Antissocialidade Imaginária?
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Antissocialidade Imaginária?
Esta história começa aqui, nem estou com muita criatividade /:
Minhas mãos estão tremendo e eu tenho raiva de mim mesma, esse sentimento nutrido em mim se esvai numa praticidade quase que fascinante. Amarrada em cordas e com um pano embolado muito sujo em minha boca, eu sinto calafrios corroerem por todo o meu corpo quase sincronizados um com o outro, e eu penso se alguma vez senti algo:medo, raiva, amor, felicidade, compaixão. Tudo parece tão confuso e, para completar alguém está olhando para mim e seu semblante parece furioso, e, eu senti algo, tive um sentimento. Ele está se aproximando e minhas pulsações estão acelerando cada vez que ele se aproxima para o próximo golpe, minha cabeça está erguida, pareço preparada para receber chutes, pontapés e murros incessantes que não param nem por um instante. Mas ele não me bate desde o dia em que estive ali, sempre calmo e sentado no seu assento me olha com profundo interesse, e posso enxergar alguma saída na fresta daquela límpida janela, enquanto ele me olha com aqueles olhos negros de mistério. Como ele seria? Nem ao menos pude perceber a sua forma física, ele parece perfeito para mim, não só para mim, mas para a mulher baixa, gorda e ausente senhora ao me examinar do meu assento, e estou exausta por que não consigo respirar direito e os céus parecem estar claros nesse instante.Havendo relampejos eu permaneço quieta em meu canto, com os olhos cansados e ele se aproxima e agora posso enxergá-lo e ele parece uma esperança para meu desespero.Sorri.Ele se aproxima e se agacha para poder me enxergar melhor, e agora posso enxergá-lo. Jovem alto, de mais ou menos um metro e setenta e cinco, rosto tranquilo, de uma castidade sem igual. Examinou meus olhos com algum tipo de aparelho, parecia médico com o tal jaleco branco, usando óculos estranhamente apaixonantes, ele nem parece sentir que estou perto dele porque ele sente que eu o detesto. Seus olhos aparentam frieza, e, estranhamente, desapontamento contra mim mesma, por que eu o olhei, e a sempre ausente senhora baixa e gorda o chama dizendo "Sir!", e ela parece ser uma americana interessante e amigável, e enquanto ele caminho posso vê-lo desaparecer do meu olhar esquisito que o assustava notavelmente. Talvez eu tenha alguma "antissocialidade imaginária", por que nem quando bem criança tive algum amigo, rejeitada, excluída, implicante, insistente e sem afeição pelo próximo. Simplesmente esta sou eu. E eu me sinto um lixo. Ele acabou de chegar e acho que já é hora de parar, ele tirou um pano sujo da minha boca e me emprestou um espelho. Olhei-me. Eu parecia uma adolescente comum como qualquer outra pela primeira vez em minha vida. Pude enxergar alguma beleza em mim e ver que eu também tenho algo a dar. Meus olhos esverdeados aparentavam insônia, minha boca rosada estava mais larga que nunca, não tinha mais tanta acne que havia desaparecido, e todas as marcas físicas de agressão no colégio sumiam instantaneamente sem parar, e eu me sentia bela pela primeira vez.Eu senti que também sou alguém, que posso me destacar em algo. Tomou-me o espelho e se aproximou segurando meu braço e o examinou pacientemente e ele estava preso em meu interior, eu não tinha me apaixonado, esta seria a primeira vez e por alguém tão distinto de mim que espreitava a minha parede esburacada, sofria de algum distúrbio, não era de paixão, nem de amor, era de instinção. Minhas mãos não estavam tão cheia de ferimentos e toda a minha dor foi subtituída por um sentimento que uma garota idiota e antissocial de quinze nunca havia sentido em toda sua vida.Os ouvi sussurrarem algo como "é a menina antissocial e raivosa que todos dizem, ela está listada entre as da nossa ficha. O que faremos com a Luíse?", é, esse é o idiota do meu nome, Luíse Barreiras Lobato, a quem todos odiavam, e nem ao menos sabia o por quê, talvez porque tudo que eu faça seja sempre um erro para eles, nunca um acerto. Será que liberdade de expressão é errado? Eu mesma acredito friamente que não seja. Afinal, humanos calados e antissociais também teêm direito a opiniões, desde criança.... sempre foi tudo tão difícil, tão assustador e ele assombra meus sonhos e os torna pesadelos. Será que tenho algum amigo imaginário? Sou uma esquizofrênica, uma lunática? Tenho algum distúrbio psicológico? Mas,a pergunta mais importante: Que Deus é esse que não está comigo? Ele está contra mim? Ela não quer calar, quer ser incluída, ela quer ter atenção, porém só tem a ganhar desprezo, ela não gosta de companhias, mesmo quando bate o reconchego, ela tem um irmão mais novo retardado de seis anos e uma irmã mais nova de nove também muito idiota e supersocial, enquanto ela está sempre entre a excluída, a sua mãe lhe surra com cinto, lhe ofende com palavras, seu pai te desanima e te faz sofrer com pontapés, ela não mais em quem confiar, ela está sozinha e não há quem ajudar, ela parece doida mas só quer alguém com quem se relacionar. Ela precisa contar sua história, mas tem pavor das críticas, ela tem quinze anos e uma vida de garota super incomum, não cuida do cabelo liso e com pontas duplas, tem olhos esverdeados que agora parecem vermelhos de raiva, ela se manteve calma quando deveria explodir, sua boca rosada está machucada pelos frequentes abusos, nenhum professor a ama, ela é a excluída, e ainda por cima não tem amigos. Não tira notas baixas, mas os professores sempre querem tirar um décimo ou outro, então por que não contar a minha história sofredora?
