A Casa do Horror

Aconteceu em 15 de julho de 2010.
Eu ia começar o segundo ano do ensino médio numa escola chamada Arroyo High School, em Phoenix, Arizona.
Era época das férias de verão e todos procuravam algo legal pra passar o tempo. A maioria dos meus colegas viajou. Mas eu, minhas amigas Margareth (Meg) e Claire, o irmão da Meg, Dennis, e o meu namorado Evan decidimos ficar em Phoenix. Ok, Meg e eu não decidimos exatamente, pois Dennis estava de recuperação e minha irmã Lauren estivera adoentada, de modo que precisava descansar e nem eu nem meus pais quisemos deixá-la sozinha. Ah, até esqueci. Meu nome é Sutton Monroe.
Enfim, naquele dia Claire me ligou eufórica e pediu que eu, Lauren e Evan fôssemos à casa dela o mais rápido possível. Pensei que era só mais uma das invencionices toscas dela. Deus, eu estava terrivelmente certa.
Evan nos levou até a casa de Claire, onde Meg e Dennis já tinham chegado. Claire nos mandou sentar rápido e começou a explicar o porquê de ter nos chamado.
- A Casa do Horror é muito maneira! Um monte de gente foi lá! Deve ser muuuuito incrível!
- Dan Watson nunca mais foi à escola depois de ir lá - Dennis argumentou.
- Norah Steven também não. - Lauren disse
- E Rebecca White. - eu acrescentei.
- Credo, vocês são muito pessimistas.
- Pensa, Claire. Eles ficaram perturbados depois de irem lá. - Evan, com o tom maduro que eu tanto adorava nele, respondeu.
Claire revirou os olhos.
- Covardes.
Dennis fez uma careta de raiva. Claire acabara de ferir seu ego.
- O caramba. Talvez a gente deva ir.
- Dennis!
- Ah qual é, Meg? É covarde?
- Pronuncia-se sensata.
- Geeenteee, poooor favooooor... - Claire implorou.
- Não tem nada melhor pra fazer mesmo. - Lauren resmungou. Após alguma discussão, decidimos ir.
Viajamos no fim de semana. A Casa do Horror ficava nas proximidades de Phoenix, talvez a uns 10 km.
A "casa" lembrava mais uma pousada. Entramos. A "recepção" tinha uma mesa com algumas cadeiras. Em cima dela, comida e uma carta.
"Bem-vindo à Casa do Horror. O desafio é passar a noite inteira nela. Antes de entrar no quarto, sirvam-se dessa comida. Não a levem para dentro. O vencedor ganha um prêmio surpresa."
- Leeegaaal! - Claire estava mesmo animada. Já que estávamos ali, entramos.
O quarto era beeem simples. Só havia uma luminária no teto e cinco portas.
Tivemos uma pequena discussão pra saber em que porta entrávamos. Eu, Meg e Evan queríamos a segunda porta; Lauren e Dennis queriam a primeira e Claire, a quarta. Fizemos votação e entramos no quarto 2.
Não sei o que me fez escolher aquela merda.
Era assustador. Um quarto pequeno, sem móveis, frio e com uma janela que mostrava a chuva torrencial que curiosamentr não caia quando chegamos.
- Quero ir embora. - Meg murmurou, trêmula.
- Vocês escolheram esse quarto! - Claire protestou.
- Tá muito frio aqui... - Dennis fechou o casaco até o pescoço.
- Calma gente... É só uma noite... - Lauren parecia calma, mas seu tom era nervoso.
Evan percebeu que eu estava com frio e me cobriu com seu casaco. Recostei-me em seu ombro e nós dois rapidamente caímos no sono.
Todos foram acordados pela trovoada. Ela iluminou o quarto, e todos vimos aquilo.
Não sabíamos se era real, mas era horrível demais.
Era uma menina. Uma menininha linda. Tinha cabelos negros e longos, e usava um vestido cor-de-rosa até os joelhos.
Não tinha como ela ter entrado.
Súbito, tudo piorou de uma vez.
Os olhos dela ficaram brancos e começaram a sangrar. O sangue escorreu e manchou seu vestido. Ela se tremia por inteiro e começou a murmurar coisas que ninguém entendia.
Eu desmaiei nos braços de Evan e acordei enquanto descíamos uma escada.
- Onde a gente tá?
- A Margareth encontrou um alçapão. - Lauren disse.
De cara, percebi que havia algo errado.
- Lauren. - Eu disse, levantando.
- Quê?
- Você nunca chamou a Margareth pelo nome. Só pelo apelido.
Ela me olhou desmascarada.
- E a Meg é a última pessoa que encontraria uma saída. Ela é lerda demais pra isso.
Todos arregalaram os olhos.
- Vocês não são meus amigos.
Foi só eu dizer isso que todos ficaram com os olhos vermelhos e garras e presas gigantescas.
Eu corri. Nem vi pra onde. Só corri. E caí. Por um bom tempo. De uma vez, senti meus ossos batendo violentamente no chão. Foi uma dor intensa. Mas quando dei por mim, eu estava do lado de fora da casa maldita.
Em cima de mim, havia um bilhete. Eu mal conseguia levantar o braço, mas fiz uma força tremenda.
"Parabéns, Sutton Monroe! Você venceu a Casa do Horror! Olhe para sua esquerda e veja seu prêmio!"
Virei rápido, me levantei com uma força que eu não sabia que tinha. O sol nascendo iluminava meu caminho sem rumo. Eu não sabia para onde ir, mas não ia ficar ali por nem mais um único segundo.
Meu prêmio?
Os restos mortais dos meus amigos.
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Made by me *0*
Gostaram?

Muito legal!

Muito boa.

Nossa Rosy, realmente ótima! Amei!