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Renegado pelo Sagrado

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Mensagem por Euzinha Qua 02 Fev 2011, 12:18

Neste site escrevi já dois episódios relacionados com a minha linhagem paterna logo não irei fazer a tipica introduçãozinha a explicar porque aqui escrevo. Se quiser leitor terei todo o gosto em que veja os outros dois depoimentos. Sei que isto é um forum de discussão. Por favor sinta-se à vontade para colocar qualquer questão. Repito o que disse antes nada disto é fruto de imaginação.

Já antes escrevi sobre meu avô, mas este acontecimento aconteceu vários anos após a morte do seu amigo (leia o cão das sombras). A quinta onde ele laborava era a mesma.Permitam-me que vos descreva o tipo de patrão que o meu avô tinha. Neste mundo, infelizmente a riqueza em vez de gerar bondade, muitas vezes leva ao de cima o que de mais maldoso o ser humano tem. Este homem em particular era de uma mesquinhes e de uma perversidade terriveis. Sempre foi sozinho, não casou porque mesmo com tamanha fortuna ninguem queria que sua filha se uni-se a tal ser. Tudo o que lhe restava eram alguns irmãos que se encontravam emigrados talvez na França e no Brasil e estes não se mostravam dispostos a manter contacto com ele.

O meu avô sempre me contava que ninguem, nem os empregados falavam com ele por medo. A quinta tinha imensos cães de porte consideravel, e o meu avô nunca soube mencionar a raça mas eram enormes e ao que parece os únicos objectos de afeição do patrão. Como já disse no interior de Portugal, as pessoas eram muito pobres, viviam da terra. Mesmo assim, o dinheiro não chegava e muitas tinham que mendigar. Toda a vez que iam aquela quinta era certo que sairiam de lá perseguidos pelos cães e meu avô referiu que alguns chegaram a falecer.

Ora, por mais malvados de sejamos o certo é que não somos eternos e, acometido por qualquer efermidade o homem acabou por falecer. Os familiares foram informados mas deram logo a ordem para fazerem de uma vez o velório e o enterrarem porque não chegariam a tempo do funeral. Na noite após a morte do seu patrão o meu avô dizia-nos que começaram a ocorrer coisas estranhas, uivos de cães intensos como se estivessem a ser estrilhaçados. Claro que foram ver ao canil como estavam os cães que o falecido patrão tanto venerava. Espanto geral quando deram com eles a dormir e sem sinal de agitação. Do nada ouviram um grito dentro da casa de uma velha governanta que quando os viu lhes disse que um cão negro tinha entrado no quarto onde se encontrava o corpo do morto, que o fossem buscar e o colocar o canil. Meu avô insistiu que tinham vindo de lá e que todos os animais estavam trancados mas ainda assim entraram. Na penunbra axaram ter visto um par de olhos que os observava mas depois de terem acendido as luzes viram que nada estava no quarto à excepção do defunto. Claro está caro leitor foi o alvoroço total. Nessa noite ninguem dormiu.

No dia a seguir procedeu-se ao enterro e todos notaram um enorme cão a rondar o cemitério,oras não se procuparam...a morte atrai sempre animais famintos não é assim?
Finalizado o funeral todos partiram para suas casas e pensavam onde iriam trabalhar mais já que a quinta ia ser vendida e ninguem se lembrou mais do que aconteceu na véspera.

Um dia após o funeral um grupo se pessoas que tinha ido ao cemitério entra a correr pela sacristia gritando pelo padre:
-Senhor Padre venha rápido ao cemitério.
O padre alvoraçado chega ao local e tomado pelo horror vê que o caixão do homem tinha sido retirado da cova e que um enorme cão negro se encontrava em cima dele. Apressou-se a enxota-lo e mandou enterrar o caixão de novo pois poderia ter-se tratado de obra de salteadores de tumúlos. Meu avô disse-nos que quando soube se apressou a dizer que aquela alma não deveria estar em solo sagrado e que até que fosse retirado o seu corpo do cemitério estas coisas se iriam repetir. E repetiram-se...por mais três vezes.

Não aguentado mais a situação, mas não querendo enterrar um seu paroquiano em solo consierado profano, o padre conjecturou a hipótese de o mandar para um cemitério numa paróquia vizinha. Bem, colocado o caixão na carroça lá partiram em direcção à próxima aldeia. Do nada, no meio do caminho o mesmo cão aparece, os cavalos assustam-se a carroça vira e o caixão rebola encosta abaixo. O padre então não suportando mais provações decide enterra ali mesmo o caixão. O cão desapareceu do nada e nunc mais aquele povo foi importunado.

Caro leitor agora você poderá questionar: o seu avô pode ter mentido e ser apenas uma história. Tudo bem, mas claro que como pessoa curiosa que sou, pedi ao meu pai para me levar ao local e encontrei uma campa rasa com uma simples pedra tumular e já com as letras apagadas. Acaso? Não sei, decida por si...Mas o que quer que tenha acontecido só parou e encontrou a "paz" quando o homem se encontrou fora de solo sagrado. Quanto ao misterioso cão esse desapareceu e não voltou nunca mais.

Euzinha

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Mensagem por ♥Mimi♥ Qua 02 Fev 2011, 15:29

legalzinha :DDDDD
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