Continua....
Minhas mãos estão tremendo e eu tenho raiva de mim mesma, esse sentimento nutrido em mim se esvai numa praticidade quase que fascinante. Amarrada em cordas e com um pano embolado muito sujo em minha boca, eu sinto calafrios corroerem por todo o meu corpo quase sincronizados um com o outro, e eu penso se alguma vez senti algo:medo, raiva, amor, felicidade, compaixão. Tudo parece tão confuso e, para completar alguém está olhando para mim e seu semblante parece furioso, e, eu senti algo, tive um sentimento. Ele está se aproximando e minhas pulsações estão acelerando cada vez que ele se aproxima para o próximo golpe, minha cabeça está erguida, pareço preparada para receber chutes, pontapés e murros incessantes que não param nem por um instante. Mas ele não me bate desde o dia em que estive ali, sempre calmo e sentado no seu assento me olha com profundo interesse, e posso enxergar alguma saída na fresta daquela límpida janela, enquanto ele me olha com aqueles olhos negros de mistério. Como ele seria? Nem ao menos pude perceber a sua forma física, ele parece perfeito para mim, não só para mim, mas para a mulher baixa, gorda e ausente senhora ao me examinar do meu assento, e estou exausta por que não consigo respirar direito e os céus parecem estar claros nesse instante.Havendo relampejos eu permaneço quieta em meu canto, com os olhos cansados e ele se aproxima e agora posso enxergá-lo e ele parece uma esperança para meu desespero.Sorri.Ele se aproxima e se agacha para poder me enxergar melhor, e agora posso enxergá-lo. Jovem alto, de mais ou menos um metro e setenta e cinco, rosto tranquilo, de uma castidade sem igual. Examinou meus olhos com algum tipo de aparelho, parecia médico com o tal jaleco branco, usando óculos estranhamente apaixonantes, ele nem parece sentir que estou perto dele porque ele sente que eu o detesto. Seus olhos aparentam frieza, e, estranhamente, desapontamento contra mim mesma, por que eu o olhei, e a sempre ausente senhora baixa e gorda o chama dizendo "Sir!", e ela parece ser uma americana interessante e amigável, e enquanto ele caminho posso vê-lo desaparecer do meu olhar esquisito que o assustava notavelmente. Talvez eu tenha alguma "antissocialidade imaginária", por que nem quando bem criança tive algum amigo, rejeitada, excluída, implicante, insistente e sem afeição pelo próximo. Simplesmente esta sou eu. E eu me sinto um lixo. Ele acabou de chegar e acho que já é hora de parar, ele tirou um pano sujo da minha boca e me emprestou um espelho. Olhei-me. Eu parecia uma adolescente comum como qualquer outra pela primeira vez em minha vida. Pude enxergar alguma beleza em mim e ver que eu também tenho algo a dar. Meus olhos esverdeados aparentavam insônia, minha boca rosada estava mais larga que nunca, não tinha mais tanta acne que havia desaparecido, e todas as marcas físicas de agressão no colégio sumiam instantaneamente sem parar, e eu me sentia bela pela primeira vez.Eu senti que também sou alguém, que posso me destacar em algo. Tomou-me o espelho e se aproximou segurando meu braço e o examinou pacientemente e ele estava preso em meu interior, eu não tinha me apaixonado, esta seria a primeira vez e por alguém tão distinto de mim que espreitava a minha parede esburacada, sofria de algum distúrbio, não era de paixão, nem de amor, era de instinção. Minhas mãos não estavam tão cheia de ferimentos e toda a minha dor foi subtituída por um sentimento que uma garota idiota e antissocial de quinze nunca havia sentido em toda sua vida.Os ouvi sussurrarem algo como "é a menina antissocial e raivosa que todos dizem, ela está listada entre as da nossa ficha. O que faremos com a Luíse?", é, esse é o idiota do meu nome, Luíse Barreiras Lobato, a quem todos odiavam, e nem ao menos sabia o por quê, talvez porque tudo que eu faça seja sempre um erro para eles, nunca um acerto. Será que liberdade de expressão é errado? Eu mesma acredito friamente que não seja. Afinal, humanos calados e antissociais também teêm direito a opiniões, desde criança.... sempre foi tudo tão difícil, tão assustador e ele assombra meus sonhos e os torna pesadelos. Será que tenho algum amigo imaginário? Sou uma esquizofrênica, uma lunática? Tenho algum distúrbio psicológico? Mas,a pergunta mais importante: Que Deus é esse que não está comigo? Ele está contra mim? Ela não quer calar, quer ser incluída, ela quer ter atenção, porém só tem a ganhar desprezo, ela não gosta de companhias, mesmo quando bate o reconchego, ela tem um irmão mais novo retardado de seis anos e uma irmã mais nova de nove também muito idiota e supersocial, enquanto ela está sempre entre a excluída, a sua mãe lhe surra com cinto, lhe ofende com palavras, seu pai te desanima e te faz sofrer com pontapés, ela não mais em quem confiar, ela está sozinha e não há quem ajudar, ela parece doida mas só quer alguém com quem se relacionar. Ela precisa contar sua história, mas tem pavor das críticas, ela tem quinze anos e uma vida de garota super incomum, não cuida do cabelo liso e com pontas duplas, tem olhos esverdeados que agora parecem vermelhos de raiva, ela se manteve calma quando deveria explodir, sua boca rosada está machucada pelos frequentes abusos, nenhum professor a ama, ela é a excluída, e ainda por cima não tem amigos. Não tira notas baixas, mas os professores sempre querem tirar um décimo ou outro, então por que não contar a minha história sofredora?
Continua....
Última edição por Missy Jimmy em Ter 18 Set 2012, 14:38, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Um Pequeno Erro)
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