Estranhos Assassinatos - Parte 2

Deitei-me suavemente e dormi durante três horas, e, com alguma determinação poderia voltar ao meu trabalho original, que nem estava tão perto assim de acabar. Dirige-me até á geladeira e bebi um pouco d'água, algo que eu realmente não faço, assim quando o dia é absolutamente normal. Assisti alguns episódios de animes, o meu predileto, Naruto Shippuden, cheio de aventura, ação magia e morte, até que desisti já que o personagem principal se levantava da "morte certa", e dizia coisas estúpidas aos meus ouvidos, estanquei e pousei com cuidado o saco plástico e permiti que minha mente se lembrasse de Anneliese por alguns instantes, já que Otto não estaria ali, por que se estivesse seria algo transformador, como se a terra tivesse passado por uma metamorfose de emoções e gritos de alegria, como se não existisse mais morte, nem dor, nem lágrimas. Minha cabeça relampejava de lembranças doces e milagrosas, ao mesmo tempo aterrorizantes e assustadores sobre Anneliese e Otto tricotando o cachecol, preparando o lanche escolar, tudo isto misturado a variadas lembranças que entorpeciam minha emoções, que, não existiam mais depois daquilo. Tudo começara quando Anneliese, prima de Otto, apenas seis anos mais novo que ela descartara a ideia de um passeio á um lugar desconhecido de mim, a uns 140km daqui, já que ele não estava estudando e era um aluno nota dez, sempre o melhor em tudo, em desenho, matemática, geometria, português, economia, entre outros, em todos os aspectos ele era o melhor, e o seu sorriso estancava de seu rosto, já que seus pais não estariam ali para saber do sucesso do garoto. Mas o achava estranho, já que não tinha muitas amizades, então perguntei-o o por quê do pouco entrosamento, e ele arregalou os olhos surpreso, sussurrando baixinho, descobri e achei particularmente ridículo, mas resolvi concordar com ele então chegamos em casa, exaustos. Anneliese abraçou o menininho e serviu a comida a ele, Otto se levantou e avançou rapidamente para a cozinha, ao constatar que o seu almoço preferido estava servido ali: salada. È estranho saber que ele só gosta de coisas saudáveis e não é enturmado com os colegas, que o chamavam zombeteiramente de 'O Pensador', o que ele não levava muito a sério, o querido dos professores, o odiado por todos os colegas e que sofre mais bullying em todo o colégio do garoto. Anneliese sentou-se perto dele e perguntou suas aventuras, e ele contou depois de muita persistência da parte da Anna Luísa, dizendo que tirara dez em praticamente todas as matérias, mas não mencionou em desenho, que ainda não sabia a média, mas Anna Luísa sabia que se sairia bem, era o melhor aluno do primeiro ano do fundamental(ou seja, segunda série) e tinha uma genialidade incomum para um menino da idade dele, seis anos. Quando terminou de almoçar foi direto dormir e só acordou para fazer as tarefas escolares, estudar por três horas e ser restringido de assistir televisão, ficar no computador ou qualquer coisa que não fosse estudo, por mim, é claro. Pensava na viagem o tempo todo, queria aventura e semana que vem seria férias da escola, já que estava terminando-a e passaria o mês de janeiro todo se divertindo e estudando, e o que era estranho é que ele falava sozinho e dizia sempre "Deus seja louvado", o que achava estranho, orava regularmente, mas não sabia se orava certo. A semana que viria mudaria de forma "fantástica", a vida de Anneliese, e isso seria o fim de sua vida, ou talvez o começo para saber quem ela realmente é, que ser foi formado num coração tão puro e corajoso como o dela. E tudo ocorreria num piscar de olhos.....como se não houvesse sol.....como se a felicidade tivesse sumido de dentro dela.