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O cavalo xerife

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O cavalo xerife Empty O cavalo xerife

Mensagem por C.roberto.m Sáb 01 Mar 2014, 16:42

Eriberto era o cavaleiro mais veloz daquele lugar. 
Seu cavalo, chamado Xerife, corria mais do que qualquer 
um de toda a região de Criciúma.
Desde pequeno ele tratava o animal com uma medida de 
pólvora e outra de pimenta misturadas à ração. 
O cavalo cresceu soltando fogo pelas ventas e 
correndo feito um desesperado.
Eriberto nunca havia perdido uma aposta, Xerife ganhava todas.
Nesses tempos, Eriberto ele havia se enrabichado pela filha do coronel 
Otacílio, uma moça pra lá de formosa. Como o namoro era proibido, 
eles se encontravam às escondidas.
Era noite quando ele silenciosamente aproximou-se do local do encontro. Era uma cabana que ficava na estrada próxima à casa do coronel.
- Silêncio Xerife, já estamos chegando. Se você se comportar, 
prometo caprichar em sua ração.
Amarrou o cavalo na porta da cabana e entrou nela em total escuridão.
Reparou no vulto que o esperava sentado. Retirou com velocidade 
espantosa a roupa e abraçou a mulher. Ao tentar beijar-lhe os 
lábios as luzes se acenderam. Com um imenso susto 
Eriberto deu um salto para trás. 
Estivera abraçado à avó de sua namorada.
- Cabra, se prepara que agora vais morrer 
de tanto chumbo que vou lhe enfiar.
Olhando para o lado, ele viu a figura aterradora do coronel 
segurando uma pistola. Aquilo era uma cilada.
Sem esperar, correu e pulou pela janela. 
Deu um salto montando em Xerife e disparou. O coronel sentou o dedo 
na pistola e o cavalo correu como nunca antes.
- Corre Xerife, corre que o coronel quer nos matar... ...Aaaaiiii!
Eriberto sentiu o chumbo queimando suas carnes. 
Uma bala havia lhe atingido a nádega esquerda.
- Corre meu cavalinho, corre como nunca correstes.
O cavalo correu em velocidade descomunal.
Eriberto começou a escutar um assobio perto de seu ouvido direito. 
O assobio não passava. 
Olhou então em direção ao desconhecido barulho.
- Acelera Xerife, acelera que a bala emparelhou.

Fonte:Alma de poeta
C.roberto.m
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