Uma Nova Era

Capitulo 1 – Uma nova Era


13 de junho de 2014... Foi nesse dia que tudo começou. Recordo-me como se fosse ontem e sei que será uma data dificilmente esquecida, provavelmente... Nunca a esquecerei. Foi nesse dia que o maior evento mundial se iniciou... Os humanos o chamam de “Copa do Mundo” e este ano, ele aconteceu no Brasil... Não sei qual o principal objetivo deste famoso evento entre as nações, porém, sei que ele é muito barulhento e esses fogos, essas buzinas, as gritarias... Não me deixaram dormir. A ultima coisa que me lembro foi de uma confusão em meu lar que ocorrerá por volta da meia noite:




~ - Papai? Aonde vai com tanta pressa?
- Guilherme, volta para cama já!
- Papai, eu estou com medo... Porque esta guardando a comida na caixa?
- Já disse para voltar para cama!
- Onde esta a Mamãe? ...
- Querido, obedeça seu pai! Precisamos sair daqui agora!
- Mamãe, está me apertando com força... Eu vou de pijama? Espere!
- Querido, já pegamos tudo?
- Já meu bem, apenas o essencial, vamos rápido.
- Papai, Zork não vem conosco?
- Não, agora vamos ~



Eu não entendo por que não me levaram naquele dia... Por quê? Poderíamos estar juntos como uma família de novo!!!  Infelizmente, a porta bateu, cerca de duas horas depois, um clarão tremendo surgiu pela Janela, não enxerguei nada... Durou cerca de quinze minutos e após este tempo, já não se ouvia mais nada... A cidade toda em silencio... Finalmente eu pude dormir... A primeira coisa que pensei foi “O que será que vão me trazer de alimento amanha?”


Continua...

Continua mano!

Continua, ou cabeças vão rolar e_e

Ao acordar, minha primeira reação foi olhar ao redor. A brisa gélida e suave entrava por baixo da porta, os raios de sol entrando pelas madeiras que foram colocadas nas janelas ontem, iluminaram o ambiente e estava uma zona... Perguntava-me “Será aqui mesmo minha casa?” Me lembro de não ouvir nada na rua, nem um barulho, nem carros, nem pessoas... Nada, estava totalmente deserto... As horas foram se passando e a minha família não havia retornado, será algum engarrafamento? Pensei. Impossível, não havia carros nas ruas, rebati.

Quando o relógio marcou meio dia, sabia que algo estava errado... Tentei abrir a porta, mas estava trancada pelo lado de fora e as madeiras que ali foram colocadas também não me permitiam passar... As janelas? Nem pensar... Não seria uma queda legal do décimo andar. Sim, eu estava preso...

Distrai-me com meus brinquedos e quando olhei no relógio novamente: Três da tarde e ainda a mesma coisa, nem sequer um ruído... O que acontecera com todo mundo? Lembro-me de levar um susto quando a televisão voltou a funcionar.


~ - Bom dia cidadãos! Estamos informando que todas as pessoas presentes em Minas Gerais devem se retirar para São Paulo imediatamente, o Estado já esta sendo evacuado e vocês podem acompanhar agora o processo da evacuação da primeira grande capital: Belo Horizonte. Fiquem ligados para mais noticias~


Evacuação? Como assim? Pensei. E naquele momento, comecei a chorar, gritando pela minha família... e mais uma vez me perguntei: “Por que não me levaram junto?”
 

Continua...

Depois de longas horas de tristeza profunda, o Sol se põe e finalmente algum som. Os insetos do lado de fora se manifestaram pela primeira vez com um som bem perturbador, porém, foi o primeiro sinal de vida que ouvi depois de um dia, então, era praticamente música para meus ouvidos. A noite fria finalmente chega e já não conseguia ver mais nada do lado de fora, minha única fonte de luz era a televisão, por incrível que pareça, eu não sabia como os humanos ligavam as luzes, então, não me arriscaria a fazer algo desconhecido...

Quando arrastei minha cama para a sala, ouvi um estrondo bem forte na porta, será finalmente minha família? Comecei a gritar e pular de alegria, mas o ser do outro lado não correspondia meus chamados, apenas lutava desesperadamente para entrar, fiquei com o coração na mão, me escondi de baixo das cobertas e desliguei a televisão. Estava tudo escuro.

