Despertar.

Bom fazia algum tempinho já que eu não escrevia então to trabalhando em um conto novo '-' espero que gostem :B



O som da chuva caindo sobre o telhado, o cheiro de grama molhada, e o bater do vento contra a janela, foi isto que fez com que a pequena Julie acordasse de seu sono, ela estava destapada e suava muito, seu quarto estava menor do que era de costume, as paredes pareciam mais próximas e a cada piscar de olhos parecia que elas movimentavam-se lentamente, Julie se senta na cama procurando seu par de chinelos esticando seu delicado pé na direção do piso, mas o que ela tocou foi um líquido gelado e denso, assim rapidamente ela volta a ficar sentada sobre a cama, mas agora encolhida sobre o travesseiro, tudo estava tão apertado a ponto de parecer que sua cama estava apenas em um corredor, o cheiro de grama molhada agora mais parecia cheiro de carne apodrecida, o som da chuva no telhado deu lugar a gemidos de agonia e o som do bater do vento contra a janela mais parecia batidas de quem queria entrar, ela não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que ali não era um bom lugar, percebendo que ficar ali só pioraria as coisas Julie resolve tomar coragem e sair andando na direção do agora grande corredor.

Ela primeiro pisa com um dos pés no chão, sua perna afunda com o mesmo líquido na altura do seu joelho, ela pensa em voltar, mas já estava decidida e coloca o outro pé no chão, ela sai andando lentamente temendo que algo a surpreendesse, em quanto ela andava os murmúrios a seguiam e cada vez ela sentia que eles estavam mais pertos sentia que eles estavam chegando perto de seu ouvido, ela começa a correr, mas com aquele liquido alto ela tem dificuldade, até que ela tropeça e cai, quando seu corpo toca o chão ele começa a despencar em uma velocidade incrível seu corpo cai por uma espécie de gruta até que segundos antes de tocar o chão ele paira e lentamente desce, a sua frente a dois corredores e a frente dos corredores há uma pessoa sentada de costas para ela, seria um morador da gruta, ela sai caminhando em passos curtos na direção da pessoa que até o momento não mostrou reação, ela o toca to o dedo indicador nas costas e sente seu dedo afundando na carne assustada ela grita no grito a pessoa que ali estava olha para trás apenas virando o pescoço, era um garoto que tinha os olhos costurados, a boca também costurada e os seus ouvidos sangravam, seus dedos não possuíam as pontas nem das mãos e nem dos pés, suas roupas pareciam mais pedaços de pano surrado, ele produzia um som como um gemido de dor, som esse que ela reconheceu sendo o que ela ouviu no seu quarto, a forma bizarra que estava sentada ali se levanta, era um pouco mais alto do que ela tendo em media 1,70m enquanto ela o olhava de baixo com seus 1,50m, ele se aproxima dela e começa a cheirar suas roupas como um cachorro reconhecendo um estranho, parecia que este era seu único sentido intacto, para evitar que ele a atacasse e para sua surpresa ele a aceitou ali, ele deu dois passos para trás e ficou acocado com as mãos no chão e olhando em sua direção, ela estava assustada e queria voltar para sua família mesmo que isso custasse receber ajuda de um ser bizarro.

Continua

Continua

Continua mano *O*

continuaa

Julie se aproxima do que parecia ser um garoto, sem opções ela tenta se comunicar com ele, gaguejando muito e temendo a reação dele ela se aproxima lentamente, como ele não enxerga nem escuta e mau consegue tocar as coisas não apresenta perigo, ela chega perto dele e percebe o ar gelado que passa pelas frestas das costuras de sua boca, “quem fez isso contigo garoto?”, disse ela tremula enquanto parava do lado dele, ele continuava na mesma posição e olhava para o nada, por 10 minutos ficaram ali do mesmo jeito, sem mover nem um músculo assim ela já cansada de ficar parada decide prosseguir na sua busca para voltar pra casa, ela se levanta e fica parada em frente aos dois longos corredores, o da esquerda é largo com a entrada bem detalhada e trabalhada, formando desenhos de animais selvagens nas bordas, ao longo dele segue um caminho de tochas que iluminam bem o local mostrando que ao fundo leva a uma espécie de bosque, o da direita já não possui tantas tochas, é muito escuro e parece úmido como se fosse mesmo uma continuação do lugar que estão, ao longo dele não se sabe ao certo o que há já que a escuridão toma conta de quase o caminho todo, ela se agacha e fica analisando qual caminho seguir, decidindo assim seguir pelo bosque que possui uma aparência mais amigável e confiável.

continua!

continuaaa

Em passos curtos ela segue em direção do bosque em sua frente, após alguns passos ela se volta para trás e percebe que o garoto ou criatura que ali estava não esta mais, e decide seguir sozinha do mesmo jeito, ela começa a entrar em meio a uma enorme floresta que conforme Ela avança parece mais fechada, ela percebe movimentações de pequenos vultos em sua volta, mas que não apresentam hostilidade, ao longe se vê uma pequena gruta como se fosse da mesma textura da parte de aonde ela chegou e para lá que ela segue, enquanto voltava a dar seus curtos passos ela percebe algo se movimentando no mesmo ritmo ao seu lado, ela apressa o passo e a tal coisa continua a acompanhando como se fosse sua sombra, ela cansada e com angustia para e fica olhando fixamente na direção de onde o vulto se movia, era uma espécie de mato alto que aos poucos se abria e dali saiu uma moça rastejando, ela tinha sua boca sangrando como se lhe fosse dado uma pancada com muita força assim deslocando seu maxilar e quebrando alguns de seus dentes, seu rosto era pálido e seus olhos sem vida, vestia algo como um longo vestido de noiva tomado por barro e grama, seus longos cabelos loiros estavam imundos e com pedaços cortados o que mostrava que ela aparentemente foi espancada e muito! A moça continua rastejando na direção de Julie como quem pedia ajuda, mas a jovem guria assustada recuou um pouco, o olhar de piedade da moça lhe partiu o coração e ela resolveu tentar fazer algo, por mais que o corpo dela fosse muito mais pesado Julie tenta a levantar e quando o faz percebe que as duas pernas dela também estavam quebradas, quando ela mostra desistência a moça a agarra pelo braço e a puxa para perto de si, assim encostando os rostos das duas e abrindo a boca e olhando fixamente em seus olhos Julie sente um mal estar, algo a tomava como se puxasse sua alma do corpo, nada ela pode fazer a não ser deixar que o peso de seu corpo a levasse ao chão e ela adormecesse.

