A chave do apocalipse - 5

O demonio me olhava, e seu cão também. Senti meu celular vibrar. Achei que fosse imaginação, eu estava morta e não era possivel existir sinal no inferno. A vibração parou. Ele me apontou uma poltrona, e sentou em outra, a minha frente. Ele era diferente do que imaginara. Cabelos loiros lisos, penteados para trás, olhos pretos, alto. forte e muito lindo. Um arrepiou subiu pela minha coluna.

-Bebida? - ele me ofereceu uma taça com um liquido vermelho. - É sangue.
Aceitei, desconfiada. No primeiro gole, notei que tinha fome.
-É bom!
-Eu sei. - sua voz era linda, meio grossa, meio rouca. - Então, agora que trabalha para mim, podemos...nos conhecer melhor.
-Como assim? - estremeci. Ele se colocou de pé, ao meu lado.
-venha. - ele estendeu a mão. Eu a segurei e ele me guiou à escuridão. - Vou mostrar-lhe seu quarto.

Meu quarto. As palavras me lembraram outro mundo. O mundo em que eu e Juan eramos felizes. Em um quarto, vendo filme de terror, lembro de ter beijado Alan, pela primeira vez. Em um quarto, com 6 anos, lembro-me de ver minha mãe dar a luz a Juan. Em um quarto, eu morri.

-Ai está. - sua voz penetrou em minhas lembranças.

Meu quarto era grande. As janelas estavam cobertas por cortinas de veludo negro. Uma cama com dossel e grandes travesseiros. Uma escrivaninha antiga com um lampião, pergaminhos e penas. Imaginei as pessoal de séculos atrás. Ele, com certeza, não era novo. Mas, de repente, um estrondo nos fez virar. Vinha da sala. Cerberos começou a latir, até que algo o fez parar, com um som de quebra. Saímos correndo para baixo. Juan estava correndo até a escada, Fernanda sentada sobre o corpo de Cerberos e Thiago com uma espada, correndo pela sala, me procurando.

-Gabe! - Juan correu para meus braços, e eu o peguei no colo. Meu irmão estava a salvo. - Você é idiota? Como você foi fugir? Sua besta!
-Calminha! - segurei os braços deles a uma distância segura do meu rosto. Seu rosto estava manchado de lágrimas. Abracxei o mais forte que pude, chorando junto. - Nunca mais vamos nos separar amor! Nunca!
-É bom mesmo! - ele falou contra meu peito. - Agora vamos embora!
-Não podem! - Lúcifer falou em voz alta. - Se fugir de mim, querida, matarei seu irmãozinho e os dois panacas ali.
-Panaca? - Fernanda correu até ele e o chutou. - Nunca mais me ofenda seu babaca!
Ele se contorceu no chão. Thiago e Juan seguraram Fernanda, sabendo o quão ruim era ser chutado.
-Calma! - Juan segurou-a contra o chão e a olhou nos olhos.
-Gabe, vamos! - Thiago estendeu-me a mão e me olhou nos olhos.
-Não posso. - minha resposta provocou choque neles. Fernanda parou de se debater e Juan esqueceu de segura-lá. Thiago subiu até um degrau abaixo de mim.
-Como assim? Vamos. Fique conosco. Podemos proteger vocês.
-Não! Ele prometeu proteger Juan. Eu não posso deixa-lo. - lágrimas caiam no chão, eu tremia de medo e dor.

Uma luz invadiu a casa. Thiago se jogou no chão e rolou escada abaixo...o céu contra atacava.

pode continuar
ta otima a historia

Muitoo boom
continua !!!