A nova escola

por **Tenebrae** Sex 25 Mar 2011, 00:15

Mais um dia de aula na pacata cidade do interior, a escola era nova e grande, construída através de um projeto educacional do governo, já tinha 2 anos que ela funcionava e todos estavam satisfeitos com o desempenho vindo mostrado pelos alunos nestes dois anos, isso mostrava a satisfação deles com a escola nova e que eles haviam interesse em aprender, até ai tudo bem, a escola estava contratando novos funcionários e cada vez ela ia crescendo mais, a população estava muito feliz, pois seus filhos poderiam ter um futuro digno, longe das plantações e desta vida difícil, passou mais um ano e a escola já havia aumentado mais um andar, pois havia crianças das cidades vizinhas vindo estudar na escola também, tudo estava perfeito até que no intervalo das 10:00 ouviu-se um estrondoso grito vindo do banheiro das gurias, um grupo de alunos entrou no local e se espantou com tamanha quantidade de sangue que escorria de uma das cabines sanitárias, eles vão caminhando devagar até a cabine e para o espanto de todos havia de fato um corpo, era uma pequena garota que estava jogada no chão com a cabeça estourada, todos entram em pânico e saem gritando pelos professores, mas para a surpresa nenhum foi encontrado, os alunos desesperados foram até a diretoria mas a mesma estava trancada, alguns tentavam fugir mas não tiveram sucesso ao perceber que todas as saídas do colégio estavam trancadas, todos estavam presos dentro dos altos muros do colégio, mas o que estava acontecendo? O muro era realmente alto, cerca de 7 metros de altura e havia pequenos objetos pontudos espalhados por ele, os donos do colégio diziam que era para prevenir futuros assaltos, por que nas cidades grandes era comum colégios serem invadidos por criminosos, assim os pais não questionaram essa decisão, mas agora o que trazia proteção e paz a população estava provocando pânico e terror em todos, onde estaria os professores? Quem matou aquela guria? Era esta a pergunta que todos faziam, e se quem a matou ainda estiver aqui? Um estouro foi escutado no terceiro andar, algumas crianças desciam as escadarias em desespero e gritando, “esta lá em cima esta lá em cima!” alguns garotos da 8ª série resolveram se juntar para tentar desvendar o que estava acontecendo, como já eram pouco mais velhos que os demais eles tentariam ajudar, todos se reuniram no salão de apresentações, um grupo de 8 alunos estava reunido no palco e um guri começou a dizer:
-Atenção todos! Também estamos assustados com esta situação e queremos tentar resolve-la então peço a atenção de todos, alguém esta tentando pregar alguma peça em nós ou então alguém esta sequestrando o colégio igual nos filmes, temos de tentar descobrir qual das duas opções esta certa, nos iremos atrás de algo e vocês que são menores ficaram aqui esperando nossa volta.
Uma guria levanta a mão. “diga o garoto falou”
-por que não tenta ligar para a policia?
-por que de alguma forma nossos celulares estão sem sinal e as salas com telefones estão todas muito bem trancadas, como dissemos aguardem aqui e voltaremos logo!
Os oito saem do salão e vão até o primeiro andar do colégio, o mesmo que falou com as crianças diz:
-bom são 3 andares e somos 8, que tal nos dividirmos e sair para procurar pistas?
-ótima ideia disse uma das gurias.
-ok então eu a Luísa e o Pedro vamos no terceiro andar, Gabriel Jeniffer e Antônio vão no segundo andar, e Carlos e Beto ficam com o primeiro andar, esta bem assim?
Todos disseram: “Sim Eduardo” e foram para seus devidos lugares.
Primeiro andar: Carlos e Beto andavam pelos corredores que ligavam as salas dos professores algumas salas de aula e os banheiros, eles seguem até uma sala de aula que era a única com a porta aberta.
Carlos: Nossa velho como eles trancaram tudo tão rápido e ninguém reparou?
Beto: é mesmo chega a dar medo isso, parece que planejaram bem essa coisa.