continuaa

marcando pra le depois

Julie se acorda em uma enorme casa, ela percebe que é de uma época antiga e muito bem arrumada, com os moveis novos e organizados, ela escuta o cantarolar de uma moça que vinha de outro cômodo da casa, ela segue para este cômodo e ela chega até a cozinha onde uma jovem preparava algo para comer, ela estava sorridente e parecia estar muito feliz, o som do girar de uma maçaneta é escutado e ao mesmo tempo a expressão do rosto da moça muda para uma expressão de pavor, não se sabe o motivo, mas ela esta pálida como se algo de ruim fosse acontecer e ela soubesse disso, de um corredor surge um homem que vinha na direção dela ele tinha a mesma faixa de idade do que ela e ela o cumprimentou o chamando de “amor”, quando ela vai a sua direção para lhe dar um beijo o que ela recebe é um tapa no rosto! Ele furioso diz:
-O jantar não esta pronto por quê?!
-Be... bem eu acabei me atrasando um pouco
-Se atrasou? Estava na casa da vizinha falando da vida dos outros não é mesmo?!
-Não! Não é nada disso que tu esta pensando!
-Vou ti ensinar a não falar mais do que não ti importa! E vou ti ensinar a ficar dentro de casa!
Ele a agarra pelos cabelos e a puxa em direção a uma porta velha de madeira, Julie assustada segue eles entrando junto com o casal que aos gritos seguiam, a jovem implorava por perdão e pedia ajuda enquanto o homem só a arrastava e nada dizia, estava com um sorriso sádico no rosto e não mostrava que teria boas intenções, quando Julie termina de descer a longa escada ele vê os dois em frente a um armário, o homem pega a jovem moça e a atira contra o armário quebrando vários pedaços dos vidros que a feriram as costas, ela chorava muito e sua blusa bordada branca já estava vermelha, ele a segura pelo pulso e a deixa de joelhos, os olhos dele mostravam uma fúria inexplicável como se algo o tomasse por completo e Julie apenas assistia a cena ficar cada vez mais pesada, com ela de joelhos ele puxa um martelo que estava preso a parede e levanta como quem vai pregar a parede, Julie solta um grito de desespero e parte para cima do homem, mas quando o toca percebe que suas mãos não o tocam fazendo com que ela o ultrapasse, sendo assim ela apenas podia assistir a horrível cena onde o homem dava três fortes marteladas na boca da jovem, enquanto ele batia nela ele dizia, “quero ver tu falar da vida de alguém sem tua boca sua vadia!”, ele continuava batendo com força até que o maxilar da jovem se partisse ficando em um estado lastimável, o sangue tomava conta do chão junto a pedaços de dentes espalhados que eram arremessados a cada martelada, já sem forças para mesmo se levantar a jovem cai para o lado com as mãos na boca tentando amenizar a dor, ele saiu de perto dizendo “sobre as fofocas já resolvi agora tomarei uma atitude sobre tuas escapadas!”, ele pega um pé de cabra que estava ao lado da caixa de ferramentas e segue na direção da jovem que estava em estado de choque devido a dor que sentia no seu maxilar destruído, ele a deixa de barriga para cima e diz que isso será rápido e eficiente já que ela não poderá mais andar tão cedo, e assim ele começa a dar pauladas nas pernas da jovem que apenas agonizava a cada golpe, suas pernas foram totalmente quebradas ao ponto dos ossos ficarem triturados com partes saindo da carne e partes quebradas ainda dentro, seu estado estava muito grave e ela parecia estar perdendo a vida, “vá contar para as tuas amiguinhas agora! Vamos vagabunda!”, ele a chuta nas pernas a fazendo soltar um gemido de dor e angustia, percebendo o estado da jovem que não teria mais volta por que uma hemorragia já era inevitável ele a põe no ombro e a leva para cima, antes que chegasse à cozinha ele percebe que ela já esta sem vida e seu corpo agora é só um fardo, fardo esse que ele esconderia, ele a leva para o quintal da casa e junto leva uma grande pá que serviria para seu objetivo, ele assim a enterra sobre o pessegueiro do pátio local onde os dois deram seu primeiro beijo, uma lagrima de tristeza e cinismo escorre pelo seu rosto até passar pela sua boca que esboçava um sorriso diabólico, após ele dar a ultima pazada sobre a terra fofa ele segue para dentro de casa e Julie fica ali em estado de choque, não aceitava o que acabava de ver e quando suas lagrimas a tomavam ela se vê novamente na floresta frente a frente com a moça e agora sim entendendo o que lhe havia acontecido, ela não conseguia falar, mas segurava firme a blusa de Julie como quem suplicava, a guria vê que a jovem precisa de algo e mesmo que isso atrasasse sua saída deste lugar se prontificou a ajudá-la.

Novamente Julie se vê no meio da casa da moça, ela agora está no segundo piso e vê a moça passando roupa no meio da sala principal, Julie escuta a voz do assustador marido que vinha de um dos cômodos do segundo piso, e rapidamente ela se esconde por trás de uma das enormes e empoeiradas cortinas vermelhas, o homem estava muito nervoso e ia à direção da escada com algo nas mãos, caminhava muito bruscamente e gritava pelo nome da esposa que aguardava já ao choro na sala, quando o homem pisou no primeiro degrau em sentido a sala Julie por extinto salta da cortina empurrando com suas pequenas mãos as costas do grande homem que com tamanho o susto rolou escadaria a baixo, não entendendo o motivo de suas mãos o tocarem agora Julie se via em estado de choque por matar alguém, ela sentou-se na escada enquanto a bela moça olhava para o corpo do marido atirado aos seus pés com o pescoço quebrado, “agora tu poderás continuar tua jornada pequena Julie seja forte” disse ela sorrindo à Julie. Um clarão tomou conta da visão da garotinha que nada pode fazer alem de cair no chão velho porem macio da casa, ela adormeceu e algum tempo depois acordou com a visão embaçada, ela via duas enormes luzes vindo em sua direção, algo muito rápido se aproximou a cegando! Assim a fazendo acordar novamente, ela estava completamente suada e se encontrava em um lugar estranho, algo como uma pequena vila no meio do nada, estava realmente em um deserto como em um filme de faroeste, seria isso uma verdadeira cidade fantasma?! Brincou ela, vendo que não sabia como chegou ali e nem o que teria que fazer para sair ela decide explorar, e partiu em caminhada por entre as estreitas ruas da estranha cidade.