Samira a menina dos pesadelos
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Samira a menina dos pesadelos
Seu nome era Samira. Era uma bela garota nascida em Israel, pele morena, cabelos longos e lisos, olhos negros e profundos.
Parecia uma garota normal, mas tinha pesadelos. Terríveis pesadelos, cuja culpa colocava nas guerras de seu país. Quando ela completou quatorze anos, seus pais resolveram vender a casa e se mudaram para Londres, na esperança de ajudar a filha. Como estavam enganados. Nas noites que se seguiram, os pesadelos da jovem Samira ficaram ainda piores. Toda noite, ao fechar seus olhos, a escuridão tomava conta dela. Mas não era uma escuridão comum, era pesada e fria, como se não houvesse nada ali. E então aquela criatura aparecia. Era um homem, seus ossos aparecendo sobre a pele puxada, completamente nu e careca. Onde deveriam estar seus olhos havia duas órbitas vazias, como se eles tivessem sido arrancados, e sua boca tinha sido costurada em um insano sorriso eterno. Nos primeiros encontros, sentira pavor daquilo, mas ele nunca lhe tinha feito mal. Era seu guia. Ele a guiava pela escuridão até que ficasse mais clara. Mas o que via não era melhor. Passava por portões negros, para dentro das ruínas carbonizadas de uma cidade, impossível de dizer se era nova ou velha. Ali a escuridão estava viva, em formas indistintas cujos sorrisos eram as únicas coisas que pareciam reais. E havia pessoas. Pessoas que eram rasgadas pelas sombras, gritavam por piedade e tentavam correr, embora soubessem que não havia salvação. O estranho homem passava por elas sem se importar, e a guiava até o centro do lugar, onde estava o Palhaço. Era um homem de sorriso zombeiro e riso demente, com a maquiagem de palhaço borrada e pernas de bode que estalavam nas pedras. – Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele a garota entre risos. – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma! Era nessa hora que Samira acordava chorando. Mas não havia nada que pudesse fazer, já havia freqüentado todos os psicólogos, todos os terapeutas, e de nada adiantava. Toda noite, quando dormia, era levada pelo guia cego até o palhaço e ouvia as mesmas palavras que a faziam acordar apavorada. Uma noite, ainda seguindo o fiel guia, resolveu fazer-lhe uma pergunta. – Por que sempre está rindo, se não é feliz? O guia virou-se para ela, os buracos de seus olhos quase voltados na sua direção, mas não respondeu.
continua se voceis quiserem
Parecia uma garota normal, mas tinha pesadelos. Terríveis pesadelos, cuja culpa colocava nas guerras de seu país. Quando ela completou quatorze anos, seus pais resolveram vender a casa e se mudaram para Londres, na esperança de ajudar a filha. Como estavam enganados. Nas noites que se seguiram, os pesadelos da jovem Samira ficaram ainda piores. Toda noite, ao fechar seus olhos, a escuridão tomava conta dela. Mas não era uma escuridão comum, era pesada e fria, como se não houvesse nada ali. E então aquela criatura aparecia. Era um homem, seus ossos aparecendo sobre a pele puxada, completamente nu e careca. Onde deveriam estar seus olhos havia duas órbitas vazias, como se eles tivessem sido arrancados, e sua boca tinha sido costurada em um insano sorriso eterno. Nos primeiros encontros, sentira pavor daquilo, mas ele nunca lhe tinha feito mal. Era seu guia. Ele a guiava pela escuridão até que ficasse mais clara. Mas o que via não era melhor. Passava por portões negros, para dentro das ruínas carbonizadas de uma cidade, impossível de dizer se era nova ou velha. Ali a escuridão estava viva, em formas indistintas cujos sorrisos eram as únicas coisas que pareciam reais. E havia pessoas. Pessoas que eram rasgadas pelas sombras, gritavam por piedade e tentavam correr, embora soubessem que não havia salvação. O estranho homem passava por elas sem se importar, e a guiava até o centro do lugar, onde estava o Palhaço. Era um homem de sorriso zombeiro e riso demente, com a maquiagem de palhaço borrada e pernas de bode que estalavam nas pedras. – Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele a garota entre risos. – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma! Era nessa hora que Samira acordava chorando. Mas não havia nada que pudesse fazer, já havia freqüentado todos os psicólogos, todos os terapeutas, e de nada adiantava. Toda noite, quando dormia, era levada pelo guia cego até o palhaço e ouvia as mesmas palavras que a faziam acordar apavorada. Uma noite, ainda seguindo o fiel guia, resolveu fazer-lhe uma pergunta. – Por que sempre está rindo, se não é feliz? O guia virou-se para ela, os buracos de seus olhos quase voltados na sua direção, mas não respondeu.
continua se voceis quiserem
juli23276- Número de Mensagens : 47
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Data de inscrição : 07/10/2010
Re: Samira a menina dos pesadelos
mt boa amor *-*
continua please!
continua please!
Master_Mackenzie- Número de Mensagens : 5284
Idade : 24
Localização : Na minha ksa O/
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Data de inscrição : 14/06/2010
Re: Samira a menina dos pesadelos
Ate me emocionei de tao boa que e a historia (: continua amor *-* esta oooooootima
. Caalu- Número de Mensagens : 26
Idade : 29
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Data de inscrição : 17/10/2010
Re: Samira a menina dos pesadelos
continua a historia esta otima
inesocas- Número de Mensagens : 22
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Data de inscrição : 14/08/2009
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