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"Olá, meu nome é Hael." (Baseado numa história real)

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K~Lo
Lily.Louyang
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Mensagem por Lily.Louyang Seg 03 Jan 2011, 15:32

Eu não me lembro muito bem quando ou como começou, mas sei que foi pelos meados do fim do ano, quando eu tinha 17 anos. Eu sempre fui uma garota "moleque". Na infância gostava de jogar bola e contar histórias de terror ao invés de brincar de bonecas, e conservei esse hábito até quase aos 15 anos. Parei com o futebol devido a um problema no pulmão (sentia falta de ar e taquicardia em poucos minutos de corrida atrás de uma bola), mas continuei com as histórias e contos de terror. Desde pequena eu fui criada vendo filmes como A Hora do Pesadelo ou Drácula.

Os anos foram passando, veio a internet e com ela mais filmes, lendas e blogs sobre terror. Fóruns como "Som misterioso no jogo Pokemon" ou "O cartucho amaldiçoado de Zelda" me interessavam tanto que eu não passava um dia sem ler alguma coisa sobre isso. Um dia eu estava lendo um conto sobre uma fazenda "amaldiçoada" quando, de repente, uma angústia enorme me invadiu, sem motivo algum. Eu não consegui ler mais nenhuma palavra e (mesmo gostando de coisas assim, eu sempre tive uma aversão à palhaços de todo tipo) me horrorizava toda vez que eu via um palhaço. Acabei fechando a página e tentei me distrair com outra coisa, músicas e jogos, mas parecia que cada vez que eu me virava, topava com alguma coisa pior, como trilhas sonoras de filmes de terror ou jogos obscuros com zumbis ou fantasmas.

Desisti do computador e me enfiei no vídeo-game, paixão desde pequena (até hoje conservo um Mega Drive e um Nintendo 64), e coloquei um simples The Legend of Zelda, porque eu sabia que não tinha nada de aterrorizante naquilo. Mal passado cinco minutos de jogo, no lugar da mensagem de socorro da Princesa Zelda, apareceu a mensagem, que não deveria aparecer naquela versão de Zelda que eu tinha: "You've met with a terrible fate, haven't you?" ("Você encontrou um destino terrível, não?") e eu tive a vontade súbita de queimar o cartucho, mas não o fiz. Apenas desliguei o vídeo-game e, mesmo sendo cedo para o meu costume, fui dormir.

Acordei várias vezes durante a noite, suando e tremendo, e me lembrava de, no meu sonho, implorar para acordar. Na época, eu morava com a minha avó e, como o apartamento era de um só dormitório, dormíamos no mesmo quarto, mas ela não percebeu minha agitação. Para não incomodá-la, peguei meu travesseiro e fui deitar no sofá (até hoje detesto dormir com cobertas ou lençol, mesmo sem saber o motivo), tentando voltar a dormir, mas eu estava tão acordada e com medo do que poderia acontecer se eu fechasse os olhos que apenas fiquei olhando para a parede, agarrada a um antigo cachorro de pelúcia como se ele fosse um tipo de guardião ou protetor. Só consegui dormir quando amanheceu e não tive mais pesadelos naquele dia.

Voltei para o meu computador e (conservei o hábito de ler e escrever muito e era um tipo de escape para mim, o que acabou se tornando um hobbie depois dos anos) tentei escrever algo para me acalmar, mas aquela angústia não ia embora por mais que eu quisesse. Na época eu era uma bruxa ainda não iniciada (e ainda sou, mais por me conhecer do que por preguiça) e levava comigo, sem nunca tirar, um pentagrama de prata numa corrente que eu jamais tirava do pescoço, desde que o havia ganhado. Rezei aos meus protetores, implorando para que levassem aquela sensação embora, e no mesmo momento me lembrei de que, guardado, eu conservava mais um pentagrama. Esperei minha avó sair para (no momento não me lembro como, talvez tivesse sido o desespero do momento) colocar o pentagrama restante no batente da porta. Como não havia outro, consegui desenhar outro em cima da janela, desejando que aquilo funcionasse e mantivesse, o que fosse que me seguia, longe do meu quarto, meu refúgio.

Nos primeiros dias, funcionou, mas eu continuava com os pesadelos, apesar de não ter mais medo de dormir, lembrando dos pentagramas. Na mesma semana fiquei sabendo da morte de uma antiga colega, e aquilo me abalou mais do que antes. Recusei a ir no enterro. Não queria mais problemas para mim. Poucos dias depois, além do vídeo-game (que eu não queria mais jogar após o episódio bizarro do cartucho de Zelda), meu computador passou a mostrar coisas que não deveriam aparecer.

Janelas de internet abriam e fechavam sozinhas, sem eu ter tocado nelas ou clicado em algo para abri-las, programas que não estavam instalados apareciam e desapareciam sem motivo. Eu fazia um curso de Web Design na época e mantinha uma lista de programas que eu usava, e aqueles que apareciam eu jamais teria como usá-los ou pra que. Reiniciei o computador, temendo que algum vírus tivesse entrado no sistema, mas o anti-vírus (o mais usado e melhor que eu conhecia) não detectava nenhuma ameaça, e meu colega técnico também disse que nada de mal estava acontecendo. Realmente, na presença desse meu colega, nada de estranho acontecera com o computador, mas apenas comigo ele voltava a abrir e fechar coisas. Uma noite, fui trancar as portas e as janelas, e notei que o DVD da sala estava ligado, e, mesmo sem disco algum no aparelho, acusava um filme pronto para ser rodado. Praticamente arranquei-o da tomada, meu coração aos saltos, assustado.