Quando eles entram na sala há uma moça agachada no canto da sala, ela esta de costas para eles, eles vão na direção dela com a esperança de encontrarem respostas, “olá moça tudo bem?” disse Beto se aproximando dela, quando ele lhe tocou o ombro ela caiu para trás revelando um buraco em seu olho direito que sangrava muito, Beto grita e se afasta, “ela esta morta! Mas não é uma aluna que estranho nunca a vi!” é mas agora ela esta aqui e morta diz Carlos, eles se viram para sair dali e continuar sua busca e não percebem que a moça se levantou, e rápido demais para quem estava morta, ela chama a atenção deles, eles lentamente se viram espantados pelo ruído que a morta fez e quando olham na direção dela ela já estava bem na frente deles, com duas siríngas que foram cravadas em seus pescoços, os dois caem e adormecem.
Segundo andar: Gabriel, Jeniffer e Antônio caminhavam até as ultimas salas do longo corredor, eles ouviram o grito de Beto mas decidiram continuar, eles se dividem para vasculhar as salas deste andar, pois era o maior de todos, onde ficavam quase todas as salas de aula, Gabriel foi em direção de uma aberta, não encontrando nada, foi em mais duas mas sem sucesso, Jeniffer fui uma porta escorada e decidiu espiar, ela abre um pouco mais a porta e quando ela espia alguém a puxa para dentro, antes que ela gritasse uma mão de luva preta já estava em sua boca a silenciando, ela via que se tratava de um homem alto e forte que não dava chances para ela se soltar alguém mais estava na sala e esta outra pessoa era uma mulher, ela fecha e tranca a porta enquanto o homem bota a Jeniffer em uma cama feita improvisada feita com algumas mesas da sala mesmo, ele a amarra e a amordaça, ela se debate mas não consegue se soltar das cordas bem atadas, eles se olham e a garota pega uma maleta, ela a abre e pega um martelo e alguns pregos, junto alguns alfinetes, Jeniffer tentava gritar mas não consegui produzir som algum com a mordaça fortemente apertada em sua boca, o homem que antes a segurou pega os alfinetes e a mulher o martelo com os pregos, eles ficam um de cada lado de Jeniffer, ela murmura implorando por sua vida, é neste momento que a mulher apoia um prego na coxa de Jeniffer e da uma forte martelada fazendo o prego afundar com facilidade, Jeniffer se contorcia de dor, ela faz o mesmo na outra perna que sangrou muito, o homem pegou os alfinetes e começou a coloca-los em pontos sensíveis, enfiou um atrás dos joelhos, outros nas orelhas de Jeniffer, a dor era insuportável, quando ela estava a ponto de desmaiar eles paravam e jogavam agua em seu rosto a fazendo recordar a consciência, quando viam que ela estava acordada continuavam a tortura, assim foi até que todos seus dedos dos pés e mãos estivessem pregados a mesa, seus olhos estavam com alfinetes cravados, e seus joelhos quebrados a marteladas, assim foi até que Jeniffer morreu por perca excessiva de sangue, enquanto isso Antônio vasculhava o resto das salas, a maioria estava trancada como as salas dos professores, mas uma se abre e uma garota chama pelo nome dele, ele corre até lá e vem uma pequena menina que estava sentada na classe, ela disse:
-a minha mamãe não vai vir me buscar?
Ele parado na porta conversava com ela:
-Calma guria estamos tentando salvar a todos, mas algo esta errado, tudo esta muito quieto.
-mas a minha mamãe vai vir não é?
-quem é sua mãe?
