Perdido
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Perdido
Está escuro aqui... Não consigo respirar direito, tem terra nos meus olhos e estou com uma dor horrível no braço esquerdo.
Mas afinal... Onde diabos eu estou?
Estou deitado, meu espaço é estreito, úmido e muito desconfortável. Minhas pernas estão levemente dobradas. Não enxergo nada além de um minúsculo feixe de luz, quase invisível, que sai de cima dos meus pés. Bati meu joelho enquanto tentava me mover, acho que têm madeira em cima de mim.
Com esforço, consegui mexer meu braço direito e empurrar o que quer que estivesse alí. A madeira quebrou.
Meus olhos arderam com a luz do dia, demorei para me acostumar com a claridade. Tirei a terra do meu rosto e consegui me sentar.
Eu estava no meio do nada. Dei uma olhada ao redor e deduzi que era uma ilha, deserta e isolada. Haviam coqueiros, bananeiras e palmeiras espalhados pelo meu campo de visão. Percebi que estava perto de uma praia vazia, com nada mais além do mar e da areia limpa.
Olhei para o lado oposto. Havia uma manada de búfalos, correndo pela floresta, como se apostassem corrida. A terra estava levemente molhada, provavelmente chuva.
Não conhecia aquele lugar.
Quebrei o resto da madeira podre e me levantei com um pouco de esforço. Estava estranhamente cansado e fraco, com sede, desgastado.
Dei uma olhada no meu braço esquerdo, estava completamente enfaixado e com uma mancha de sangue no cotovelo. Acho que estava quebrado, pois tentei vira-lo e quase explodi de tanta dor.
Precisava me lembrar...
Ah sim, agora eu me lembro.
Meu nome é David... David Blaze, algo assim.
Andei um pouco, desnorteado e um pouco zonzo. Estava tentando lembrar.
Como eu tinha chegado até alí, onde era alí...
Me sentei depois de andar por umas duas horas. Estava esgotado, no meio do nada e sem nada.
Estava anoitecendo, e eu enlouquecendo. Olhei para o céu do entardecer e gritei, botando pra fora toda a angústia, tristeza e raiva que estava comigo naquele momento. Desmaiei.
Acordei no mesmo lugar, agora estava um pouco mais são. Me levantei, andei um pouco e encontrei um lago de água cristalina, pura. Bebi e me senti regenerado.
Por fim, me decidi que não me lembrava de nada, apenas flashbacks e um rosto. Não sei de quem é, mas sei que é feminino e me conforta. E do rosto de um homem, que me causava medo por alguma razão.
Resolvi cuidar de mim mesmo, depois daria um jeito de buscar meu passado. Estava mais calmo.
Fui até uma bananeira e peguei umas três folhas, e com uma pedra e alguns nós eu consegui fazer um apoio para o meu braço quebrado. Foi doloroso coloca-lo na posição mas depois a dor cessou. Peguei algumas toras e as amarrei fazendo um tipo de bastão improvisado, afinal, precisava me proteger.
Vasculhei os bolsos da calça rasgada e suja, encontrando duas moedas de cinco centavos, um isqueiro cheio e um papel queimado com as letras TK. Resolvi guardar o papel e as moedas por algum motivo.
Já havia anoitecido. Peguei uns galhos espalhados pelo solo e alguns punhados de mato, enrolei tudo dentro de uma bola de folha de bananeira, amarrei a minha arma improvisada e acendi, fazendo uma bela e grande tocha.
Eu precisava de alimento, abrigo e algo pra guardar suprimentos. Escutei um barulho, e quando me virei um urso adulto estava em cima de mim, e minha tocha havia sido lançada pra longe.
Mas afinal... Onde diabos eu estou?
Estou deitado, meu espaço é estreito, úmido e muito desconfortável. Minhas pernas estão levemente dobradas. Não enxergo nada além de um minúsculo feixe de luz, quase invisível, que sai de cima dos meus pés. Bati meu joelho enquanto tentava me mover, acho que têm madeira em cima de mim.
Com esforço, consegui mexer meu braço direito e empurrar o que quer que estivesse alí. A madeira quebrou.
Meus olhos arderam com a luz do dia, demorei para me acostumar com a claridade. Tirei a terra do meu rosto e consegui me sentar.
Eu estava no meio do nada. Dei uma olhada ao redor e deduzi que era uma ilha, deserta e isolada. Haviam coqueiros, bananeiras e palmeiras espalhados pelo meu campo de visão. Percebi que estava perto de uma praia vazia, com nada mais além do mar e da areia limpa.
Olhei para o lado oposto. Havia uma manada de búfalos, correndo pela floresta, como se apostassem corrida. A terra estava levemente molhada, provavelmente chuva.
Não conhecia aquele lugar.
Quebrei o resto da madeira podre e me levantei com um pouco de esforço. Estava estranhamente cansado e fraco, com sede, desgastado.
Dei uma olhada no meu braço esquerdo, estava completamente enfaixado e com uma mancha de sangue no cotovelo. Acho que estava quebrado, pois tentei vira-lo e quase explodi de tanta dor.
Precisava me lembrar...
Ah sim, agora eu me lembro.
Meu nome é David... David Blaze, algo assim.
Andei um pouco, desnorteado e um pouco zonzo. Estava tentando lembrar.
Como eu tinha chegado até alí, onde era alí...
Me sentei depois de andar por umas duas horas. Estava esgotado, no meio do nada e sem nada.
Estava anoitecendo, e eu enlouquecendo. Olhei para o céu do entardecer e gritei, botando pra fora toda a angústia, tristeza e raiva que estava comigo naquele momento. Desmaiei.
Acordei no mesmo lugar, agora estava um pouco mais são. Me levantei, andei um pouco e encontrei um lago de água cristalina, pura. Bebi e me senti regenerado.
Por fim, me decidi que não me lembrava de nada, apenas flashbacks e um rosto. Não sei de quem é, mas sei que é feminino e me conforta. E do rosto de um homem, que me causava medo por alguma razão.
Resolvi cuidar de mim mesmo, depois daria um jeito de buscar meu passado. Estava mais calmo.
Fui até uma bananeira e peguei umas três folhas, e com uma pedra e alguns nós eu consegui fazer um apoio para o meu braço quebrado. Foi doloroso coloca-lo na posição mas depois a dor cessou. Peguei algumas toras e as amarrei fazendo um tipo de bastão improvisado, afinal, precisava me proteger.
Vasculhei os bolsos da calça rasgada e suja, encontrando duas moedas de cinco centavos, um isqueiro cheio e um papel queimado com as letras TK. Resolvi guardar o papel e as moedas por algum motivo.
Já havia anoitecido. Peguei uns galhos espalhados pelo solo e alguns punhados de mato, enrolei tudo dentro de uma bola de folha de bananeira, amarrei a minha arma improvisada e acendi, fazendo uma bela e grande tocha.
Eu precisava de alimento, abrigo e algo pra guardar suprimentos. Escutei um barulho, e quando me virei um urso adulto estava em cima de mim, e minha tocha havia sido lançada pra longe.
Gates- Moderador Global
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Re: Perdido
Uau , continua! *-*
Morfina- Moderador Global
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Re: Perdido
Continua Mafy
Giacomo Amato- Moderador Global
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Re: Perdido
Oloko -v- continua luke
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Re: Perdido
Por um momento, entrei em choque, eu deitado e o urso alí, me encarando com os dentes a mostra. Ele tinha o triplo do meu tamanho e peso, e ele tinha presas, eu não tinha nada.
O Urso parecia não ter pressa. Parecia gostar do meu pânico, da minha impotência. Resolvi que não queria morrer.
Acertei os olhos dele com força usando meus dedos, e ele pareceu surpreso e desnorteado por um instante. Ele se levantou, apoiado apenas nas patas traseiras, pronto pra me esmagar mas deixando uma brecha. Me arrastei para trás e rolei para o lado bem a tempo de escapar de uma morte trágica, e o urso não gostou de bater a cara no chão.
