a marca da morte parte 2
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a marca da morte parte 2
Despediram-se enquanto abria-se um elo dourado em meio ao espaço, fazendo imergir a silhueta de um corpo iluminado em milhares de matizes.
A filha de Évora era uma alma em abandono. Não cedia o espírito a encantos. Tinha a mente dominada por lutas interiores indizíveis. Ela se acreditava isenta de artifícios para o amor. Inconsciente de sua beleza era autêntica, às vezes fria, uma alma indócil.
Alícius, convocado por Abrólios, servo de Lúcifer, tinha a alma afetada por vultos iluminados. Sua alma dobrava-se como cartilagem, afagando o bem e o mal a gosto. Relutava contra as culpas interiores e as tentava afastar com mais maldades. Vivia o sentimento duplo da pertença ao bem e ao mal. Não à toa, Lúcifer encomendou a jovem ao sacrifício, pois queria também uma prova de Alícius contra a singeleza daquela beldade. Divertia-se ao mesmo tempo que temia perder a força de um general tão capacitado em fazer maldades.
Naquele início de ano, sabia dos poderes que exerceria além dos dogmas do bem e do mal... Por isso atacou:
— O conselho tem para comigo algumas queixas, Alícius. Acham que lhe devoto apreço demais. Em ti a corrupção não entorpece como àqueles. Então, concedo-te a possibilidade de militar em meu favor numa batalha das mais sutis.
— Como quiser, Lúcifer. Adianto que não temo a nada...
— Isso é bom. O que terás de fazer não é tarefa das mais difíceis. Concordo com Abrólios que tens um espírito sutil e envolvente, por isso entrego-te essa musa. Ela confundiu a muitos com seus sonhos mais insanos. A jovem que vês abaixo desse vitral receberá o dom de elevação. Conforme Maltrão, terá a possibilidade de decidir entre o bem e mal. Não sem uma forcinha. Entende?
— Conte comigo!
— Não será fácil, adianto que atrairá todas as forças e contingências que há no céu. É guerreira. Se te identificar como um mal não terás chance, compreende?
— Virá conosco ou não me chamo Alícius, chefe.
— É isso que eu queria ouvir... Vá! É toda sua... Despertará em pouco tempo; então, apresse-se!
Alícius já se encontrara a beira do lago Neural quando via despertar aos poucos a recente visitante do plano. Deitou-se sobre o lago que infundia em si trocas de fluidos luminosos com o corpo de um jovem usuário de drogas. Erguendo-se confiante do abatimento imposto pelo entorpecente, venceu o fluxo termal do lago, onde uma sombra opaca emergia marcando sua ausência. Chegava à terra agora.
No inconsciente de Alícius, Lúcifer falava:
— Essa devassa está a malcomunar contra mim! Mate-a! – ordenava o príncipe das trevas.
— Pois que mal te fez a pobre mortal, amigo Lúcifer? – redargüiu o súdito.
— Não me venha, Alícius, com suas retomadas irônicas!
— Pois bem... Se não me convém saber o porquê dessa simples humana causar-lhe tamanha inquietação, ó senhor dos vales, menos conveniente é um mestre do saber (Lúcifer em sua origem etimológica significa luz do saber ou da sabedoria) se dobrar a ela nestas demonstrações de insegurança.
A filha de Évora era uma alma em abandono. Não cedia o espírito a encantos. Tinha a mente dominada por lutas interiores indizíveis. Ela se acreditava isenta de artifícios para o amor. Inconsciente de sua beleza era autêntica, às vezes fria, uma alma indócil.
Alícius, convocado por Abrólios, servo de Lúcifer, tinha a alma afetada por vultos iluminados. Sua alma dobrava-se como cartilagem, afagando o bem e o mal a gosto. Relutava contra as culpas interiores e as tentava afastar com mais maldades. Vivia o sentimento duplo da pertença ao bem e ao mal. Não à toa, Lúcifer encomendou a jovem ao sacrifício, pois queria também uma prova de Alícius contra a singeleza daquela beldade. Divertia-se ao mesmo tempo que temia perder a força de um general tão capacitado em fazer maldades.
Naquele início de ano, sabia dos poderes que exerceria além dos dogmas do bem e do mal... Por isso atacou:
— O conselho tem para comigo algumas queixas, Alícius. Acham que lhe devoto apreço demais. Em ti a corrupção não entorpece como àqueles. Então, concedo-te a possibilidade de militar em meu favor numa batalha das mais sutis.
— Como quiser, Lúcifer. Adianto que não temo a nada...
— Isso é bom. O que terás de fazer não é tarefa das mais difíceis. Concordo com Abrólios que tens um espírito sutil e envolvente, por isso entrego-te essa musa. Ela confundiu a muitos com seus sonhos mais insanos. A jovem que vês abaixo desse vitral receberá o dom de elevação. Conforme Maltrão, terá a possibilidade de decidir entre o bem e mal. Não sem uma forcinha. Entende?
— Conte comigo!
— Não será fácil, adianto que atrairá todas as forças e contingências que há no céu. É guerreira. Se te identificar como um mal não terás chance, compreende?
— Virá conosco ou não me chamo Alícius, chefe.
— É isso que eu queria ouvir... Vá! É toda sua... Despertará em pouco tempo; então, apresse-se!
Alícius já se encontrara a beira do lago Neural quando via despertar aos poucos a recente visitante do plano. Deitou-se sobre o lago que infundia em si trocas de fluidos luminosos com o corpo de um jovem usuário de drogas. Erguendo-se confiante do abatimento imposto pelo entorpecente, venceu o fluxo termal do lago, onde uma sombra opaca emergia marcando sua ausência. Chegava à terra agora.
No inconsciente de Alícius, Lúcifer falava:
— Essa devassa está a malcomunar contra mim! Mate-a! – ordenava o príncipe das trevas.
— Pois que mal te fez a pobre mortal, amigo Lúcifer? – redargüiu o súdito.
— Não me venha, Alícius, com suas retomadas irônicas!
— Pois bem... Se não me convém saber o porquê dessa simples humana causar-lhe tamanha inquietação, ó senhor dos vales, menos conveniente é um mestre do saber (Lúcifer em sua origem etimológica significa luz do saber ou da sabedoria) se dobrar a ela nestas demonstrações de insegurança.
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