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Estranhos Assassinatos - Parte 5

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Mensagem por Master Vaguinare Qua 22 Ago 2012, 14:05

- Se o que a senhora diz é verdade.... - ela parou denovo - Não sei se vamos continuar á procura.
- Mas por que não? - perguntou Anneliese, agora um pouco mais controlada.
Ela se inclinou e foi até Anna Luísa, falando baixo algo que absolutamente ninguém da face da Terra descobriria. Estancou a foto de Otto e disse baixo:
- Porfavor, não conte isso a ninguém.
- Está bem. Pode me dizer.
- Não sei, mas estamos á procura dessa mulher há mais de oito anos, ela é bem ágil em parques estaduais ou casas e sempre procura o momento oportuno para atacar. Parece se mover com agilidade e prontidão em qualquer tipo de coisa, e sempre sequestra crianças de menos de 14 anos, todos meninos, até agora oito meninos, todos menores de quatorze, mas não conseguimos identificar de onde vieram os números vaidosos. E, de qualquer modo, precisamos salvar Otto de uma matadora cruel... - ela parou, observando se não havia pessoas por perto - ....antes que seja tarde demais.
- Então, quer dizer que não vamos achar Otto?
- Lamentamos muito, mas é bem provável que não o achem.
Anna Luísa baixou a cabeça. A raiva que ela sentia ferver em seu corpo se dissipava com uma agilidade íncrivelmente intensa, e em variados ângulos encobria alegrias e destroçava possibilidades de acharem seu príncipe.Enfim, em muitos anos, ela pôde observar as imagens que relampejavam em sua cabeça como um desfile interminável de angústias, birras, alegrias, o menino aprendendo a andar, os pais sorrindo através das brincadeiras mimadas e infantis, o rosto cheio de chocolate e com enfeites, entremeados dessas lembranças estavam o garoto sendo raptado e gritando por Anna Luísa e ninguém respondendo, lutando com uma monstra enorme e cruel.... Então, o que ela diria aos pais de Otto? Oh, meu Deus, o que ela diria a Melissa? Levantou e acompanhou a agente em sua proeminente saída e ela assentiu, aliviada e ao mesmo tempo triste.
Continuaram a procura e visitaram todo tipo de lugar, procurando alguma pessoa que soubesse de algo mais esclarecedor, e não acharam nada depois de horas de procura incessável, quase que discutindo descobriu que haviam achado pegadas por uma floresta que dava gosto de observar, caminharam até um vagão e seguraram o braço de Anneliese temendo o que ela pudesse fazer. Chegaram ao local em que estava todas as possíveis provas de algo cruel e frio, e lá estava o que há tanto procuravam, e, quase sem pensar Anna Luísa chorava incontrolavelmente vendo o que estava no chão todo bem escroto. Do lado lateral, as rosas avermelhadas de sangue, e tudo encharcado de sangue.

Para Anna Luísa, as semanas seguintes foram como nuvens que ocupavam o espaço das alegrias para um tragédia quase que conveniente naquele caso. Infelizmente, a Assassina Cruel havia sido bem beneficiada pelo sequestro da nona vítima, Otavio Simões Carvalho. Por fim, dedicaram um funeral em memória de Otto, um pequeno caixão quadriculado e de cor negra, então foi celebrada sua morte e num ponto daquele desfiladeiro de lágrimas, Anneliese pôde emergir da dor e da culpa procurando um meio óbvio de aplacar seu sofrimento. Era como se estivessem espremendo o líquido de toda a saudade e examinando cada ato impensado que cometera com Otto até achar que não havia mais lugar para todo o incidente.Não fora um incidente isolado, e logicamento todos pareciam tristes e afetados pela perda que, de alguma havia se tornado parte de cada um dos presentes. Apesar de todos terem sido golpeados pela tragédia, Gabi parecia a mais afetada, rejeitando qualquer diálogo com Anneliese, escondendo-se em seu interior como uma tartaruga cheia de medo e raiva do mundo em que perecera do ódio de não terem achado Otto no momento da tragédia, não terem salvado e corrido até encontrá-lo era seu pior arrependimento, e, mesmo tentado falar uma conversa franca com Gabi ela parecia não se interessar e tratá-la mal e com desrespeito por todos os seus árduos esforços de tirar a culpa que havia se tornado parte dela. Mesmo que se empenhado e olhando cara a cara, ela sempre se saía mal em demonstrar que estava tudo bem, mas, na maioria das vezes, apontava os erros da garota e falava-lhe com arrogância de sua preocupação permanente, então o resultado era um silêncio salpicado de dor e lágrimas corroendo os olhos de cada um, e Gabi soltando palavras rudes e cheia de raiva, correndo para seu quarto e pedindo perdão pelos pecados a tão conhecidos dela mesma.
De algum modo, que não dá para entender, os acontecimentos assustavam a todos e em variados ângulos e posições, atingia todos que haviam conhecido Otto. Na maior parte do dia ela podia sentir a dor borbulhando por todo o corpo e ela sendo entregue á Sua Maior Melancolia, como ele sentia renegação em chamá-la.Às vezes, ela podia sentir Sua Maior Melancolia se apertando mais forte em si mesma, com a saudade e aculpa saltando dos olhos as correntes de lágrimas provenientes de toda culpa que nela jorrava. o fato de não poder ter encontrado Otavio era um fracasso fatal para si mesma, e, Otto era considerado oficialmente, depois de cinco anos de desaparecimento vítima de assassinato relâmpago.
Havia algum tempo, ela sentia essa dor se apertando mais forte e a saudade ficava cada vez pior. E, por alguns minutos ela podia imaginar Otto correndo pela floresta que dava para a caverna deserta e sombria, e tinha rápidos vislumbres que relampejavam intensamente de Otto correndo, e não sabendo a escuridão que o espreitava logo depois da cura inevitável de dores compulsivas. Imaginava o garoto gritando por todos os lados e ninguém respondendo, lutando contra uma assassina cruel e sanguinária cheia de frieza e insensibilidade, enquanto ela estava tão longe de encontrá-lo.
Queria uma resposta por onde estaria o corpo de Otto para levar a autópsia e ser testado por exames clínicos de imediato, mas não haviam encontrado nem o corpo de Otto nem o corpo dos outros meninos raptados. Ainda que aparentemente todos se sentissem pesarosos, Gabi se sentia mais ainda, afastando-se dos pais e menosprezando desamorosamente aqueles a quem realmente amava. Eles procuravam um modo de penetrar na verdadeira fonte que estabelecia seu comportamento fechado e arredio, mas não haviam achado um modo propício e carinhoso de fazer isto valer.
Sua Maior Melancolia parecia se instalar em seu coração e despertar todos os proeminentes desejos de vingança aquela Assassina Cruel. Eles haviam perdido um primo, um irmão e um filho e seria horripilante perder outra prima também, e nas disputas do "céu cheio de navalha", ela parecia perder com insatisfação e ela queria se libertar da dor que a fazia ser tão vulnerável daqui a poucos dias. Anne não sabia mais em menos de uma semana algo iria mudar sua vida de zero graus abaixo para cem graus acima do normal para seu tão doloroso pesar de adolescente. Felizmente.


Última edição por Missy Jimmy em Qui 23 Ago 2012, 14:04, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Um Pequeno Erro)
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