Corri em direção a tocha, e ele correu atrás de mim. A tocha havia botado fogo em uma árvore próxima e no mato em volta, mas não dei muita importância. Peguei a tocha com as duas mãos e a brandi contra o urso, mas não o assustou muito, pois ele recuou e logo investiu na minha direção. Pulei para a esquerda e dei a volta nele, atrás dele havia fogo. Soube o que fazer na hora.
O urso urrou pra mim. Balancei minha tocha como resposta. Atingi o focinho dele num golpe diagonal, e ateei fogo nos pelos do seu rosto. Ele rugiu de dor. Num ataque horizontal, acertei a lateral do seu corpo, e ele tombou para o lado, em cima de um pouco de mato seco. Botei fogo numa flor ao lado, e o fogo se espalhou, queimando o urso que rugia e se contorcia de agonia e dor.
Eu havia vencido.
Larguei minha tocha, caí de joelhos e desmaiei.
Quando eu acordei, a floresta estava com diversas árvores queimadas, algumas ainda pegando fogo. O urso estava carbonizado, e minha tocha havia sido consumida inteira durante a noite. Me pergunto como não morri com a fumaça.
Me levantei, balancei a cabeça e fui em direção ao urso. Coloquei o pé acima de sua cabeça, levantei os braços e gritei como comemoração.
Peguei uma pedra grande que estava perto do lago, e golpeei a barriga do urso com ela, abrindo um buraco. Peguei um punhado de carne e guardei no bolso.
Andei um pouco, um pouco tonto. Encontrei maçãs no caminho. Fui caminhando, e encontrei uma caverna, tinha uma fogueira acesa lá dentro. Tinha gente por perto.
O Urso parecia não ter pressa. Parecia gostar do meu pânico, da minha impotência. Resolvi que não queria morrer.
Acertei os olhos dele com força usando meus dedos, e ele pareceu surpreso e desnorteado por um instante. Ele se levantou, apoiado apenas nas patas traseiras, pronto pra me esmagar mas deixando uma brecha. Me arrastei para trás e rolei para o lado bem a tempo de escapar de uma morte trágica, e o urso não gostou de bater a cara no chão.
Corri em direção a tocha, e ele correu atrás de mim. A tocha havia botado fogo em uma árvore próxima e no mato em volta, mas não dei muita importância. Peguei a tocha com as duas mãos e a brandi contra o urso, mas não o assustou muito, pois ele recuou e logo investiu na minha direção. Pulei para a esquerda e dei a volta nele, atrás dele havia fogo. Soube o que fazer na hora.
O urso urrou pra mim. Balancei minha tocha como resposta. Atingi o focinho dele num golpe diagonal, e ateei fogo nos pelos do seu rosto. Ele rugiu de dor. Num ataque horizontal, acertei a lateral do seu corpo, e ele tombou para o lado, em cima de um pouco de mato seco. Botei fogo numa flor ao lado, e o fogo se espalhou, queimando o urso que rugia e se contorcia de agonia e dor.
Eu havia vencido.
Larguei minha tocha, caí de joelhos e desmaiei.
Quando eu acordei, a floresta estava com diversas árvores queimadas, algumas ainda pegando fogo. O urso estava carbonizado, e minha tocha havia sido consumida inteira durante a noite. Me pergunto como não morri com a fumaça.
Me levantei, balancei a cabeça e fui em direção ao urso. Coloquei o pé acima de sua cabeça, levantei os braços e gritei como comemoração.
Peguei uma pedra grande que estava perto do lago, e golpeei a barriga do urso com ela, abrindo um buraco. Peguei um punhado de carne e guardei no bolso.
Andei um pouco, um pouco tonto. Encontrei maçãs no caminho. Fui caminhando, e encontrei uma caverna, tinha uma fogueira acesa lá dentro. Tinha gente por perto.
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Re: Perdido
Continua MAAAFY
Giacomo Amato- Moderador Global
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Re: Perdido
Continua Luks -v-
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Re: Perdido
continua luks -v-
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Re: Perdido
continua luks -v-
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