-é a diretora! Esta que esta atrás de você
Quando ela diz isso ela sorri de uma forma sombria, Antônio se vira e vê uma mulher, ela estava com uma grande faca nas mãos e parte para cima dele, ele entra em luta corporal mas ela era tão forte, ele ainda novo e um pouco gordinho não possuía muitas forças, a garotinha se aproxima e chuta seus pés, como a mulher estava o empurrando para frente ele caiu por cima das classes, ela enfia a faca em seu peito fazendo o gritar de dor, um grito agoniante mas que proporcionava alegria no rosto da mulher e da pequena garota, enquanto Antônio agonizava esperando sua morte a pequena garota dava risadas e chutava sua cabeça, e ali foi sua morte, Gabriel ouvindo a gritaria vem correndo na direção da sala, e vê se amigo morto com o peito sangrando no chão, ao lado de seu corpo estava a garotinha, de joelhos e chorando, ele pergunta:
-Meu deus! O que aconteceu com o Antônio?
-uma moça má matou ele! Mas ele conseguiu matar a moça má antes dizia ela chorando.
-como assim ele a matou? Onde ela está?
-o garoto escondeu o corpo dela neste armário ali, e aponta ao armário da sala.
Quando Gabriel abre a porta do armário é surpreendido por uma mulher que pulou em cima dele armada de uma faca, ele rápido como era conseguiu segurar seu braço, a mulher tentar impor força mas Gabriel era mais forte, lutava jiu jitsu e conseguiu retirar a faca dela, ela parte para cima dele e ele sem opção enfia a faca no pescoço dela, ela cai com a garganta aberta e jorrando sangue, a garotinha grita, “MAMÃE!” e parte para cima de Gabriel, ele tenta acalma-la ela o abraça chorando, “sua mãe foi muito má, matou meu amigo e tentou me matar também, não tive a intenção” a pequena garota chorando disse, “é mesmo, minha mamãe era muito má, e fez coisa feia, agora esta morta, mas isso porque ela era descuidada, eu não sou!” ela saca um pequeno canivete e enfia nas costas de Gabriel que grita de dor, ele cai no chão e sua visão começa a distorcer, a ultima coisa que viu foi a garotinha saindo sorrindo para ele e fechando a porta.
Terceiro andar: Eduardo, Luísa e Pedro estavam preocupados com os gritos que já ouviram e queriam voltar, mas sabiam que tinham que fazer a parte deles, no terceiro andar era um local mais para funcionários, lá havia uma lavanderia, um deposito, e algumas salas vazias que não eram usadas, mas eles viram uma dessas salas vazias aberta, os três seguiram até ela, pois estava com a luz ligada, chegando bem devagar, Eduardo espiou para dentro da sala e viu alguns computadores, nestes computadores haviam muitas telas como se fossem de câmeras, e as imagens sendo mostradas para seu espanto eram da sua escola, ele vê 3 homens operando estes computadores, eram três professores, Eduardo não acreditava no que acabou de ver, “estão nos matando e filmando tudo” ele cochicha para os outros dois, “vamos entrar e acabar com eles, é o único jeito, senão teremos o mesmo destino dos outros!” “tu quer dizer que nossos amigos estão”...dizia Luísa, “provavelmente Luísa” ela baixa a cabeça triste, eles percebem extintores nas paredes do corredor, haviam 5, cada um pega um, e todos eram dos grandes, vamos bater neles com isso, disse Pedro, e assim fizeram, pegaram os extintores e foram caminhando lentamente na direção dos homens, como todos estavam atentos as câmeras não perceberam a ação dos alunos, eles batem nos 3, Pedro de tamanha a raiva conseguiu rachar o crânio do homem o fazendo cair no chão tendo uma convulsão, os outros dois foram apenas desmaiados, Luísa se assusta com tamanho ódio de Pedro, nunca tinha o visto assim, eles começam a olhar as câmeras, e uma delas mostrava o salão onde estavam todas as outras crianças, havia um casal parado na frente da entrada e eles botaram correntes na porta, pegaram dois grandes galões e começaram a jogar no salão, “essa não” disse Luísa com a mão na boca, eles tocam fogo e tudo começa a incendiar, todos presenciam a morte de dezenas de crianças, “mas o que eles querem? Matar dezenas de pessoas para divertir assassinos pela internet?” disse Pedro, Eduardo com uma expressão de raiva diz: “então vamos dar a diversão que eles tanto querem!” “no que está pensando dudu?” disse Luísa, vamos matar estes assassinos! Todos concordaram, Pedro vê uma pistola em cima da mesa, ele a pega, e vão em direção do segundo andar, enquanto desciam as escadas eles encontraram uma pequena garota, ela estava sentada na escada:
Pedro: ei guria!