Não me lembro o que aconteceu de novo, possuo apenas uma breve recordação deste momento, me recordo de ouvir um rugido assustador vindo da porta, seja lá o que estivesse ali, estava determinado a entrar em minha casa. Fiquei um bom tempo debaixo das cobertas com medo da minha companhia, mas feliz ao mesmo tempo, porque independente de quem ou do que pertencia aquele rugido, eu não estava sozinho.

Finalmente peguei no sono e acordo com um pulo quando o despertador de Guilherme começou a tocar... Percebi que a entidade não estava mais atrás da porta, suspirei aliviado e relaxei na cama. Depois de uns vinte minutos, a televisão novamente se liga com as noticias do dia.


~- Boa noite restante dos cidadãos! Venho aqui informar que metade do pais já esta em São Paulo e para o restante que insiste em não ir, eu vos suplico, deixem suas casa e partam imediatamente para a metrópole destino!!! Estão cometendo um grande erro de...~


De? Continue humano!!! Foi o que eu disse quando a televisão se apagou novamente... Eu não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que precisava fazer alguma coisa, eu estava com fome, sozinho e confuso... Foi ai que decidi que sairia de meu apartamento no dia seguinte.

Continua...

Continua mano *-*

E então, o dia chegou, os insetos silvestres pararam o seu canto e tudo ficou em silêncio novamente. Levantei-me, comi o restante da comida que minha família havia esquecido, respirei bem fundo e estava pronto, comecei a cabecear a porta, fui tomando impulso e me jogando contra ela... O barulho parecia bem mais alto com o silêncio profundo que esta cidade estava... As madeiras pregadas na porta foram caindo uma a uma e finalmente, a porta se rachou... O buraco era suficientemente bom para meu tamanho e finalmente sai.

Fui descendo as escadas e a cada degrau, sentia um calafrio congelante passando por meu corpo. Na divisa dos andares, me deparei com sangue por todo lugar, fiquei sem voz, meus pelos de todo o corpo se arrepiaram... “O que houve aqui?” pensei apavorado. À medida que fui descendo, havia cada vez mais e mais sangue...

Durante minha descida, só se ouvia meus passos e minha respiração ofegante, o eco emitidos por eles se ouvia por todo caminho... Lembro-me de ficar sem reação quando algo do décimo andar quebrou... O som era muito alto. “É o meu andar! O que estava acontecendo la em cima? Sera que poderia ser alguém que veio me resgatar ?" pensei, e sem me controlar soltei um berro... Meu primeiro erro. Após meu grito, um rugido tomou conta da escadaria, era a criatura e ela  vinha com muita velocidade e ferocidade pra onde eu estava seus paços eram pesados e a entidade vinha esbarrando nas paredes... Minha única reação foi correr o mais rápido que eu pude, os paços estavam ficando cada vez mais próximos, os rugidos estavam mais alto... Quando mais eu corria, mais ele se aproximava... Estava suando frio, meu corpo liberou adrenalina, porém, a cada paço que eu dava, ele estava mais próximo de mim.


Quando passei pelo quinto andar, escorreguei em uma poça de sangue, havia uma porta aberta ao meu lado e rastejando consegui entra no recinto.. Estava muito escuro, provavelmente era o quarto dos humanos que cuidam da limpeza deste prédio, estava cheio de baldes e produtos químicos. Foi o tempo de eu entrar no quarto que a criatura parou de correr... Tudo ficou em silêncio... Nem os poucos raios de sol que passavam por baixo da porta estavam mais ali, pra ser sincero, me lembro de não enxergar mais nada em baixo da porta e isso só podia significar uma coisa. Aquilo estava em pé do outro lado.


Continua...

E a continuação...?

Minha respiração ficou mais ofegante, o calafrio percorria por todo meu corpo, me abaixei e tentei tampar minha boca para que aquilo não conseguisse me ouvir... Permaneci imóvel por alguns minutos e mesmo assim, a criatura permanecia atrás da porta e o mesmo também estava em silencio... Senti uma brisa suave vindo da minha direita e quando reparei, havia um buraco onde eu conseguia passar... Quando fui em direção até a passagem, pisei em alguns objetos e estes esbarraram na prateleira que por sua vez havia uma barra de metal que caiu no chão e fez aquele som alto... O monstro se enfureceu e começou a se debater contra a porta e eu sabia que aquele material não era resistente, quanto mais ele se debatia, mais a porta se despedaçava , corri imediatamente para o buraco e entalei... Lembro-me de fazer muita força, cortar minha barriga com os tijolos pontudos que estavam ao redor do buraco e de começar a chorar desesperadamente querendo sair dali... Foi o tempo de a criatura conseguir estraçalhar a porta... Eu havia conseguido e onde a passagem deu foi no fim da escadaria...

