a marca da morte(parte1)
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a marca da morte(parte1)
O sonho de Alícius era mover a mão de Lúcifer. Sabia que a tentação não era mera fração de sentimento humano ou bestial; uma conquista dessa ordem o faria alcançar níveis elevados na hierarquia dos iníquos. Em contrapartida, a afetividade mais ingênua tinha, já em Freud, explicações um tanto quanto não convencionais e o jovem robusto vivia inconscientemente esta batalha dual. Uma besta a servir Lúcifer, Alícius tornava a noite escarlate com mais sangue e prazer quando fazia cintilar os olhos das fêmeas do Espaço Neural. Embriagadas e sedentas por mais prazer e pelo efêmero gosto do sucesso e da fama, o servidor da ira e de Eros as despia como a um anjo e deleitava-se em suas fraquezas.
Na cidade de Tanatus, ria da maldade e afagava o seu ego o Servo das injúrias, que o tornava mais admirado por seu mestre a cada dia. Até que, num súbito, conheceu Marcelle Piacovennat. Ele não se permitiria como vulto penumbroso em frestar o olhar pela alma dantesca daquela ninfa selvagem. A jovem geniosa e inacessível alcançou na dor uma pureza inefável, contudo nunca havia sido consagrada a nada e a ninguém. Era uma gema preciosa a Deus e aos deuses do paganismo.
Nos tentáculos de um e na algibeira do outro disputavam solenes os poderes e as potestades:
— Considero-a batizada pelo sangue, pois vive em martírios e perseguições na defesa da justiça. – Emendava Proteus.
— Não me venha com essa conversa mole, Proteus! É uma menina pagã, descendente de ateus, além de tudo não está morta. Como ousa pleitear essa alma insolente?
— Não podes criar dificuldades à misericórdia divina. Tenho muitos motivos para aqui estar e apresentar a sua defesa.
— Esta não foi provada no cadinho da tribulação, não elevou preces ao senhorio daquele que representas...
— Quer fazer ignorar o sentido das lutas dessa jovem? O seu ideal em favor de todos indistintamente é um fato inquestionável, Abrólios. A quase mutilação e a coragem em seus conflitos são verdadeiras provas de sua bondade e resignação.
— Sabes o trato. A salvação é pela graça e pela fé. Diga-me em que ela acredita. Ambiciosa, ela nunca olhou para trás nos seus desígnios e feriu a muitos com a sua frieza...
— Como pode, Carcamano, julgar as feridas de uma batalha em que ela era o grande alvo? E sempre agia na defesa de interesses não seus, mas de todos os seus compatriotas.
— Apelo ao ministro dos anjos... Chega de conversa á toa! Não abro mão dessa guerreira maligna por nada. Tenho planos para ela ao meu lado...
— Isso é uma piada... Você não tem com ela nenhum contrato ou pacto...
— Tenho com a sua mãe... Évora...
— Mas como? Não tem ela culpa alguma da insanidade de Évora.
— Tem, pois a mãe sagrou-se sacerdotisa no templo de Diana, e feriu-se em sacrifício. Ela e as virgens da família. Como ousas impedir-me a apreensão desse dote?
— Ok, façamos, pois, ao jeito do concílio de Maltrão.
—Ah, finalmente, apelou à lei, não é Proteus? Pensas que não me preparei para tal situação?
— Vamos, decida! Como se dará a campanha?
— Ela será provada antes de subir a Tanatus, o que acha?
— Ok, não sou de discordar de provações. Da-me gosto ver o sofrimento dos mortais.
— Creio também que isso a levará à perfeição. Lamentavelmente, terá de ser assim. Estarei no Oráculo de ouro.
— Ahahahaha. Sinto aqui do meu lado a sua preocupação, Proteus. Sabe que tenho armas poderosas. Essa, garanto, será minha.
continua......
Na cidade de Tanatus, ria da maldade e afagava o seu ego o Servo das injúrias, que o tornava mais admirado por seu mestre a cada dia. Até que, num súbito, conheceu Marcelle Piacovennat. Ele não se permitiria como vulto penumbroso em frestar o olhar pela alma dantesca daquela ninfa selvagem. A jovem geniosa e inacessível alcançou na dor uma pureza inefável, contudo nunca havia sido consagrada a nada e a ninguém. Era uma gema preciosa a Deus e aos deuses do paganismo.
Nos tentáculos de um e na algibeira do outro disputavam solenes os poderes e as potestades:
— Considero-a batizada pelo sangue, pois vive em martírios e perseguições na defesa da justiça. – Emendava Proteus.
— Não me venha com essa conversa mole, Proteus! É uma menina pagã, descendente de ateus, além de tudo não está morta. Como ousa pleitear essa alma insolente?
— Não podes criar dificuldades à misericórdia divina. Tenho muitos motivos para aqui estar e apresentar a sua defesa.
— Esta não foi provada no cadinho da tribulação, não elevou preces ao senhorio daquele que representas...
— Quer fazer ignorar o sentido das lutas dessa jovem? O seu ideal em favor de todos indistintamente é um fato inquestionável, Abrólios. A quase mutilação e a coragem em seus conflitos são verdadeiras provas de sua bondade e resignação.
— Sabes o trato. A salvação é pela graça e pela fé. Diga-me em que ela acredita. Ambiciosa, ela nunca olhou para trás nos seus desígnios e feriu a muitos com a sua frieza...
— Como pode, Carcamano, julgar as feridas de uma batalha em que ela era o grande alvo? E sempre agia na defesa de interesses não seus, mas de todos os seus compatriotas.
— Apelo ao ministro dos anjos... Chega de conversa á toa! Não abro mão dessa guerreira maligna por nada. Tenho planos para ela ao meu lado...
— Isso é uma piada... Você não tem com ela nenhum contrato ou pacto...
— Tenho com a sua mãe... Évora...
— Mas como? Não tem ela culpa alguma da insanidade de Évora.
— Tem, pois a mãe sagrou-se sacerdotisa no templo de Diana, e feriu-se em sacrifício. Ela e as virgens da família. Como ousas impedir-me a apreensão desse dote?
— Ok, façamos, pois, ao jeito do concílio de Maltrão.
—Ah, finalmente, apelou à lei, não é Proteus? Pensas que não me preparei para tal situação?
— Vamos, decida! Como se dará a campanha?
— Ela será provada antes de subir a Tanatus, o que acha?
— Ok, não sou de discordar de provações. Da-me gosto ver o sofrimento dos mortais.
— Creio também que isso a levará à perfeição. Lamentavelmente, terá de ser assim. Estarei no Oráculo de ouro.
— Ahahahaha. Sinto aqui do meu lado a sua preocupação, Proteus. Sabe que tenho armas poderosas. Essa, garanto, será minha.
continua......
drack100- Número de Mensagens : 56
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Re: a marca da morte(parte1)
vejam tb a parte 2,3,4 e a parte final
drack100- Número de Mensagens : 56
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