Sem descanso

por **Micas** Sáb 26 maio 2012, 22:26

Bem passado muitoooooooooo tempo decidi tentar fazer uma história de terror, de novo.
Vamos ver como corre.

Era uma segunda-feira, eu fiz minha rotina diária, acordei, tomei banho e fiz minha higiene, comi e fui andando para a escola.
Eu senti que algo de estranho se passava, mas não sabia o que, mas pouco me importei e caminhei mais rápido, o dia estava nublado e ameaçando chover.
Rapidamente cheguei na escola, onde encontrei o maior silêncio, a escola parecia deserta.
A minha sala era no primeiro andar, enquanto subia as escadas pensei no porque de ninguém ter aulas no segundo andar, a razão era um mistério para muitos, ou melhor, para absolutamente todos.
Finalmente, depois d e muito caminhar cheguei á minha sala, que por sinal estava trancada, pensei que era por ser cedo ainda, mas não sei. Voltei a puxar a porta, não sei como nem porque, mas desta vez abriu e me dirigi á minha mesa.
Me deitei sobre ela, acho que acabaria por adormecer se não tivesse ouvido vozes, não consegui distinguir de onde vinham devido á minha sonolência.
Mas me levantei e decidi ir ver de onde vinha as misteriosas e risonhas vozes.
Surpreendi-me ao ouvir as vozes no segundo andar. Não sabia se subia e via o que se passava, ou se ficava quieta.
Como as pessoas têm um nível de inteligência incrível eu decidi subir.
Andei e andei até às escadas que estariam bloqueadas por umas portas encadeadas ao fim das mesmas, mas o cadeado estava partido, alguém tinha entrado lá.
Abri as pesadas e enferrujadas portas, devagar e sem fazer o mínimo barulho, entrei.
O local era imundo e com um cheiro repugnante. Lixo por todo o lado, cadeiras e mesas partidas ou cheias de pó nos corredores, caminhei entre tudo aquilo, com receio.
As vozes estavam na mesma intensidade, mas á medida que ia caminhando foram se intensificando, consegui distinguir duas vozes, uma feminina séria e outra risonha.
Vi que vinham de uma sala ‘’Sala 13’’, havia diversos rumores sobre esta sala, mas eu não sabia nenhum.
Por mais intensas que as vozes estivessem eu não consegui entender o que elas falavam, abri a porta, eu tremia.
As vozes pararam assim que abri a porta. Mas quando olhei bem não estava lá ninguém.
Afastei-me lentamente da porta, tremendo, corri para as escadas, tentei não tropeçar nas coisas, mas foi complicado.
Assim que cheguei ás escadas vi que as portas estavam fechadas…
O meu medo aumentou subitamente.
O suor e o rubor notavam-se nitidamente na minha face.
Caminhei para uma janela. Mas todas estavam fechadas, e era demasiado alto para saltar.
Apenas me restou gritar.
Gritei com tudo o que tinha, e com mais um pouco, mas ninguém estava na escola.
Decidi então continuar a caminhar pelo andar, descobri que era igual ao de baixo, mas mais antigo.
Fui ao banheiro, e voltei a ouvir as vozes, me encolhi no banheiro em que me encontrava, ouvia risos maléficos, fechei os olhos com força.
O mundo caiu a meus pés, apenas me lembro de acordar no chão perto das escadas, com as portas trancadas, e tudo como dantes, mas é como se eu não tivesse estado lá.
Muita gente em minha volta.
A partir desse dia, não deu, não consegui, nem nunca irei.
Minha cabeça não aguentou.
O quê vocês estão perguntando?
Simples, minha mãe me internou, meu mundo foi dominado por vozes demoníacas, que nunca param, nunca me deixam dormir e nem pensar.
Risos, falas em latim, ditos maldosos, me lembro de tudo ao pormenor, desde os 15 aos 43 que estou aqui, neste local mórbido e sujo, sem descanso.
Sem descanso…é como resumo minha vida…
Nunca explore aquilo que não deve…

Espero que tenham gostado, eu tou com ferrugem por isso desculpem se ficou uma bostinha