Eu finalmente vi a porta que dizia “saída”, estava toda suja de sangue, mas eu estava feliz em vê-la... Ao atravessa-la, estava no térreo e o que eu vi era algo incrível... Era uma outra criatura como eu! Corri para encontra-lo e ao mesmo tempo, ele correu para o meu encontro... Bati de cara em uma barreira estranha que não permitia minha passagem para tocar o meu parente... Quando percebi que era apenas meu reflexo em pedaços de vidro no chão... Sai com a cabeça baixa para fora do prédio e a cidade estava realmente mudada... A criatura rugia la em cima, porém, já não estava mais preocupado com ela, eu estava do lado de fora... Meu instinto estava me guiando, eu não sabia para onde deveria ir, só sabia que tinha que ir em frente e assim fiz.
 

Continua...

Continua esse tesão de historia e_e

Jaja

Capitulo 2 – Novos Amigos
 


Caminhei durante horas e a cada passo, parecia estar mais perto do fim, a cada metro percorrido, a cidade parecia mais acabada e sem vida, o céu estava lindo, mas onde estavam todos para admira-lo? Não me saia da cabeça o clarão, a evacuação e minha família saindo correndo e sem me levar... Com certeza isso eu nunca irei esquecer. Ao andar mais uns metros, já não estava mais aguentando, a noite estava para chegar e eu estava sem comida, sem água e sem abrigo, quando percebi, ao meu lado havia um ônibus abandonado, estava quebrado, mas era a única casa que eu havia no momento, mas e o alimento? Dei a volta no quarteirão e percebi uma carcaça no chão, não sabia se era humana ou de algum animal, mas estava ali, ela estava podre e já estava com vermes saindo da cavidade dos olhos e d boca, mas era tudo que eu tinha! Arranquei um pedaço e o levei para o meu abrigo, agra só faltava água!
                
O Sol estava cada vez mais fraco, a minha sombra estava quase invisível e eu sabia que aquilo já era o sinal de que a noite estava próxima e eu ainda não encontrei água, voltei para meu abrigo e permaneci ali por um tempo e então, comecei escutar algumas gotas caindo no chão, o som era música para meus ouvidos, de onde vinha esta melodia? Sai rapidamente do ônibus e corri ao encontro dos pingos e finalmente, encontrei um balde sendo alimentado por gotas que vinham de um cano de uma casa, bebi o quanto eu pude e o arrastei comigo para onde eu havia me estabelecido. Pela primeira vez,  eu pude dormir tranquilo, já estava satisfeito e hidratado...
                
A noite caiu por completo, não se enxergava mais nada pelas ruas, mas, felizmente, eu estava seguro em baixo do ultimo acento do transporte... Peguei no sono e tive pesadelos terríveis com a criatura novamente, acordei no berro e fui surpreendido por sons vindo do lado de fora do automóvel, pareciam risadas e eram muitas... Arrepiei-me e fiquei imóvel, as risadas estavam cada vez mais alta e vinham de todas as direções, pareciam cercar o ônibus... Por instinto, tentei gritar, porém, era jovem demais para ser capaz de produzir um rugido. Lembro-me de gritar “Quem está ai?”. Durante uma fração de segundo, eu me estranhei, como eu estava com aquela coragem toda? De fato, estes dias sozinhos estão me tornando mais selvagem. As risadas ficavam mais e mais macabras, de repente, um par de olhos apareceram na janela, eram brilhantes e bem grandes, o bafo que a risada provocava, embaçava a janela e eu ficava cada vez mais aterrorizado, a última coisa que eu vi foi um sorriso bem grande, obviamente, pertencente à criatura dos olhos que brilhavam... Era assustador e quando ele saiu da janela, eu sabia que ele iria entrar...
 

Continua...

Tinha que ter pedaço mais longo, pra dar mais imersão. Mas de qualquer jeito, continua aí.

Concordo com o nosso sábio contemporâneo, e continua