Debaixo da cama

por lobonegrocontos Sex 22 Fev 2019, 12:05

Boa Tarde meu povo Sem Noção, venho trazer mais uma historia que espero que gostem. Se ainda não curtiu a Fan Page pode ir lá que já tem mais novas historias.

Debaixo da cama –

Laila era uma menina de 8 anos de idade. Como qualquer garota nesta idade ela já se sentia bem independente e achava que podia tomar suas próprias decisões e cuidar de si. Não gostava de ser tratada como filhinha da mamãe e do papai e odiava quando sua mãe lhe chamava de bebê. Se achava uma adolescente, mesmo faltando muito para isso.

Seus pais sempre estavam cuidando muito bem dela, e como qualquer pai e mãe superprotetores faziam questão de tomar conta de cada passo da vida dela. Em um certo ponto essa proteção podia beirar o limite da intimidade. Mas eles não ligavam muito para isso, afinal sua filha era bem jovem e eles realmente a enxergavam como um frágil bebê a ser bem tratado.

É claro que para muitas famílias, ter pais que se preocupam tanto, é uma coisa ótima, mas como tudo tem seus prós e contras Laila não enxergava dessa maneira, pelo menos no seu ponto de vista.

Laila sempre teve horário para quase tudo... comer, brincar, horário para voltar para casa quando estava em alguma amiga e até mesmo para dormir. E quando não estava sendo supervisionada por seus pais, por algum motivo deles, ela era cuidada por sua babá.

Laila não se sentia muito confortável com toda essa supervisão, ela queria ter um pouco mais de independência. E seu único amigo em toda a casa era Bully seu pitbull. Até seu cão, de certa forma, estava ali para protegê-la, mas nesse caso a menina tinha muita afeição por ele e o cão, claro, retribuía de forma clara ao amor de sua querida amiga Laila.

Toda a noite Bully se deitava ao lado da cama de Laila e quando ela estava com medo, por alguma coisa, e ela era bem medrosa quando a noite caía, automaticamente ela colocava sua mão ao lado de sua cama e lá estava seu bom amigo para lamber seus dedos. Assim Laila se sentia protegida e voltava a dormir confortavelmente.

Certo dia seus pais iriam comemorar mais um aniversário de casamento e o pai de Laila havia se esquecido de ligar para a babá. Já era noite e estava quase na hora de saírem. Visto ter ligado muito em cima da hora a babá não podia tomar conta de Laila aquela noite. Preocupados com o fato de deixar sua menininha sozinha em casa eles até cogitaram não sair aquela noite, mas a reserva era super disputada e cara no restaurante e já estava tudo adiantado. Eles não podiam perder aquela oportunidade, então com muito aperto no peito resolveram deixar Laila sozinha em casa pela primeira vez.

A menina poderia até soltar fogos de artifício de tanta alegria por finalmente ficar em casa sozinha naquela noite. Seus pais por outro lado fizeram uma infinidade de regras para que a menina pudesse se comportar até que eles voltassem. Se responsabilizaram de trancarem a porta que só seria aberta em seu retorno.

Depois de uma longa conversa que quase os atrasou para a reserva no restaurante, os pais de Laila deram um demorado beijo e abraço e se despediram da menina. “Estamos trancando a porta Laila, mas não esquece de trancar as janelas do quarto”, eles ainda enfatizaram, “trancar e não fechar mocinha”

Finalmente seu sonho estava se realizando, uma noite como menina independente. Sem pai, nem mãe e nem babá, só ela e Bully seu fiel companheiro, o melhor amigo do homem. Que naquele caso estava sendo o melhor amigo da menina.

Tv até depois da hora de dormir, celular e doces estavam entre suas tarefas preferidas como alguém que parecia estar curtindo seu primeiro dia de liberdade após anos de regime fechado. Mas a menina era alguém com responsabilidades. Seus pais haviam lhe ensinado muito bem como ser uma pessoa responsável, mesmo que fizessem isso praticamente agarrados nela.

Já se sentindo bem cansada, Laila olha para o relógio e vê que o relógio estava quase batendo 00:00 e nem sinal de seus pais. A menina então desligou a tv e foi para a parte de cima da casa. Escovou os dentes no banheiro que ficava no final do corredor, foi até o quarto de seus pais e se dirigiu até a janela para poder trancar e dormir tranquila.

Assim que desceu a metades da janela ela tentou trancar, mas parecia que a trinca não se encaixava. A menina então fez força e mais força... tentou de todo jeito trancar aquela janela, mas sem sucesso. “Eles já devem estar quase chegando”, ela pensou. Então ela deixou a janela apenas fechada e foi para o seu quarto. Trancou sua janela e se deitou junto a Bully que já estava ao pé da cama da jovem.

Pouco tempo após pegar no sono Laila escuta em barulho leve, mas o suficiente para lhe acordar. Pensou que fosse seus pais, mas não ouviu mais nada. Colocou seu braço ao lado da cama e sentiu um lamber de seus dedos, ficou mais calma e se deitou novamente.

Desta vez Laila ouviu um barulho de goteira vindo do banheiro no fim do corredor. A menina começou a se assustar, o que não era uma coisa muito difícil em seu caso. Laila não queria levantar da cama para ver e puxava seu lençol contra seu corpo como se fosse algum tipo de escudo. Como que por instinto, novamente a menina coloca sua mão para ver se seu amigo Bully estava ao seu lado e sentiu mais uma vez a língua em seus dedos.

Mas Laila já não conseguia dormir com aquela goteira e também ela achou que poderia não ter fechado muito bem a torneira quando foi escovar seus dentes. Como ela sabia que Bully dormia ao lado da cama a menina saiu pelo, sentou-se à beira da cama e rapidamente se levantou e foi até a porta. Passos lentos até o banheiro, num caminho que parecia ter dobrado de tamanho e que levaria horas até chegar ao destino.

“Você já tem 8 anos caramba”, pensou Laila, “se quer ser alguém independente precisa perder o medo”. Ela repetia essa frase em sua cabeça tentando se convencer que não estava com as pernas tremendo. Ainda mais quando viu a porta de seus pais encostada e ela tinha certeza que havia fechado antes de dormir.

Mais alguns passos e ela chegaria até o banheiro para fechar a torneira, uma tarefa simples para uma menina crescida. Laila então coloca sua mão na maçaneta da porta e escorregou sua mão na parede a procura do interruptor. Antes que pudesse acender a luz ela sente um cheiro estranho “esgoto?”, ela pensa.

A luz da lâmpada ilumina o banheiro e revela uma imagem tenebrosa e assustadora para a jovem Laila. Seu amigo Bully está deitado no chão do chuveiro, com gotas caindo em seu corpo ensanguentado. Tripas expostas e um péssimo odor.

Laila quase vomita enquanto está em choque pelo que vê. O banheiro estava totalmente ensanguentado e quando ela olha ao seu redor vê uma mensagem escrita pelo sangue de seu amigo no espelho: Não é só o cão que sabe lamber! Antes mesmo que ela tivesse alguma reação, Laila olha no canto do espelho e vê a porta de seu quarto sendo aberta lentamente por uma mão.... mão esta que segura uma faca escorrendo sangue.