Três horas

TEC TEC
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Já eram duas da manhã, mas Helena permanecia no escritório de casa. Seus pais estavam viajando e ela estava apenas com a irmã mais velha, Fernanda, em casa. Lena estava fazendo sua monografia para a faculdade de Psicologia e estava trabalhando nela desde as dez horas da noite. Mesmo morrendo de sono, Lena continuava trabalhando. Tecnicamente estava sozinha, pois Fernanda, arquiteta, já dormia, uma vez que tinha que acordar cedo no dia seguinte.
O relógio bateu três da manhã. Helena suspirou. Estava longe do meio da metade da monografia. Lembrou-se, então, que as 3h eram conhecidas como a hora do demônio.
Três e vinte,ela olhou pra dentro do copo vazio de café. Se quisesse ficar acordada, precisava de mais. Lena abriu a porta do escritório e olhou para a casa, mergulhada numa escuridão intensa. Hesitou em descer por causa de café. Mas acabou descendo ao sentir o sono voltar a invadi-la.
Três e vinte e cinco, Helena estava enchendo o copo de café. De repente alguém pareceu passar correndo. Assustada, a jovem voltou para o escritório.
Ao que Helena sequer pisou no escritório, o relógio bateu três e meia. Lembrou-se que sempre ouvia dizer que, das três e meia às cinco horas, os demônios e espíritos malévolos estavam à solta. Mesmo com medo, continuou o trabalho.
Três e quarenta. Helena olhou para o relógio. Quando estava com medo, o tempo parecia passar mais devagar.
PLEC!
Um som estrondoso indicou que alguma coisa caíra do chão e se quebrara. Helena enxergou ao longe. Um porta-retrato com uma foto sua estava caído no chão. QUEBRADO. Helena se encolheu na cadeira. Alguém, ou alguma coisa, queria se livrar dela.
Quinze para as quatro. Helena estava gelada de medo. Um eternidade havia passado em míseros cinco minutos. De repente, um trovão riscou o céu. Cães começaram a latir. Todas as luzes ao redor, inclusive de postes e outras casas, começaram a falhar.
Súbito, tudo se apagou. Faltara energia. Os cães começaram a latir mais alto e até a uivar. Helena colocou a cabeça na janela. Não havia ninguém. Os cães da vizinhança latiam sozinhos.
Mais um trovão riscou o céu. O barulho era assustador. Helena tremeu e de novo olhou para o relógio. Este, porém, não estava mais lá. Olhou ao redor e finalmente percebeu que tudo estava vazio. Não estava mais no escritório.
- FERNANDAAAAAAAA!!!! - gritou Lena, na esperança de estar em casa. O grito ecoou. O lugar estava mais vazio do que rua em tempo de guerra. De repente, uma sombra entrou novamente no local. Pegou a cabeça de Helena e bateu-a várias vezes na parede. Helena ainda sentiu o sangue escorrer por sua cabeça. A vista escureceu. Estava morta.
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- Mas policial, me explique, o que aconteceu com a minha irmã?
- Senhorita Fernanda, vou lhe explicar com calma. Um ladrão entrou aqui às três e meia da manhã. Cães que latiam sem parar denunciaram para sua irmã que alguém ainda estava na casa. O cara entrou no escritório assim que sua irmã desceu. Mas ele não imaginava que ela voltaria. A tempestade o impediu de sair da casa. Mas ele ficou escondido atrás de uma cômoda, sem poder, no entanto, deixar de derrubar, por acidente, uma foto da Helena. Quando ela foi para a janela, ele pegou tudo o que podia pegar. No escuro e com sono, sua irmã ainda pode percebê-lo sair e gritou. Por isso ele a matou. Pêsames.

FIM.

muito boa

uau! Mutio boa, fiquei com medo! Parabéns, ótima história!

Que óótima
Adorei ♥♥

hmm gostei do suspense e depois revelar que era apenas um ladrão e não algo sobrenatrual, agente fica imaginando um espirito de cara '-' mto bom *-*

É verdade
Ja tinha imaginado tudo de sobrenatural que exista
Ajuahsuhasuhasuahs

wowww boa msm...
adorei o jeito q vc escreve...
parabés sua historia tah otima!!!

vlw galera
e é, eu planejei que vocês pensassem em tudo de sobrenatural e no final descobrissem que era apenas um ladrãozinho...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk