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Estranhos Assassinatos - Parte 4

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Mensagem por Master Vaguinare Sáb 18 Ago 2012, 14:42

Na manhã seguinte, levantamo-nos e nos reerguemos para preparam um caprichado café da manhã, e Otto que julgava o queijo algo prejudicial acabou comento todo o seu mínimo pedaço. Anneliese e as famílias Silva e Novaes foram dar um passeio ás oito e meia num parque estadual próximo á cidade, fomos até á montanha-russa e ficamos no apartamento mais próximo que ás gêmeas e Samuel, exceto Otto, gostavam bastante. Ele não gostava de ser muito rico e sentia a falta de um pai que lhe desse á devida atenção e amor, uma mãe que escutasse seus problemas e procurasse ajudá-lo em seus fardos, mas eles haviam se separado há um pouco mais de três anos, quando Otto tinha dois anos. Seu pai tinha um bom temperamento, era um homem calmo e solícito, não brigava desnecessariamente e muito menos discutia no casamento, e Otto queria ter ficado com o pai, mas sua mãe conseguira a guarda dele e cuidava do garoto dando-lhe um pouco mais de atenção, pouco antes de viajar a negócios e deixar que nós tomássemos conta dele. Gostava dos ramos e das castanheiras mais bonitas, o perfume das flores, enfim, tudo relacionado á natureza algo que o aparentemente fascinava e Otto extravasava sua dor conversando com seu criador e se distanciando daqueles a quem ele amava verdadeiramente. Otto, que era levado nas costas da sra.Silva, desatava no colo de Anna Luísa que abraçava-o com carinho, ele o era, de toda maneira um menininho inocente, necessitava de amor e muito carinho, que não recebera completamente da família, já que seus irmãos mais velhos não tínham muita compaixão por ele, coisa que Anna Luísa não conseguira quando era pequena, mas compensava dar a Otto com toda a bondade que existia nela.
"Ah, este é o dia dos dias mais raros que compensam aproveitar. Tudo tão perfeito, tão ingênuo....", ela interrompera seus pensamentos, pensando agora em sua sobrinha que ainda não completara três anos de idade, e era uma meiguice de criança. Fomos a um lugar reservado do parque, e ficamos numa casa, e Otto se mantivera ocupado regando as plantas e as rosas avermelhadas, que lhe fora concedido, e, ria com as encenações dramáticas de Anna Luísa, emburrada com as lições de gramática, e ela lhe retribuía um olhar cheio e salpicado de um reprovação evidente.Num certo ponto da diversão, a prima de Anna Luísa, Gabriela pedira insistentemente para que ela pudesse galopar no cavalo, e depois do inevitável "não", e da persistência da garota acabou cedendo. Não estava muito preocupada. O campo era bem perto da casinha e ela dissera ter o bom senso e não se desequilibrar, mas, enquanto isso ela prestava atenção em Otto, regando as plantas com um largo sorriso a iluminar-lhe o rosto, com as covinhas no queixo e na bochecha se destacando, e o coloboma nos olhos cor-de-mel, sua beleza clássica fascinava a Anna Luísa e tentava de tudo dar o carinho á ele, mas ela fizera algo no passado que o machucara gravemente, por isso ela teria de tentar mais uma vez, nem que fosse a última. Cerca de meia hora depois, ela ouvira uma voz chamar do campo com um desespero ecoando. Era Gabriela. A menina havia perdido o equilíbrio e enfurecera o cavalo, que reagia com estupidez, e, quase sem pensar Anna Luísa correu até ela, e eu a segui., e nesse meio tempo, sem perceber os gritos apavorados do outro lado, se concentrou na tarefa.
Quando finalmente conseguiu se acalmar virou-se e se dirigiu até o quarto onde Otto á esperava. Chamou com o máximo de paciência que pôde e quase que desesperada chamou os Silva, perguntando eles não teriam visto Otto. Não o haviam visto naquela manhã e Samuel também havia sumido, então, se tranquilizando pensou que na confusão ele ficara com Samuel, já que não tinha qualquer relação com ele. Procuraram-os pelos banheiros, quartos, estágios, sala de estar, por todo o lugar não haviam visto nenhum traço de nenhum dos dois, e em qualquer lugar que fosse. Percebeu subitamente que teria de fazer algo, e, percebendo que tinha uma foto de Otto na carteira pegou-a. Ligou á polícia que a interrogou por horas.
- Mais ou menos que horas? - perguntou a agente Mayanne.
- Acho que ás dez e meia da manhã, mais ou menos.
- Não perceberam algo ou alguma pessoa estranha?
- Acho que não. Tudo me pareceu normal.
- Tem alguma foto dele? Talvez possamos usá-la na procura de Otto.
- Tenho sim. Está aqui. - Disse, entregando-a a agente.
A partir das onze horas começaram a incessante procura por todos os lados, por Samuel e Otto, que estavam desaparecidos há um bom tempo. Poderiam achar algum menino parecido com ele ou ter alguma pista a respeito do paradeiro dos dois, mas parecia que ninguém sabia de nada. E depois de três horas de procura não haviam visto um traço de Otto nem Samuel, quando os Silva apareceram aliviados com as boas novas do dia.
- Encontramos o Samuel. - disse o Sr.Silva, a respiração sufocante, quase que desesperado.
- Mas não encontramos Otto. - disse a Sra.Silva, respondendo á pergunta mais importante.
Continuamos á procura e Anneliese realmente renovou as esperanças quando soube que encontraram uma testemunha que vira Otto e estava testemunhando que o garoto fora sequestrado e que havia sido levado á força a algum lugar aterrorizante. Anneliese foi até o homem alto de cabelos crespos, baixo, mais ou menos um metro e sessenta, e cheio de vida e sorridente, que falava com exatidão, em todos os detalhes e diretamente.
- Acha que pode ter visto esse menino? - perguntou com severidade.
- Acho que o vi. Me pareceu familiar agora, mas da primeira vez não. - ele assentiu, visualizando o retrato de Otto, e tranquilamente recomeçou: - Uma mulher alta e de mais ou menos um metro e setenta segurava sua mão e ele olhou para mim, um olhar de desespero, e depois a seguiu. Cerca de dez minutos depois, ouvi um berro vindo do carro em que a mulher dirigia, mas pensei que fosse apenas uma brincadeira. Depois disso, ele berrou um pouco mais e gritava com frequência, e então não o vi mais.
Anneliese assentiu aliviada e ao mesmo tempo desesperada. Apesar de aterrorizante, esta era a única informação, que, até agora fazia algum sentido. Explicava com clareza por que não havia achado Otto. A imagem de seu primo lutando contra uma mulher abusiva e fria foi como um tapa na cara e um alerta desamoroso. Ele fora forte e lutara para não ser assassinado por uma monstra corpulenta e enorme, e quase que sendo retirado da normalidade, voltou á ela, e fixou seu olhar num número, obviamente o assassino deixara, e ela voltara a consciência e normalidade com favor. Levantou-se da cadeira e falou alto:
- Que número é esse?
- Que número?
- O número sete!
- Não é do Otto?
- Logicamente que não! Ele não tem coisas assim.
A agente soltou um olhar de tristeza e baixou a cabeça, e quando levantou-a sua expressão era de melancolia sem limite. Andou até Anneliese e sussurrou baixinho:
- A senhora tem certeza disso?
- Totalmente!
Continua.....


Última edição por Missy Jimmy em Sáb 18 Ago 2012, 17:30, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Um Pequeno Erro)
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