Sem pensar duas vezes, levei meu computador para o meu quarto e aquilo parou de acontecer. Notei que a coisa que estava me seguindo não conseguia, talvez, entrar no quarto, e não demorei a notar que, cada vez que colocava o pé para fora do meu cantinho seguro, eu mudava. Meu coração acelerava sem motivo, minhas mãos começavam a tremer e eu sentia uma vontade súbita de voltar correndo para o quarto. Sentia alguma coisa segurar meu ombro, com a força e a raiva de quem não podia fazer mais que isso, e agarrava meu pentagrama, rezando e implorando, e a coisa me soltava e eu finalmente conseguia voltar para o quarto, meu refúgio longe daquilo que queria me fazer mal.

Aos poucos, os pesadelos deixaram de me atormentar, e depois de duas semanas eu finalmente consegui ter uma noite de sono decente. Minha avó parecia não perceber o que acontecia comigo (ela era católica, mas não gostava e nem desgostava da minha opção religiosa) ou, se percebia, não falava nada. Ela estava segura em sua fé e eu na minha.

Alguns meses depois eu completei 18 anos, consegui um emprego e havia me mudado com uma amiga para a casa dela. A coisa pareceu me deixar nessa época. Na nova casa eu tinha a liberdade de fazer meus rituais e proteger a casa toda, mas com o tempo escasso (entre trabalho e faculdade) eu deixava meus rituais um pouco de lado. E a coisa, fosse o que fosse, voltou a me seguir. Eu conseguia senti-la, mais feroz, raivosa por não conseguir me alcançar. Eu podia senti-la na porta do quarto, rosnando para mim, e eu tentava não me assustar.

Eu sempre tive uma audição um pouco mais aguçada que o normal, conseguia ouvir sons agudos e baixos que às vezes ninguém mais conseguia, como ouvir um miado de gato ao longe com a televisão ligada bem perto. Por isso eu conseguia ouvir a coisa rosnando, como um cão feroz, e podia senti-la me observando, à espera de um momento em que eu estivesse desprevenida e pudesse me pegar. Mas eu não me descuidava, eu tinha medo a cada segundo. Após algum tempo, conheci minha namorada (não tenha preconceito, por favor, pois todas as formas de amor são lindas) e passamos a morar juntas. Nos amávamos muito.

Nos casamos um ano depois. Minha querida esposa conhecia tudo de mim, e não se recusou a usar o pentagrama que eu comprara especialmente para ela. Eu tinha medo de que aquela coisa tentasse me atingir por meio dela. Ela era uma pessoa especial, e eu a amava muito. A coisa me deixou em paz por algumas semanas, e eu finalmente me senti livre daquilo. A angústia que eu sentia sempre me abandonou no dia em que eu conheci a minha esposa, e eu pensava que ela era um anjo que havia vindo me salvar.

Infelizmente aquela coisa voltou. Parecia mais forte que antes, e me aterrorizava ainda mais. Decidi chamar algum médium, esperando que ele resolvesse o meu problema, mas ele apenas disse que não poderia ajudar, que aquilo não era um espírito qualquer. Eu não sabia o que fazer e entrei em depressão. Minha esposa também parecia sofrer com a coisa que me perseguia, mas ela tentava me ajudar, e apenas por causa dela eu não fiz nenhuma besteira. Lembrei-me, quase num estalo, de uma amiga que eu não falava há muito tempo, e que também era bruxa. Liguei e pedi ajuda. Ela disse que também havia passado pela mesma coisa, quase havia morrido por aquilo, e se prontificou em ajudar. Mas ela morava em outro país e demoraria algum tempo para chegar, mas eu já aceitara aquilo por tanto tempo que mais umas semanas não seriam piores.

Voltei ao meu antigo hobbie, escrever, e notei que alguns arquivos meus haviam sumido. Imaginei que aquela coisa estivesse tentando me assustar de novo, mas eu tentei não me importar. Passei a escrever um tipo de diário, e ignorei que a coisa pudesse ler ou mexer no que eu fizesse. Queria me livrar de tudo aquilo que eu sentia.

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(Faço a parte 2? Esse texto é baseado numa história real, então, se for copiar, por favor, coloque os créditos.)
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Mensagem por K~Lo Seg 03 Jan 2011, 17:49

Continua! Tá muito boa! Smile
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Mensagem por Lily.Louyang Seg 03 Jan 2011, 18:20

Obrigada querida! Assim que alguém mais comentar eu posto a outra parte Very Happy
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Mensagem por Juuh S2 Seg 03 Jan 2011, 22:07

Pode escreve-la imediatamente pois tah muito legal
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Mensagem por Lily.Louyang Seg 03 Jan 2011, 22:15

Obrigada, Juh! O conto já está terminado, eu só estava esperando mais alguém comentar para postar o resto. HAHA'
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Mensagem por Master_Mackenzie Ter 04 Jan 2011, 07:29

mt boom '-'
gostei msm xDD
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Mensagem por camila dcwf Ter 04 Jan 2011, 11:32

muiito boaa continuaa por faavoor r continuaaa!!!!!
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Mensagem por ýý é o PauloRicardo Ter 04 Jan 2011, 14:47

FORÇA TO COM VOCE ...
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