!
No meio da estrada
-Nossa...Que estranho...Meu deus!-grita Drake ele capota o carro e sabe quem desvira o carro e mata ele?Sim Pyramid Head.
Fim!
Gente eu tenho estas historias no meu PC,a proxima que vo postar ja é do Vampire Knight Retrato da Mais Bela das Mulheres

gostei!

Bah coitado do Drake nao descobriu seu passado .-. mas morreu pro pyramid mto bom *-*