Ela se vira sorridente.
Pedro: por acaso não viu ninguém suspeito pelos corredores?
Garota: na verdade eu vi sim, disse sorridente
Pedro: mas quem?
A garota fixa o olhar para trás deles e sorri, alguém acerta a cabeça de Luísa com um bastão de ferro, ela cai gritando com a cabeça ensanguentada, Pedro e Eduardo se apavoram e Eduardo grita, “Atira nele Pedro atira!” Pedro aponta a pistola e o homem diz, “que pena que não tem coragem não é mesmo Pedrinho?” quando terminou a sua frase foi silenciado pelo estouro produzido pela pistola que o arremessou para longe, o corpo caiu no corredor já sem vida, a garota se levanta para correr mas Pedro com raiva atira nas costas dela, a derrubando escada a baixo, “tu ta loco Pedro?!” disse Eduardo, ele apenas sorriu e disse, “não era para os divertir? Então que comece o show!”, eles olham para Luísa que estava jogada ao chão, infelizmente sem vida, sua cabeça estava afundada, eles decidem seguir, descem para o segundo andar e não encontram nada, descem para o primeiro e também não enxergam nada de anormal, “onde estão os outros?” disse Eduardo, eles percebem ao longe o casal, eles estavam vindo na direção das escadarias, “ora ora” disse o homem, os dois se viram para o casal.
-Homem: vejo que ainda estão vivos
Pedro: seu filho da puta o que fizeram com este colégio?
Mulher: ué! Apenas estamos fazendo nosso servicinho, fomos pagos para isso.
Eduardo: como conseguem? Mataram dezenas de crianças!
Homem: pois é pois é, ficamos com grande peso na consciência, mas uma coisa chamada dinheiro nos faz esquecer. Ele sorri.
-Pedro: vou abrir um buraco enorme na sua consciência para ver se vai ti lembrar depois maldito
-Mulher: vejo que tens vocação para o serviço pequeno Pedro, por que não trabalha conosco? Vejo que já estragou nossa ultima criança.
_Pedro: eu trabalhar com vocês? Matando todos? Não obrigado vocês serão as ultimas pessoas que eu matarei.
_Eduardo: por que não Pedro? Já estamos ferrados mesmo, por que não tirar proveito disso?
_Pedro: tu ta loco Eduardo? Olha quantos amigos nossos morreram hoje por causa dessa sua chance de tirar proveito!
-Eduardo: mas ainda estamos vivos e eles não, temos de seguir, e por que não seguir ricos?
-Pedro: nada disso cara! Não estou ti reconhecendo, tu sabe que eu nunca faria um coisa dessas!
-Eduardo: que pena velho, eu bem que gostaria que tivesse aceito!
-Pedro: como que é?
Neste momento Eduardo saca uma pistola de suas costas e atira na cabeça de Pedro, fazendo cair se contorcendo no chão.
-Homem: nossa! Mas essa criança é muito melhor do que a ultima! Dessa vez escolhemos bem não é querida?
-Mulher: é mesmo é mesmo.
Eduardo: ok ok vamos parar de frescura e vamos embora daqui, ainda temos que dizer a policia que que sofremos um ataque terrorista.
Mulher: e eu procurar um novo emprego de professora, eu fui demitida deste mas o seguro desemprego foi bem recheado há há
Os três deram depoimento para a policia e conseguiram sair da lista de suspeitos, o numero de mortos não foi divulgado, mas passou de 200 pessoas, todas se tratando de adolescentes e crianças, enquanto isso Eduardo e o casal partiam para outra cidade, investindo em seu doentiu programa de reality show macabro. [FIM]