Sem Noção
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

a marca da morte parte4

Ir para baixo

a marca da morte parte4 Empty a marca da morte parte4

Mensagem por drack100 Qui 24 Fev 2011, 15:47

Atordoado, o jovem pensava nos benefícios concedidos por Lúcifer a ele, o seu predileto companheiro nas disputas “angelicais” – soa até religioso a expressão – mas, venturosamente, fizeram decair muitos anjos. E agora teria de enfrentar ser tão angélico e frágil... Como?

Continuava a jovem:

— Ouça: “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre sua linhagem e a dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn.3,15).

Vencedores até ali de grandes batalhas, como uma única mulher poderia causar a cisma de uma cúpula de demônios. Sem trazer consigo nenhuma insígnia religiosa, uma relíquia sequer, sem servir a deuses, santos, nenhuma cruz, nenhum sinal de crença. Como poderia causar a derrocada de um relacionamento entre ele, sempre tão fiel, e seu mestre a quem guardava em admiração. Uma mulher?

Trajado, incomumente, descia à noite na capital, Paris, deslizando à torre que faiscava a seus pés, ornado para uma batalha, duplas asas negras abriam-se e cintilavam à lua. Decidido, irado, não permitiria uma palavra a insolente mulher que lhe tirava a paz e somava-lhe lágrimas ao rosto.

— Por quê? – indagava ao destino.

Uma imensa pista de óleo e piche acendia-se em furor à velocidade que lhe impunha os pés. O ódio dançava em seu peito, o chão vertia crateras... Havia passado o bosque dos decrépitos, como chamavam os estudantes que vinham das farras, noitadas e orgias acadêmicas.

Ao se deparar com o alojamento, a energia dos seus olhos eram capazes de consumir toda a luz natural do ambiente num só fitar. A janela da jovem estava semi-aberta. À entrada, uma varanda na qual pousou seus pés, escondido entre as folhagens e possuído pelo sentimento agudo da devassidão, esperava o olhar da pobre vítima encontrá-lo num circuito fatal de sinergias. No entanto, surge inconsciente da emboscada, enrolada em uma toalha, com os perfumes e vapores da sua pueril virgindade, atônito e resistente, ouviu-a cantar uma canção de amor. Falava de um príncipe desconhecido, cantou em suaves sorrisos, imaginava-se tocada pelo jovem.

Alícius sentia a pelagem acinzentar-se e ceder-se aos encantos da fêmea. Sabia que de algum modo fora tocado em extremos na sua sensibilidade áurea.

— Não! Não posso!

— Oh... Soc... – antes do grito tapa-lhe a boca espantado.

— Espere! Sou eu Alícius.

Concorda em ficar em silêncio.

— O que faz aqui? – indaga a jovem.

— Tenho uma missão... Depois explico...
drack100
drack100

Número de Mensagens : 56
Idade : 31
Localização : ..........
Avisos :
a marca da morte parte4 Left_bar_bleue0 / 1000 / 100a marca da morte parte4 Right_bar_bleue

Data de inscrição : 21/02/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos